quarta-feira, novembro 26, 2008

Mulher Menina de Bem com a Vida!

Poderia dizer imenso mas nem me apetece dizer muito porque estou tão bem!
Após tanto tempo - horas, meses, anos - consigo agora acordar todos os dias a sorrir, cantarolar todas as músicas que ouço, dançar ao som de qualquer ruído que faça o corpo mover, deitar-me sem ficar a pensar nisto ou naquilo, ter o telemóvel do meu lado e nada esperar...Não há nada nem ninguém que me consuma, não há nada nem ninguém que me atormente...e por isso e muito mais sinto-me simplesmente bem!
Bem comigo própria, bem com o meu sorriso, bem com a minha boa disposição, bem com a minha vontade de viver, sem medo, sem opressões, sem repressálias, sem dúvidas, sem solidão, sem amarguras, sem raivas, sem ódios!
Adoro os dias da semana, os dias dos fins de semana [mesmo aqueles que não chego sequer a ver], as noites curtas, as noites longas, ver o pôr do sol e às vezes o seu nascer...nem o frio me derruba esta leveza, esta força de prosseguir caminho sem sequer querer saber do amanhã.
Sou feliz porque te tenho a ti, a ele e a ela, porque sou importante para vocês e porque vocês são importantes para mim. Sou feliz porque de nada me arrependo, porque sei o que sou, quem sou, o que dou, porque dou e a quem dou. Sou feliz porque sou livre e me apetece voar. Sou feliz porque nada me pesa, porque faço o bem para ter o bem sem no entanto esperar que ele me retribua. Sou feliz porque de tudo consigo tirar um sentido, um significado, uma aprendizagem.
Sou feliz porque sou, brinco porque brinco, salto porque me apetece, sou criança porque a vida já é séria demasiadas vezes para ser sempre séria e rio-me a chorar agarrada à barriga porque não tenho razões para chorar agarrada à almofada!
Antes tarde do que nunca...e eu só consigo dizer que me sinto bem! :)

What a beautiful life, what a beautiful world!

segunda-feira, novembro 10, 2008

Quero é viver

Quando páro [sim, porque apesar da azafama com que tenho levado a vida também tenho os meus momentos de silêncio] olho para dentro de mim e pergunto-me o que sou, de onde venho e para onde vou.
Respostas (ou tentativas de):
O que sou - um ser humano. Mulher menina. Sentimentalista. Sonhadora. Sensível. Carente. Aparentemente forte. Mas frágil como o mundo.
De onde venho - de um passado cheio de nada e vazio de tudo...
Para onde vou - Caminho incerto. Nevoeiro. Em sentido contrário do que não quero. Rumo interior em constução.

O que amo? Os meus amigos. A minha família. Os meus cães. Os sorrisos. Os abraços. Os mimos. As palavras bonitas. Os momentos fora da realidade.
Se tenho mais amor para dar? Imenso. Se preciso? Muito. Se quero? Sempre. Se procuro? Procurei. A quem dar? Há de aparecer.
Serei feliz com quem me fizer feliz e farei feliz quem me quiser feliz.
Não viverei mais em função desta procura... Por muito que sinta falta do valor. Da atenção. Dos beijos. Do filme de Domingo à tarde no sofá. Das sms's "parvas". Das discussões e amuos ridículos. Dos telefonemas de madrugada só para ouvir uma voz. Dos presentes surpresa. Dos jantares a dois. Dessas coisas todas de quem vive apaixonado.
Até lá...


"Vou viver
até quando eu não sei
que me importa o que serei
quero é viver

Amanhã, espero sempre um amanhã
e acredito que será
mais um prazer

e a vida é sempre uma curiosidade
que me desperta com a idade
interessa-me o que está para vir
a vida em mim é sempre uma certeza
que nasce da minha riqueza
do meu prazer em descobrir

encontrar, renovar, vou fugir ou repetir

vou viver,
até quando, eu não sei
que me importa o que serei
quero é viver
amanhã, espero sempre um amanhã
eacredito que será mais um prazer

a vida é sempre uma curiosidade
que me desperta com idade
interessa-me o que está para vir
a vida, em mim é sempre uma certeza
que nasce da minha riqueza
do meu prazer em descobrir

encontrar, renovar vou fugir ou repetir

vou viver
até quando eu não sei
que me importa o que serei
quero é viver,
amanhã, espero sempre um amanhã
e acredito que será mais um prazer"

Humanos - Quero é viver

Quero é viver - Humanos

terça-feira, novembro 04, 2008

Conto de Fadas de Sintra a Lisboa


Ele era um cavalheiro
E dele transpirava elegância
Ela era gata borralheira
Tivera que limpar a sua infância

Ele velejava no verão
E esquiava no inverno
Ela trabalhava ao balcão
De um qualquer estabelecimento moderno

Ele gostava de reluzir em si
O estilo da capital
Ela já não conseguia distinguir as cores
Da bandeira nacional

Ele tinha em vista imensos títulos
Uma futura ordem do infante
Ela achava o levantar do chá com o dedo mindinho
Algo deselegante

Mas ele um dia curvou-se a seus pés

E ela passou a ocupar o tempo
A descobrir o que era a cultura
E ele confinou-se aos seus aposentos
E descobriu a costura

Ela quis vir a entender o universo
E começou a ler Platão
E ele resolveu perceber o que era a justiça
Em frente à televisão

A ele de nada lhe valeu a carência
Nem a casa no largo do rato
Porque ela sabia que era cinderela
E enganou-o com um sapato

Ele queria ir à presidência
Agora rendia-se à evidência
Com mulheres que calçam o quarenta
Ele vai revelar prudência

Hoje ele ainda beija os seus pés

(Os Pontos Negros)

Conto De Fadas De Sintra A Lisboa - Os Pontos Negros


E assim foi.
The end of a short, short...empty story.