No meio da multidão, numa luz ténue mas cintilante, instável, olho de relance para trás e vejo-te. Nesse momento tudo pára, como só nos filmes é possível. As pessoas ao meu redor deixam de existir, o movimento deixa de se sentir, o barulho deixa de se ouvir, o espaço deixa de ser de todos e passa a ser só nosso. Só nós e a música, que não é ruído.
Os nossos olhos fixam-se, encantados. Sorrimos um para outro e nesse segundo desvio o olhar para o chão, sem jeito. Olho novamente para ti e estendes-me a mão. O mundo à nossa volta continua a ser uma espécie de utopia. Naquele lugar, apenas eu e tu. Dou-te a minha mão, agarrando a tua com vigor. Puxas-me para ti e entrelaças-me nos teus braços. Caras encostadas, sinto o teu cheiro que se mistura com o meu. Passo a minha mão pelo teu cabelo, num gesto de ternura. Beijo-te o pescoço e perco-me…no tempo e no espaço…perco-me em ti.
A música ainda se ouve. Toda a gente a deve ouvir. Tu também a ouves. Senti-la também toda a gente a sente mas todos de uma forma diferente. Todos interpretam a melodia da música como querem. Todos sentem a música conforme o estado de espírito, conforme as memórias ou as lembranças à qual a associam. Começa a tocar uma música calma, que transmite tranquilidade e pede o aconchego. Os nossos corpos, ainda agarrados, deixam-se levar por ela e movem-se ao som das notas que se soltam. Sinto-me em paz e protegida. Se conseguisse, se tivesse esse poder, parava a vida naquele instante e assim ficava…para sempre. Sentindo-me assim, contigo preso a mim.
Olhamos novamente um para o outro e passas a tua mão pela minha face. Sorris. Eu fixo-te com o olhar. Ao mesmo tempo que me acaricias e sorris, ouço-te dizer-me “És tão bonita”. O meu olhar fixo torna-se a mover, timidamente, e solto um riso de felicidade por ouvir as tuas palavras que sinto sinceras. Olho para ti novamente, com carinho. Com os corpos ainda em “slow motion”, chego-me a ti, ao teu ouvido e, mesmo sem talento, canto-te baixinho: “não me deixes…no livro que eu não li, no filme que eu não vi, na foto onde eu não entrei…não me deixes na história que não terminou…” Com as tuas mãos à volta da minha cintura, apertas-me ainda mais contra ti, como quem abraça o tempo, como quem abraça a vida, e dizes-me em segredo “Onde estiveres, eu estou. Onde tu fores, eu vou. Se tu quiseres assim. Meu corpo é o teu mundo…és parte de mim. Para onde olhares, eu corro. Se me faltares, eu morro. Agarra-me esta noite…”.
E eu agarro-te. Deixo-me estar perdida em ti e no teu beijo. No nosso beijo. Para o resto dos meus dias.
Os nossos olhos fixam-se, encantados. Sorrimos um para outro e nesse segundo desvio o olhar para o chão, sem jeito. Olho novamente para ti e estendes-me a mão. O mundo à nossa volta continua a ser uma espécie de utopia. Naquele lugar, apenas eu e tu. Dou-te a minha mão, agarrando a tua com vigor. Puxas-me para ti e entrelaças-me nos teus braços. Caras encostadas, sinto o teu cheiro que se mistura com o meu. Passo a minha mão pelo teu cabelo, num gesto de ternura. Beijo-te o pescoço e perco-me…no tempo e no espaço…perco-me em ti.
A música ainda se ouve. Toda a gente a deve ouvir. Tu também a ouves. Senti-la também toda a gente a sente mas todos de uma forma diferente. Todos interpretam a melodia da música como querem. Todos sentem a música conforme o estado de espírito, conforme as memórias ou as lembranças à qual a associam. Começa a tocar uma música calma, que transmite tranquilidade e pede o aconchego. Os nossos corpos, ainda agarrados, deixam-se levar por ela e movem-se ao som das notas que se soltam. Sinto-me em paz e protegida. Se conseguisse, se tivesse esse poder, parava a vida naquele instante e assim ficava…para sempre. Sentindo-me assim, contigo preso a mim.
Olhamos novamente um para o outro e passas a tua mão pela minha face. Sorris. Eu fixo-te com o olhar. Ao mesmo tempo que me acaricias e sorris, ouço-te dizer-me “És tão bonita”. O meu olhar fixo torna-se a mover, timidamente, e solto um riso de felicidade por ouvir as tuas palavras que sinto sinceras. Olho para ti novamente, com carinho. Com os corpos ainda em “slow motion”, chego-me a ti, ao teu ouvido e, mesmo sem talento, canto-te baixinho: “não me deixes…no livro que eu não li, no filme que eu não vi, na foto onde eu não entrei…não me deixes na história que não terminou…” Com as tuas mãos à volta da minha cintura, apertas-me ainda mais contra ti, como quem abraça o tempo, como quem abraça a vida, e dizes-me em segredo “Onde estiveres, eu estou. Onde tu fores, eu vou. Se tu quiseres assim. Meu corpo é o teu mundo…és parte de mim. Para onde olhares, eu corro. Se me faltares, eu morro. Agarra-me esta noite…”.
E eu agarro-te. Deixo-me estar perdida em ti e no teu beijo. No nosso beijo. Para o resto dos meus dias.
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