segunda-feira, agosto 31, 2009

Ganha-se um 'instante' para se perder uma 'vida'

- “Sabes se ela anda por aí?”
- “Por acaso não…sei que costuma vir, estive para lhe ligar mas depois passou-me!”
- “Pois, é provável que esteja por aqui, lá com o ‘advogado’…”
- “Hum…isso soa-me a ‘dor de cotovelo’…olha que te fica mal.”
- “Achas? Estou a brincar! Nem o conheço direito…Foi só um comentário.”
- “A verdade é que perdeste o amor da tua vida.”
- “Lá isso…tens toda a razão. Ainda voltamos a tentar mas não resultou, como sabes.”
- “Há coisas que deixam marcas impossíveis ou difíceis de apagar. Que depois de feitas, destroem pilares importantes e imprescindíveis para sustentar qualquer relação.”
- “ Eu sei, eu sei. Por isso é que nunca mais voltarei a repetir o erro. Se bem que ‘nunca digas nunca’… Mas não quero voltar a ver ninguém sofrer como vi a ela. E tu bem sabes, estiveste sempre lá…”
- “Sim, foi bastante mau! Pelo menos sempre conseguiram manter a amizade. É um ponto positivo que nem sempre se consegue ganhar.”
- “É verdade! Ainda vamos falando. Internet, telemóvel. Quando dá ainda tomamos um café para pôr a conversa em dia. Soube admitir o que fiz, que mais poderia fazer? A razão não estava do meu lado e embora ela fosse tudo o que eu queria, não consegui que ultrapassasse o mal que lhe fiz.”
- “Eu até entendo…há tentações, momentos menos conscientes, fases mais frágeis, carentes…mas mesmo assim não é justificação…”
- “Mas eu não fiz nada, estava quietinho no meu lugar! A ‘gaja’ é que se atirou a mim e eu…”
- “ …e tu estavas a atravessar uma fase menos boa e blábláblá…nestas situações a culpa é sempre dos outros! E quieto não ficaste de certeza, caso contrário não teria acontecido.”
- “Pois é…pronto…falhei. Foram quase 6 anos juntos…mas agora [3 anos passados] estou bem, já não digo que a amo.”
- “Podes não amar mas foi o amor da tua vida.”
- “Sem dúvida.”

E é assim que as pessoas vão perdendo os seus amores: aqueles que os completam, que os fazem sorrir, chorar, que os fazem sentir especiais, importantes, únicos, mesmo naquelas alturas em que parece que mais ninguém no mundo se importa ou quer saber. Não interessa. Aquela pessoa estava sempre lá. Ontem, hoje, amanhã. O carinho, a atenção, a cumplicidade num gesto, numa troca de olhares, o “encaixe-mais-que-perfeito”.

Um dia um passo em falso, sem significado, mal medido, irracional, deita tudo por terra. Cai-se de um precipício para um abismo sem fim porque para trás fica o tal “amor da vida” que não se voltará a sentir em intensidade.

E este caso é apenas um exemplo de perda, que aqui exponho por ter surgido em conversa recente, porque há quem deixe “escapar entre os dedos” a 'tal' pessoa por motivos bem menores, incoerentes, diria até absurdos mas momentaneamente talvez incontroláveis...
...por orgulho.
...por teimosia.
...por imaturidade.
...porque aquele não é o 'momento certo' e “o que terá de ser nosso para nós, cedo ou tarde, voltará”. Será mesmo assim?

Há quem complique porque a sociedade “impingiu” a ideia de que tudo é complicado, portanto o que é simples não pode estar bem. É preciso complicar! Ou será que, na verdade, impingiu a "obrigatoriedade"de uma monogamia maioritariamente utópica?

De facto, o físico e/ou a mente têm impulsos e atitudes que as emoções do coração desconhecem. Uma questão que poderia ter divagações sem fim se, mais uma vez, tivesse tempo. Fica a curiosidade pessoalmente pouco compreendida… pela evidência cada vez mais significativa de casos reais que perdem, por um prazer instantâneo, uma vida de prazer permanecente.

domingo, agosto 23, 2009

Passo o tempo a dizer que o mundo anda louco.
Hoje descobri que, afinal, a louca sou eu.

quinta-feira, agosto 13, 2009

Meia palavra basta

Fácil é quereres ser amado. Difícil é amares completamente só. Amares de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois.
Fácil é perguntares o que desejas saber. Difícil é estares preparado para ouvir a resposta ou quereres entendê-la.
Fácil é chorares ou sorrires quando tens vontade. Difícil é sorrires com vontade de chorar.
Fácil é sonhares todas as noites. Difícil é lutares por um sonho.
Eterno é tudo aquilo que dura uma fracção de segundo, mas cuja intensidade petrifica e nenhuma força jamais resgata.

Pelas dezenas de vezes. "Pela incerteza da certeza que se a pedisses eu te a juraria... mas não posso nem sei...".


"Fui bailar no meu batel
Além do mar cruel
E o mar bramindo
Diz que eu fui roubar
A luz sem par
Do teu olhar tão lindo

Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração

Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo

Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração

Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo"

Canção do Mar

terça-feira, agosto 04, 2009

Any second its a minute late

"What may come in your life for you to conquer…
The quest is to remain stronger.
Watch your steps, don't get mislead.
The everyday battles are the ones you make your own bed".

Bezegol - Forever Love

terça-feira, julho 28, 2009

Fica para depois!

Quantas vezes na tua vida deixaste coisas por fazer e coisas por dizer?
Quantas vezes mais vais continuar a fazê-lo?

Apetecia-me divagar sobre este assunto. Mas não hoje. Não tenho tempo.

terça-feira, julho 14, 2009

Coisas do meu Coração


"Deixa eu dizer que te amo
Deixa eu pensar em você
Isso me acalma, me acolhe a alma
Isso me ajuda a viver

Hoje contei pras paredes
Coisas do meu coração
Passeei no tempo, caminhei nas horas
Mais do que passo a paixão

É um espelho sem razão
Quer amor, fique aqui

Meu peito agora dispara
Vivo em constante alegria
É o amor que está aqui

Amor I Love You

E Ela Tinha.... suspirado
Tinha beijado o papel devotamente.
Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades
E o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas
Como um corpo ressequido que se estira num banho tépido.
Sentia um acréscimo de estima por si mesma,
E parecia-lhe que entrava enfim
Numa existência superiormente interessante
Onde cada hora tinha o seu encanto diferente
Cada passo conduzia a um êxtase
E a alma se cobria de um luxo radioso de sensações

Amor I Love You"

Marisa Monte

quinta-feira, julho 09, 2009

Haverá limites?...

Sabemos de antemão que temos um limite para tudo o que consideramos ser mau. Para a mentira, a insegurança, o medo, o preconceito, a antipatia, a desconfiança, a ausência, a indiferença, o desprezo, a dor, a agressividade, a ignorância, a apatia...claro que existe e deve existir sempre uma dose de tolerância, mas qb.

Então e para o resto? Para o que é considerado bom, positivo? Existirá também um limite? Poderá o "bom demais" tornar-se "mau demais"? Será que realmente tudo tem uma medida certa? O tal do equilíbrio perfeito?

Compreensão, amor, amizade, inteligência, empenho, dedicação, sinceridade, simpatia, segurança, energia, optimismo, preserverança, confiança,...terão estes sentimentos e características um limite? Será que realmente o que é demais é erro? Haverá a tal da bela sem senão?

E o limite...o que delimita o limite?

No diccionário da língua portuguesa, limite é uma linha que estrema superfícies ou terrenos contíguos; é uma fronteira; um extremo; uma meta. Ou pode até designar um termo matemático quando é uma quantidade fixa da qual uma variável se aproxima indefinidamente sem nunca alcançar.

Na Psicologia do ser humano ou na Filosofia, o limite é uma patente. Não somos o que queremos, não fazemos tudo que sonhamos, não temos o dom de estar sempre onde desejamos. E é dentro destes limites que nos movemos.

Conhecer os nossos limites e os dos outros é uma tarefa que dura a vida inteira. Isto porque o limite não é algo estático. As pessoas mudam, logo o sistema de comunicação entre as pessoas é dinâmico e tem as suas próprias "leis", cabendo a cada um de nós descobri-lo em cada momento.

"Quem não vive como pensa, acaba a pensar em como viver". Aprender a observar a realidade do ser pessoal e do ser social é a melhor forma de compreender o limite que existe nas coisas e nas pessoas. Caso contrário, gasta-se o tempo a encontrar defeitos onde apenas existem características e assim talvez sejamos mais tolerantes com os outros... e connosco próprios.

"A felicidade não pode vir das coisas exteriores, do corpo, mas somente da alma, porque esta e só esta é a sua essência". E a alma é feliz quando é virtuosa. Disse Sócrates: "Para mim quem é virtuoso, seja homem ou mulher, é feliz, ao passo que o injusto e malvado é infeliz. Assim como a doença e a dor física são desordens do corpo, a saúde da alma é a ordem da alma - e esta ordem espiritual interior é a felicidade".

Afinal, os limites do bom e do mau somos nós que os fazemos. Tarefa difícil, mas não impossível. O limite é o céu? Não. O céu não pode ser o limite para quem quer chegar mais longe!...

terça-feira, julho 07, 2009

"Okay, I Want Everybody To Clear The Area Right Now!"

Sem muitas palavras por não serem necessárias.
Um último adeus.

"Smile, though your heart is aching
Smile, even though it's breaking
When there are clouds in the sky
You'll get by...

If you smile
With your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll find that life is still worthwhile
If you just...

Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying
You'll find that life is still worthwhile
If you just...

Smile, though your heart is aching
Smile, even though it's breaking
When there are clouds in the sky
You'll get by...

If you smile
Through your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile...

That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile"

Michael Jackson - SMILE



sexta-feira, junho 26, 2009

O pano caiu mesmo... [e o mundo está em choque]


A partir de hoje passará, provavelmente, a ser visto com outros olhos.
Com aqueles com que o olhavam antes de o terem acusado de ser um mero e preverso "pedófilo", simplesmente porque em criança teve de ser adulto e em adulto quis ser criança.
Voltará a ser visto com os olhos de quem aprecia música. Espectáculo. Talento. Vocação. Arte.

Hoje morreu a pessoa. Renasceu o artista.
Não tive a oportunidade de o aplaudir ao vivo, mas sempre o aplaudi e aplaudirei como músico.
Não há nem restam muitas palavras para o choque. Foi o ícone da minha adolescência.
Michael Jackson é eterno.
É prodígio.
É lenda.

Fica a obra.
Fica um até sempre!

MICHAEL JACKSON: KING OF POP
Uma das mensagens a reter: "Heal The World, Make It A Better Place, For You And For Me And The Entire Human Race"
R.I.P. MJ

[Já não ouço esta música há muito tempo. Mas sei que não houve vez que não me fizesse chorar!...]

"Will You Be There"

Hold Me
Like The River Jordan
And I Will Then Say To Thee
You Are My Friend

Carry Me
Like You Are My Brother
Love Me Like A Mother
Will You Be There?

Weary
Tell Me Will You Hold Me
When Wrong, Will You Skold Me
When Lost Will You Find Me?

But They Told Me
A Man Should Be Faithful
And Walk When Not Able
And Fight Till The End
But I'm Only Human

Everyone's Taking Control Of Me
Seems That The World's
Got A Role For Me
I'm So Confused
Will You Show To Me
You'll Be There For Me
And Care Enough To Bear Me

(Hold Me)
(Lay Your Head Lowly)
(Softly Then Boldly)
(Carry Me There)

(Lead Me)
(Love Me And Feed Me)
(Kiss Me And Free Me)
(I Will Feel Blessed)

(Carry)
(Carry Me Boldly)
(Lift Me Up Slowly)
(Carry Me There)

(Save Me)
(Heal Me And Bathe Me)
(Softly You Say To Me)
(I Will Be There)

(Lift Me)
(Lift Me Up Slowly)
(Carry Me Boldly)
(Show Me You Care)

(Hold Me)
(Lay Your Head Lowly)
(Softly Then Boldly)
(Carry Me There)

(Need Me)
(Love Me And Feed Me)
(Kiss Me And Free Me)
(I Will Feel Blessed)

[Spoken]
In Our Darkest Hour
In My Deepest Despair
Will You Still Care?
Will You Be There?
In My Trials
And My Tripulations
Through Our Doubts
And Frustrations
In My Violence
In My Turbulence
Through My Fear
And My Confessions
In My Anguish And My Pain
Through My Joy And My Sorrow
In The Promise Of Another Tomorrow
I'll Never Let You Part
For You're Always In My Heart.

quinta-feira, junho 25, 2009

Não há coincidênciais...ou será que há?

Coincidências. Há quem acredite, há quem não acredite. Mas afinal, o que é uma coincidência?

O prefixo "co" da palavra coincidência significa "junto" e incidência é sinónimo de acontecimento. Uma boa definição de coincidência pode ser:
"Repetição de dois ou mais eventos num contexto onde há múltiplas possibilidades".

É uma questão acerca da qual reflicto vezes sem conta. Se acredito ou não? São mais as vezes em que não acredito do que aquelas em que acredito. No fundo, acho que tudo tem uma explicação, uma razão de ser, um sustento. Mas para não entrar em grandes paranóias, deixo a complexa questão para os grandes pensadores, filósofos, estudiosos e cientistas...que provavelmente nunca encontrarão a tal verdade absoluta a que todos aspiram.

Isto porque quem mergulha demasiado na procura desta resposta corre o risco de se afogar... de acabar por entre aqueles que habitam sítios como o Magalhães Lemos e afins. Se os loucos são génios? Talvez muitos sejam. Se vêem mais para além do comum dos mortais? Sem dúvida... No entanto, prefiro continuar a fazer parte integrante dos "ignorantes mentalmente saudáveis" e só ir pensando nisto "de vez em quando". Chega-me assim.

"As coincidências não existem por muito que nos digam o contrário.

Poderemos ficar chocados, pasmados, perplexos com os acontecimentos e como as coisas se encaixam, mas tudo são nada mais nada menos que consequências dos nossos actos e pensamentos, que se manifestam naqueles que nos estão mais próximos.

Os amigos de verdade dão-nos estalos de lucidez, que nos acordam para a realidade das coisas mais lógicas e mais básicas que existem.

As coincidências não existem, são o conjunto de situações que a nossa vida cria e desenvolve e que provoca reacção, positiva ou negativa, junto daqueles que nos estão próximos.

Quando somos alertados, significa que deveremos ter cuidado com as nossas atitudes presentes e que estas poderão estar a provocar preocupação naqueles que nos são mais próximos.

A vida tem destas maravilhas transcendentais, que não sabemos explicar porque acontecem e como acontecem. Porém são maravilhas e que felizmente existem para nos fazer ganhar lucidez, coragem, força e determinação para uma vida que em muito se encontra perdida e sem pontos de referência.

Os amigos caminham no nosso transcendente, que acaba por ser o nosso mundo real e manifestam de forma simples o seu pensamento e o seu alerta.

Quiçá as coincidências sejam uma manifestação divina, de um mundo superior, ao qual não temos qualquer capacidade de enxergar, não temos capacidade ou por falta de vontade (?).

O que é certo é que se manifestam no momento em que estamos no nosso silêncio e no momento em que não acreditamos que possam acontecer. No momento em que as esperanças já não existem e que os problemas deixam de ter qualquer solução.

Coincidências, coincidências, coincidências. Dizem que o mundo está cheio delas, mas será (?) se elas não existem.

Caberá a cada um de nós fazer a sua reflexão e tirar as elações possíveis. Caberá a cada um de nós dar o entendimento devido e fazer uso se realmente contribuir para a melhoria da nossa vida, do nosso estado de espírito e do nosso ser como pessoa.

Poderei ter um discurso transcendental e crente demais, é certo, mas o Homem tem a tendência de viver nessa dimensão ou ilusão, chamem-lhe o que quiserem. Mas que vale a pena viver vale. Que vale a pena pensar sobre isso, também.

Às vezes, somos um pouco cotas na forma como pensamos e como agimos, queremos complicar o que é tão simples e depois surgem estas coisas ás quais chamam coincidências."

Por Manuel de Sousa

terça-feira, junho 23, 2009

This is for the way you keep me smiling!

L is for the way you look at me
O is for the only one I see
V is very, very extraordinary
E is even more than anyone that you adore can

Love is all that I can give to you
Love is more than just a game for two
Two in love can make it
Take my heart and please dont break it
Love was made for me and you



L is for the way you look at me
O is for the only one I see
V is very, very extraordinary
E is even more than anyone that you adore can

Love is all that I can give to you
Love is more than just a game for two
Two in love can make it
Take my heart and please dont break it
Love was made for me and you
Love was made for me and you
Love was made for me and you

terça-feira, junho 16, 2009

Uma rosa à chegada, um luar numa partida sem adeus.
Um sorriso rasgado, um olhar compenetrado, num jeito sem jeito, para te dizer que sim sem pensar!
Perigosos sem perigo, são os sonhadores que sonham acordados, pois de tanto acreditarem ser possível, acabam por tornar os sonhos realidade.
E o passar do tempo tem-me mostrado que sim, que vale a pena sonhar, seja dia ou seja noite...que vale a pena acreditar na nossa força e nas nossas crenças, por mais absurdas que por vezes possam parecer...que realmente "tudo vale a pena quando a alma não é pequena"!
A flor da paixão, a lua que me apaixona, as palavras que me envolvem...
Com os olhos bem abertos, numa luz que não ofusca nem quero apagar, deixo os meus sonhos prosseguirem, encerrando neles a magia e a ilusão de quem vive na esperança...

"Gosto de ti todos os dias".

terça-feira, junho 09, 2009

Good Vibes

Numa das músicas de Rui Veloso pode ouvir-se: "já não há canções de amor por não haver quem acredite".
Felizmente, creio que ele se enganou. E tristes aqueles que deixaram de acreditar!

["Porque é que eu gosto tanto de ti?" "Porque sim!" And I keep smiling...]

sábado, junho 06, 2009

Há perguntas sem resposta. Não me perguntes.

"Silêncio é… ausência."
Ausência é e será… esquecimento.

"Cada um é como sabe ser."
Uns dão a transparecer a alma, em troca outros dão a conhecer o que lhes convém.

"Derrubaste."
Eu tive de derrubar... para me salvar!

Apesar do desagradável espanto …
"Os sorrisos ficaram gravados em mim, na minha memória e no meu coração."

“O resto virá a seu tempo.”
E realmente veio.

A letra de uma canção. Uma espécie de ode ao rompimento.
O despedaçar de uma alma provocado pelo desaparecimento de alguém de quem se gosta mas que se teve de deixar partir, por não sermos mais capazes de “salvar” seja o que for.
No final, a opção de nos “salvarmos” a nós próprios e caminharmos noutra direcção. Oposta à desse alguém que se perdeu.

O verso começado com "Did I ask for too much..." resume na perfeição um sentimento em “carne viva”, que parece às vezes ainda provocar um vento que nos derruba…

"And I can't be holding on
To what you got
When all you got is hurt
"

As últimas palavras que lhe disse. Em silêncio.

"Is it getting better?
Or do you feel the same?
Will it make it easier on you now?
You got someone to blame
You say
One love
One life
When it's one need
In the night
One love
We get to share it
Leaves you baby if you
Don't care for it

Did I disappoint you?
Or leave a bad taste in your mouth?
You act like you never had love
And you want me to go without


Well it's
Too late
Tonight
To drag the past out into the light
We're one, but we're not the same
We get to
carry each other
carry each other
One

Have you come here for forgiveness?
Have you come to raise the dead?
Have you come here to play Jesus?
To the lepers in your head

Did I ask too much?
More than a lot.
You gave me nothing,
Now it's all I got


We're one
But we're not the same
See we
Hurt each other
Then we do it again

You say
Love is a temple
Love a higher law
Love is a temple
Love is a higher law


You ask me to enter
But then you make me crawl
And I can't keep holding on
To what you got
When all you've got is hurt

One love
One blood
One life
You got to do what you should

One life
With each other
Sisters and my
Brothers
One life
But we're not the same
We get to
Carry each other
Carry each other

One...
One..."

quinta-feira, junho 04, 2009

O remorso que não encontro, o milagre que não procuro

"Queimei os pequenos romances
da colecção coração de ouro
só restava o nosso
sabias que não seria duradouro

Rodeei-me dos teus objectos favoritos
agora já não me sinto tão culpada
organizei o remorso
não encontrei absolutamente nada

Um dia é provável que te volte a amar
mas espero que nesse dia
seja tarde demais"
A Naifa - Pequenos Romances

[Os milagres acontecem a horas incertas. Basta acreditar que haverá esse dia só nosso. No entretanto ir vivendo sem anseios ou procuras... Sorrir porque sorrimos, sorrir porque nos sorriem, sorrir por fazermos sorrir!]

segunda-feira, junho 01, 2009

Não quero mais esse negócio...


"Vai minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer

Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim
Não sai de mim
Não sai

Mas, se ela voltar
Se ela voltar que coisa linda!
Que coisa louca!
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos
Que eu darei na sua boca

Dentro dos meus braços, os abraços
Hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim,
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim

Que é pra acabar com esse negócio
De você viver sem mim
Não quero mais esse negócio
De você longe de mim
Vamos deixar esse negócio
De você viver sem mim"

Vinicius de Moraes

Já me diz a minha avó há muito tempo: não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe!

Com a fúria, o vento apagou aquelas pegadas que teimavam em tornar-se profundas - onde já só se vê e sente a areia escura e fria - soprando-as para outra praia, bem longe de mim.
Quando acalmou, permitiu que outros passos mais leves e delicados pisassem este areal onde me deito. E agora vai soprando assim: terno e brando...
"Chega de saudade!"

sexta-feira, maio 29, 2009

Não me apetece pensar muito nisto.

O sol brilha, os dias são agora longos e a mim só me apetece respirar estes momentos, sem conjecturas...aproveitar todos as oportunidades, todas as palavras, todas as partilhas, toda a magia que a natureza proporciona, enfim...

Viver o tal dia após dia e desfrutar cada pedacinho deste sorriso que trago no rosto, sentir este cheiro delicioso que me impregnou a pele e absorver o prazer que as manhãs me têm feito chegar através de uma alegre sonoridade.

Deixa estar assim. Por muito tempo. Pelo menos mais um pouco. Estou bem!

terça-feira, maio 26, 2009

Vendedor de Sonhos

"Sou apenas um caminhante
Que perdeu o medo de se perder.
Estou certo de que sou imperfeito,
Podem chamar-me louco,
Podem gozar das minhas ideias,
Não importa!
O que importa é que sou um caminhante,
Que vende sonhos aos transeuntes.
Não tenho bússola nem agenda,
Não tenho nada, mas tenho tudo.
Sou apenas um caminhante
Á procura de mim mesmo."

O meu "até já" sem data marcada resistiu uma semana. Este meu descontrolo literário deve ser pior do que a menopausa. E digo "deve ser" porque ainda não passei por ela para o afirmar com convicção.
Um desopilar de um dia de trabalho, com vista para o pôr do sol, e umas gargalhadas preenchidas pela aragem fresca junto ao mar, trouxeram-me o motivo da "ressaca".
Quis e quero enterrar, mas a terra que lhe serve de cobertura ainda é fresca. Precisa de morrer também!...
Apesar de tudo, o meu sorriso tem sido mais forte do que o luto que faço deste vendedor de falsos sonhos...

quarta-feira, maio 20, 2009

Não há soluções, há caminhos!


"Enquanto não aceitarmos que a vida é difícil, e isso não é mau, não só não arranjamos estratégias e calma para vencer as dificuldades, como as aumentamos e arranjamos uma dificuldade maior. O que torna a vida ainda mais difícil do que é na realidade é pensar que ela devia ser fácil ou que alguém tem direito à facilidade. Mas a vida sem luta não é vida!"

Vou dar espaço às palavras para que possam respirar deste espaço onde as prendo.
Vou dar espaço a mim mesma para respirar esta liberdade que possuo.

Dou a força que já não tenho e, depois de bem sugada, puxam o tapete onde me encontro para me matarem.

Um até já...
(até já quando?)
...talvez um até sempre,
talvez um volto já.

Não, não me vou perder. Ao contrário de muitos, sei que há caminho!
Só para a morte ainda não há solução.

"Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde

Não sei do que é qu eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão

Vou continuar a procurar
A quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só
Quero quem, quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci

Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder

Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar

Vou continuar a procurar
A minha forma
O meu lugar
Porque até aqui eu só
Estou bem aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou"

Já dizia o Variações...

terça-feira, maio 19, 2009

ONE LIFE, you got to do what you should!

"Deste modo ou daquele modo.
Conforme calha ou não calha.
Podendo às vezes dizer o que penso,
E outras vezes dizendo-o mal e com misturas,
Vou escrevendo os meus versos sem querer,
Como se escrever não fosse uma cousa feita de gestos,
Como se escrever fosse uma cousa que me acontecesse
Como dar-me o sol de fora.
Procuro dizer o que sinto
Sem pensar em que o sinto.
Procuro encostar as palavras à idéia
E não precisar dum corredor
Do pensamento para as palavras

Nem sempre consigo sentir o que sei que devo sentir.
O meu pensamento só muito devagar atravessa o rio a nado
Porque lhe pesa o fato que os homens o fizeram usar.

Procuro despir-me do que aprendi,
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras
,
Desembrulhar-me e ser eu, não Alberto Caeiro,
Mas um animal humano que a Natureza produziu.

E assim escrevo, querendo sentir a Natureza, nem sequer como um homem,
Mas como quem sente a Natureza, e mais nada.
E assim escrevo, ora bem ora mal,
Ora acertando com o que quero dizer ora errando,
Caindo aqui, levantando-me acolá,
Mas indo sempre no meu caminho como um cego teimoso.

Ainda assim, sou alguém.
Sou o Descobridor da Natureza.
Sou o Argonauta das sensações verdadeiras.
Trago ao Universo um novo Universo
Porque trago ao Universo ele-próprio.

Isto sinto e isto escrevo
Perfeitamente sabedor e sem que não veja
Que são cinco horas do amanhecer
E que o sol, que ainda não mostrou a cabeça
Por cima do muro do horizonte,
Ainda assim já se lhe vêem as pontas dos dedos
Agarrando o cimo do muro
Do horizonte cheio de montes baixos."

Alberto Caeiro

Há muitos momentos em que páro para pensar. Reflectir. Nos gestos. Nas palavras. Nas situações. No que fiz ou não fiz. No que disse ou não disse. E às vezes acontece-me obter a resposta certa: para quê perder tempo a pensar na vida, do que poderia ou não ter sido, do que é ou não é, do que poderá vir a ser ou não, se ao pensarmos estamos a perder vida?
As pessoas ainda não perceberam (e ao escrever "pessoas" auto incluo-me) que a vida é um mistério, difícil ou impossível de desvendar. Só temos que saber aceitar.
Não há verdades absolutas, não há como apagar um passado ou ter a certeza de um futuro. O importante é mesmo viver o presente. É senti-lo. É respirá-lo. É registá-lo. É...Carpe Diem!
O caminho não é em linha recta, o terreno não é plano e o GPS só funciona para os carros, portanto é encarar a realidade dos factos e seguir em frente, de sorriso no rosto, muitos sonhos na cabeça e muito amor no coração.
Quem não quer, paciência. Quem não aceita, azar. Derrotados são aqueles que não sabem sonhar. São aqueles que em vez de desfrutarem os prazeres da vida, do mundo, da natureza e de tudo aquilo que foi criado para sentirmos, vermos, cheirarmos, tocarmos e ouvirmos, preferem ser mecânicos, cépticos, frios e tudo o mais que possa derivar destas palavras. São pessoas tristes, essa é que é essa.
Acho que acordei novamente. Sim, de vez em quando acontece-me ficar "sedada". Quem nunca ficou?
Foi numa bela manhã que percebi...para quê? Para quê investir e perder a minha energia no que não vale a pena? No que não retribui? No que não me quer bem? No que faz de mim um ser invisível sem sequer ter remorços?
A verdade, é que sou mais do que isso. Mereço bem mais. Quero ainda mais! A vida é curta, o mundo é grande e por descobrir ainda há muito!

“Não deixe de acreditar no amor, mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá, manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam, e certifique-se de que quando estão juntos aquele abraço vale mais que qualquer palavra…”

In “Não deixe de acreditar no amor” de Luís Fernando Veríssimo

Sobretudo, não deixar de acreditar na vida!

sábado, maio 16, 2009

I don't care what happens anymore!

...
I embrace you with a melody so sweet you'll melt
And a beat so hard you'll go numb,
I'll do anything to make you go mad.

How 'bout it.

I'll take you along
To worlds never seen by anyone before.
...

I don't care what happens anymore
So let's just love each other tonight.

Selfish love
Love me, cause I love you
This is my way of love.

Cheers to this egoistic night.

I don't really need forever
So just be by my side tonight.

Selfish love
Love me, cause I love you
This is my way of love.

I will for me, you will for you*
And I'll be me, and you'll be you.

Cheers to egoistic us!

quinta-feira, maio 14, 2009

O fim de semana é teu...AGARRA-O!

Mais um grande anúncio da Super Bock... Não considero a música tão impactante como a anterior mas o cenário escolhido continua a ser perfeito: a linda e mágica cidade do Porto!

Perfect moments, perfect memories, perfect spots*

[e eu ainda por Lisboa...completamente ezaurida...tirem-me daqui!]

segunda-feira, maio 11, 2009

Um dia após o outro

Alguém "ameaçou" abolir o meu blog...
Pois bem, não só mas também por influência desse comentário [de alguém amigo com uma assiduidade que desconhecia] escrevo aqui hoje algo um pouco diferente. Algo curto e duro. A expressão verdadeiramente popular...

CAGUEI E ANDEI!

Agora?

Quero viver...e nunca ser cruel.
Quero voar...e nunca aterrar.
Quero viver a minha vida...e ter os amigos por perto.

Quero viver...e ser sempre verdadeira.

A minha alma não precisa de ser salva.
E sim, eu peco todos dias.

Nunca mudamos, pois não?
Nunca aprendemos, pois não?

Por isso eu quero viver na minha "cabana".
Quero viver onde os amigos são fáceis de encontrar.
Viver onde o sol se põe!...

FAMÍLIA e AMIGOS.
Verdadeiros.
O mais importante.
O mais precioso.
O que se deve preservar.
Os que realmente nos amam.
Os que nos querem bem.
Muita coisa vem, muita coisa vai.
Estes ficam sempre.
O resto...é apenas isso: o "resto".
Pedaços de nada.
Pedaços que hoje deito fora e amanhã já esqueci.
Pedaços sem valor.
Pedaços sem sentido.
Temos pena.

Ontem sorri. Hoje sorri. Amanhã continuarei a sorrir.

Vivo o presente...sem passado nem futuro!

Posto isto, brindo à família. Brindo aos amigos.
"A nós, a quem gosta de nós e o resto...que se FODA!"

Diferente não?

sábado, maio 09, 2009

As voltas que a vida dá

No dia 25 de Dezembro, por volta das 6h da tarde, pedi-te uma luz que me guiasse em direcção ao caminho certo. Sentia-me dividida entre o emocionalmente correcto e o racionalmente lógico. A verdade é que bastaram uns poucos dias para a encontrar.

No dia 2 de Maio voltei a falar contigo, eram umas 8h da manhã. Pedi-te o contrário do que tinha pedido há uns 5 meses atrás. Que apagasses a tal luz que na altura eu precisava desesperadamente de descobrir. Estava-me a ferir "os olhos do coração". Coincidentemente ou não, a verdade é que ela está a ficar fraquinha, fraquinha, fraquinha...está quase a fundir como as lâmpadas que compramos para os candeeiros que nos iluminam a casa à noite. Acabará por se extinguir.

Nunca pensei mas a verdade é que me tens feito bem. Quanto mais não seja por simplesmente poder falar livremente sem me interromperes ou julgares... Obrigada. Estou a sentir-me livre novamente. Estou outra vez a conseguir sorrir por estar a viver o momento e não apenas porque fica socialmente bem e bonito fazê-lo.

Continuo a ter pena que algumas pessoas vivam em função de um futuro que a ninguém pertence, agarradas a um passado que apenas nele devia ficar, acabando por se esquecerem do mais importante para serem verdadeiramente felizes: viver o presente.

Podias ter filmado o nosso sorriso em vez de o fotografares!...

quarta-feira, maio 06, 2009

Há um tempo para tudo.E contra factos, não há argumentos!

"Estou que nem posso… Já não tenho idade para ir à queima à semana. Acho que a meio da noite me esqueci que já sou grande e que hoje é dia de trabalho e perdi a conta aos shots malucos que bebi.
Estou sempre a dizer que sou miúda, que ainda sou uma criança, mas a verdade é que me senti bastante grande junto das pessoas com vinte e poucos anos com quem falei. Já nem coragem de cravar bebidas como se a minha vida dependesse desse feito, tenho. Ou de pedir shots e quando eles são servidos, baixar-me e desatar a correr para trás da barraca, como nos bons velhos tempos.
Estou velha, é o que é. Apetece-me dizer a todas as pessoas que por lá andam “aproveita como se não houvesse amanhã porque esses são os melhores tempos da tua vida e passam tão depressa…”. Ou seja, aqueles discursos muita chatos que os cotas me diziam na minha altura e que não entendia.
É verdade, a faculdade é o melhor tempo da vida de qualquer um… É com nostalgia que vejo aqueles olhares sem preocupações, como se nada tivesse consequências, nem motivo aparente para existir. Os namoricos, os exames, as chatices com as amigas, os copianços, as noites académicas em bares que não lembra a ninguém, os flirts, os profs, os sonhos, a semanada, o bar da faculdade, as jantaradas nas tascas manhosas,… Que saudades da única preocupação ser a de inventar alguma aldrabice aos cotas para justificar alguma cadeira ou ano perdido.
Aqui, que ninguém me ouve, se fosse hoje acho que tinha perdido muitos e muitos anos e aproveitado ainda mais. Mais tempo. Mal se põe um pé fora da faculdade, com o canudo, ainda as últimas férias grandes estão a terminar e já os papás nos olham com outro olhar. O olhar das obrigações, das responsabilidades, do “bem-vindo ao mundo dos grandes”. Devia ter feito como muitos e dizer “afinal não era aquela a minha vocação, acho que me vou inscrever em filosofia” e continuar naquele mundo livre e boémio. É que, ou se faz isso logo de seguida, sem lhes dar tempo para pensar e nos dar aquelas boas-vindas, ou já não há escapatória possível. Agora, mesmo que quisesse não conseguia “abdicar” das responsabilidades e obrigações e voltar a estudar sem trabalhar. Infelizmente. Que raiva. Como disse uma vez uma pessoa que conheci e que já nem do nome me lembro, esses “são uns enganadores”. E quem me dera ser uma enganadora! Ser condecorada dux da faculdade, perder anos a fio na tuna e na comissão de praxe e o único horário a cumprir ser o do encontro no bar para matar uns finos, à tarde."

Tal como tu, minha querida amiga, partilho o mesmo sentimento. E daí ter feito um copy paste de empréstimo das tuas palavras.
A passagem desta semana cria sempre aquela nostalgia devastadora, como se esse nosso tempo tivesse sido já noutra vida. Também me começo a sentir velha...não pelo espírito, pelas vontades, pelas atitudes. Mas pelas dores nas pernas, nos pés, na cabeça e até por esta conjuntivite, que quase parece ter surgido para me dizer "Pensas que ainda tens idade para estas coisas? Tem juízo!"
Acho que até os shots me caem de outra forma no fígado...já não são bem para brindar à amizade, às asneiras "saudáveis", ao final de mais um ano lectivo, às festas, à boa vida, mas sim para conseguir olhar à minha volta e sentir que ainda consigo pertencer àquele mundo. Assim pelo menos salto. Canto. Danço. Sozinha ou com quem não conheço de parte nenhuma. Tiro fotos parvas. Sou capaz de reconhecer uma ou duas caras familiares que me dão umas borlas. E até sou ainda capaz de cair..."de tanto rir"...após dar uma cabeçada, no sentido literal da palavra.
Vivi muito. Aproveitei ao máximo. Ou não. Lá está, é o desejo de querer sempre mais. Mais daquilo que não nos incute o peso insuportável das responsabilidades de ser adulto. Aquilo que já somos e teimamos em não querer ser. Ou mostrar.
Mais do que a queima, sinto ainda mais a falta do cortejo. A esse não posso ir. Nunca mais. A sensação de passar a tribuna. Essa não voltarei a sentir. Nunca mais. A sensação de ser caloira. Essa só se tem uma vez na vida, tal como o sentimento de ser finalista. O traje. Odiava os sapatos, as meias que passava a vida a romper e a capa que pesava e fazia um calor sufocante nos dias mais quentes. Mas foi um orgulho. E a rodear tudo isto, os amigos. Aqueles que nos marcaram pelo convívio e partilha de momentos. Dessa "maralha", costumávamos nós dizer em linguagem académica, uns casaram, outros vivem longe e voltaram para casa, outros foram forçados a "desertar". Para poderem trabalhar!
É...como dizem os "cotas"...é a vida! Tudo tem o seu tempo. Mas apesar de tudo, ainda temos mais um fim de semana e o dia a seguir para descansar o corpo...aquele que paga quando a cabeça não tem juízo. Bora queimar os últimos cartuchos?



[Desta vez não estive lá...vejo o vídeo e arrepio-me. Com as lágirmas nos olhos, sorrio. Já tive o privilégio de lá estar e viver tudo o que estas pessoas estão a viver! BIBA O QUIM!]

segunda-feira, maio 04, 2009

"Estás aqui para ser feliz!"

Uma das melhores publicidades dos últimos tempos.

quinta-feira, abril 30, 2009

Momentos

- "O problema de hoje em dia, é que vivemos num mundo onde reina o analfabetismo sentimental. As pessoas sabem o que não querem mas não sabem o que querem.
Antigamente existiam mais regras e, por consequência, um caminho mais definido a seguir. Agora as opções de escolha são muito maiores e toda a gente se perde... Souberam abrir as portas à liberdade mas não souberam ensinar ninguém a lidar com ela nem a discipliná-la... E essa aprendizagem é tão longa e difícil que quando as pessoas olham para trás, para todo o percurso que tiveram de trilhar, apercebem-se que perderam demasiado tempo, demasiada vida e demasiadas oportunidades de serem felizes!"

- "Isso é mesmo lindo! E não me é nada estranho... Onde leste?"

- "Na minha cabeça!..."

Sim, eu penso. Sim, eu tenho inteligência. Não, não sou nem quero ser uma qualquer para ninguém, para o mundo e, principalmente, por mim própria...

quarta-feira, abril 29, 2009

É-cum-a-dor

Não sou uma seguidora assídua da série "Equador". Uma adaptação televisiva da obra de Miguel Sousa Tavares que não li.

Calhou assistir ao último episódio e, como acontece muitas vezes, em filmes, teatros, telenovelas, debates ou afins, há sempre uma ou outra frase que absorvo e anoto no meu bloco de palavras soltas.

Ela, desanimada, disse-lhe em tom de desabafo que aquela terra - S. Tomé e Príncipe - era tristeza. Perdeu o amor da vida dela e agora vive apaixonada pelo irmão. O próprio com quem acaba de desabafar. Ele respondeu-lhe qualquer coisa como "Equador...é com a dor..."

Nesse momento, "despertei". Valia a pena registar e tentar saber um pouco mais acerca de onde vinha aquela afirmação.

«equador: linha que divide a terra em hemisfério norte e sul. Linha simbólica de demarcação, de fronteira entre dois mundos. Possível contracção da expressão é com dor" ("é-cum-a-dor", em português antigo)

Estas palavras ecoam na minha cabeça. Será realmente com a dor que vivemos quando estamos apaixonados? Será esta uma regra sem excepção?

Acabei por descobrir outras frases interessantes da obra de Sousa Tavares que, muito provavelmente, terei de ler:

«Depois de as coisas acontecerem, é quase irresistível reflectir sobre o que teria sido a vida, se se tem feito diferente.»

«Não se encontra só o que se encontra, mas também o que se procura. Nós não somos folhas levadas pelo vento, não somos animais à deriva. Somos seres humanos, com uma vontade própria.»

«Não esperes nunca de mim que eu seja fiel a qualidades que não tenho. O que podes é contar com as que tenho, porque nessas não te falharei nunca.»

Equador é a linha que separa o mundo em dois. É a linha que divide o que deveria ser um só todo, em duas partes. Neste momento, há um Equador na minha vida. Um coração demarcado por um Eu e um Tu que o separa em dois mundos que se procuram mas se perdem...

Não fosses tu o meu sonho de menina e mulher, eu não te amaria tanto!...

sábado, abril 25, 2009

Taí!

A rádio por vezes - se não a maioria delas - deixa muito a desejar. Mas de vez em quando lá descubro umas preciosidades. Ontem, num dos meus "zappings" desesperados em busca de uma música que me aconchegasse os ouvidos, apaixonei-me!

Rock, pop, reggae, bossa nova, blues, chill-out...não interessa o estilo ou a língua em que é cantada. Desde que nos faça dançar, recordar, cantarolar, libertar emoções, tristes, alegres ou de nostalgia... A música é uma arte mágica e esta já faz parte dos meus registos.

"Taí
Eu fiz tudo pra você gostar de mim
Ó, meu bem
Não faz assim comigo, não
Você tem
Você tem
Que me dar seu coração

Meu amor, não posso esquecer...
Se dá alegria, faz também sofrer
A miha vida foi sempre assim
Só chorando as mágoas que não tem fim

Essa história de gostar de alguém
Já é mania que as pessoas têm
Se me ajudasse Nosso Senhor
Eu não pensaria mais no amor"

sexta-feira, abril 24, 2009

I'll take you to see the sunrise and try to catch your ghost!...

Dream on girl, dream on girl
I want to see you sleep tonight
You're up and down
You hit the ground
And time is drifting through your fears

I can't find your dreams tonight
And make your lover come back home
If you don't know, you are on your own
I'll choose the best place for your sleep

Come back to see the day
You lost your heart and all your hopes
I'll take you to see the sunrise
And try to catch your ghost, oh

Come on girl, a dream is your world
The signs you see are in your mind
The words that you speak, are here in my ear
So I can hear you falling down

Take a breath to see me
I can wait for you to
Live a live with no hopes but
If you still believe

Come back to see the day
You lost your heart and all your hopes
I'll take you to see the sunrise
And try to catch your ghost, oh

segunda-feira, abril 20, 2009

Ser a excepção à regra

Na vida, no amor, na amizade, no trabalho ou em qualquer outra circunstância inerente a ela, temos duas opções: ou somos a regra ou tornamo-nos a excepção. Aqui a escolha não suscita dúvidas... temos de marcar os outros e o mundo através de uma diferença positiva.

A qualidade deste vídeo está péssima mas não encontrei outro melhor. Preferir mesmo, era a parte final deste filme, que transmite exactamente aquela mensagem que eu precisava de ouvir...embora já há muito a soubesse por mim própria...

sexta-feira, abril 17, 2009

Por mais que me esconde...

...procuro por ti em toda a parte!..

"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"

De que tamanho é a tua afinal...?

"Ouvi dizer
Que o nosso amor acabou
Pois eu não tive a noção do seu fim
Pelo que eu já tentei
Eu não vou vê-lo em mim
Se eu não tive a noção de ver nascer o homem

E ao que eu vejo
Tudo foi para ti
Uma estúpida canção que só eu ouvi
E eu fiquei com tanto para dar
E agora não vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva

E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma

Ouvi dizer
Que o mundo acaba amanhã
E eu tinha tantos planos p'ra depois
Fui eu quem virou as páginas
Na pressa de chegar até nós
Sem tirar das palavras seu cruel sentido

Sobre a razão estar cega
Resta-me apenas uma razão
Um dia vais ser tu
E um homem como tu
Como eu não fui
Um dia vou-te ouvir dizer

E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma

Sei que um dia vais dizer

E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma

A cidade esta deserta
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte
Nas casas, nos carros,
Nas pontes, nas ruas...
Em todo o lado essa palavra repetida ao expoente da loucura
Ora amarga,ora doce
Para nos lembrar que o amor é uma doenca
Quando nele julgamos ver a nossa cura"


quinta-feira, abril 16, 2009

A Hormona do Amor


A oxitocina é uma hormona produzida pelo hipotálamo e armazenada na hipófise posterior (neuro-hipófise).
Conhecida como a hormona do amor, dizem que gera a sensação de apego próprio de quem ama e que a sua presença constante pode levar o amor a durar para sempre...

MAIS CURIOSIDADES:

Larry Young, neurocientista, afirmou, na revista Nature, que seria possível fabricar uma poção do amor. Depois de analisar a química das ligações entre mamíferos, Young prevê para breve uma poção farmacêutica do amor.
Experiências num certo tipo de roedores na Emory University - uma minoria de mamíferos (menos de 5%) tendencialmente monogâmicos como os humanos - desvendaram o papel da oxitocina quando o cérebro de uma fêmea é artificialmente injectado por esta hormona, que produz as mesmas sensações positivas que a nicotina e cocaína. Esta fica atraída pelo macho mais próximo, ligando-se a ele. A oxitocina é dada também a mulheres depois do parto, para estimular a fluidez da produção de leite.
Outra hormona, a vasopressina, cria a necessidade de uma ligação e construção do ninho quando injectada aos machos (uma hormona activada de forma natural pelo sexo). Os animais em teste com uma vasopressina deficitária a nível genético tinham menos probabilidade de encontrar um parceiro, e pesquisadores suecos revelam que os homens com uma tendência genética idêntica também casam mais raramente.
Young afirma que o amor humano é provocado por uma "cadeia bioquímica de acontecimentos" que evoluiu a partir de circuitos cerebrais mais antigos oriundos da ligação mãe-filho, estimulada pela libertação de oxitocina durante o parto e a amamentação.
"Uma parte da nossa sexualidade evoluiu para estimular o mesmo sistema de oxitocina que cria as ligações homem-mulher", diz Young, notando que são as mesmas partes anatómicas do parto e da amamentação que são usadas no sexo. Este cenário hormonal poderia significar que uma maior atenção aos seios e uma maior frequência de sexo criam uma ligação destes neurónios primitivos, tal como a oxitocina libertada durante o sexo ou orgasmo.
Oxitocina nas narinas de humanos parece ter mostrado uma intensificação dos sentimentos de confiança e empatia. Embora Young não esteja a preparar uma poção de amor, afirma que poderão existir hormonas para aumentar a probabilidade das pessoas se apaixonarem. Até poderia ser útil em terapias de casal, para reforçar a relação.

Cientistas dizem ter descoberto segredo do «amor eterno»
Uma equipa de investigadores escoceses das universidades de Edimburgo e Saint Andrews diz ter descoberto o segredo das relações amorosas duradouras. A chave, garantem, é a hormona oxitocina.
O estudo indicou que o factor determinante para que as relações amorosas perdurem é a quantidade da oxitocina, hormona que é também responsável pelos laços que se criam entre uma mãe e o seu bebé.
Segundo os cientistas, as pessoas que produzem menores quantidades da hormona têm mais dificuldade em manter relações que perdurem.
A oxitocina modifica milhões de circuitos no cérebro, alterando a percepção e os interesses das pessoas.

Interessante esta questão. Ficam algumas dúvidas que, quando tiver um pouco mais de tempo, irei pesquisar…

quarta-feira, abril 15, 2009

Os nossos problemas apenas existem na nossa memória

Algo acontece. O teu telemóvel cai da mesa e espatifa-se no chão. Não volta a funcionar. Assim que este problema ocorreu, ele deixou de existir. A cena do telemóvel a cair, espatifando-se no chão, pedaços a voar e depois tu a tentares montá-lo e ligá-lo apertando por diversas vezes os seus botões, fica armazenada na tua mente. Ela não existe mais. O que farás com esta experiência é o que irá definir a tua vida daqui para frente, mesmo num episódio parvo como este do telemóvel.

Os problemas que julgamos ter, de facto, só existem na nossa memória e esquecê-los é bem mais fácil do que se pensa. Acontece que a maioria das pessoas alimentam-se destas memórias “más” fazendo com que elas as mantenham vivas e em correspondência com o mundo.

UMA TÉCNICA PARA APAGAR PROBLEMAS NA MEMÓRIA

Há situações em que alguém nos magoa e tomamos aquilo como verdade. Ouvimos aquela voz alta dentro da nossa cabeça a dizer aquele monte de coisas más sobre nós e lamentamos a todo momento termos ouvido aquilo, alimentando as nossas memórias tristes, comprometendo a nossa auto-estima e destruindo os planos futuros de conquistas.

Uma técnica para lidar com isto é muito simples e fácil de praticar:

Primeiro visualiza a cena mentalmente. A cena em que a pessoa te ofende. Imagina-a de forma nítida, com todas as cores e com todos os sons.
Agora coloca a cena num quadro emoldurado.
Começa a diminuir o tamanho desse quadro e assim, vais diminuir esse episódio, levando-o para o canto esquerdo da tua mente.
Enquanto diminuis o tamanho do quadro começa a escurecê-lo até que fique desfocado.
Distorce os teus sonhos e, sempre que possível, adiciona uma voz engraçada na boca da pessoa que te está a ofender, na tua visualização da dita cena.
Coloca-a bem pequenininha no canto esquerdo e olha para ela mais do que uma vez: as cores estão distorcidas, escurecidas e os teus sonhos engraçados!
Já está! Repete estes passos de oito a dez vezes com a mesma cena e verás que quanto mais repetires este exercício mental, menos te lembrarás da cena original das ofensas.
Este exercício pode ser feito com qualquer situação “má” que possa ter-te acontecido e marcado. De facto, às vezes somos muito incompetentes a lidar com problemas tão estúpidos como perder uma quantia irrisória de dinheiro ou não estar com o cabelo bonito para uma festa. Somos NÓS que decidimos quais são os nossos problemas. NÓS! Logo, decide não ter problemas e apenas situações reais com as quais tens que lidar.

Há alguma situação recente que tenhas vivido e que, em vez de te lamentares, tenhas decidido ser feliz e agir?

terça-feira, abril 14, 2009

Nem só os príncipes se transformam em sapos

Não deixa de ser curioso - e até mesmo um pouco hilariante - como muitas pessoas só têm consciência dos seus defeitos nos momentos mais críticos. "Ah e tal porque eu sou isto e aquilo, só sei magoar quem gosto, e coiso e tal preciso de mudar, eu vou mudar!"

Depois a tempestade passa e de repente são assoladas por um súbito ataque de “Alzheimer”. Mais interessante do que terem este ataque, é que muitas destas pessoas vão requintando ainda mais os seus defeitos! Hum…muito bem! Não sei se chore, se ria ou se bate palmas a tamanho talento!

Ironia nas palavras? Talvez uma pitadinha dela. Não deixa de ser triste ver as pessoas evoluírem em sentido contrário e sentirem-se felizes com isso. Ainda por cima conseguem achar-se no direito de “apontar o dedo”, de julgar os outros como se fossem donas da razão absoluta. Gozam este e aquele, fazendo desse mesmo gozo o seu desporto diário. Ninguém – a não ser elas próprias e para elas próprias - está perfeito para ninguém ou está rodeado por pessoas que valham a pena. Sim, sim! Porque os amigos, conhecidos e namorados/companheiros/maridos/mulheres dos outros são sempre do pior que há…feios, chatos, mentirosos, parolos, burros… defeitos nunca faltam e às vezes até chegam a sobrar!

Se alguém está triste, infeliz, insatisfeito, é porque quer, “olha que esta? Que ande para a frente, tem que se esforçar!” Pois é meus caros, para estas pessoas não existem diferenças nos mecanismos de defesa de cada um, toda a gente é igual, toda a gente tem as mesmas experiências de vida, as mesmas capacidades, as mesmas forças e vontades!... Nem sei porque é que existem Psicólogos e Psiquiatras no mundo, ou como é que os hospitais psiquiátricos estão cheios e a depressão é uma das doenças do século XXI. Clichés da sociedade, só pode ser isso! Mas quando são estas pessoas a estar mal…"ai Jesus, que eu vou morrer”! Pois é… pois é…é o tal do Alzheimer…

Esquecem-se das traições que cometem. Esquecem-se das mentiras que utilizam para se safarem de situações menos convenientes. Esquecem-se de quem esteve lá quando foi preciso estar. De quem fez a tal companhia que necessitavam. De quem deu o ombro, o ouvido, o corpo inteiro se fosse preciso. Esquecem-se dos erros que repetem quando supostamente os queriam corrigir. Esquecem-se das palavras que pronunciam injustamente e tornam a pronunciar mesmo depois de terem reconhecido a injustiça. Esquecem-se dos actos de boa fé dos amigos. Dos familiares. Do namorado. De seja quem for. Mesmo quando não eram merecidos... Esquecem-se de que a perfeição não existe e que muito menos elas são perfeitas. Esquecem-se de que errar é humano e de que na vida - e não é por uma questão católica que o digo - “Deus escreve direito por linhas tortas”.

Não estou a desejar o mal de ninguém. Nunca o fiz, não o faço nem nunca o farei. Simplesmente chegou a altura de fechar a minha porta a pessoas assim. Não preciso delas. Nem tão pouco o mundo precisa.

Há males que vêm por bem e, de facto, há determinadas fases da nossa vida que servem para também abrirmos os olhos. Para deixarmos de ser ingénuos. Para deixarmos de chorar e sofrer por aqueles que nos viram as costas e que, se for preciso, a seguir ainda nos empurram sem pensarem sequer duas vezes. Quando, no final de contas, a única coisa que precisávamos era de um amigo…de um amigo que nos ouvisse mesmo que no silêncio...

segunda-feira, abril 13, 2009

Quem nunca errou...

...que atire a primeira pedra. Pode ser que lhe caia em cima!

sábado, abril 11, 2009

Se eu pudesse...

Sinto-me corroída pelo tempo. Pela vida. Por aqueles que me rodeiam.
Tenho a sensação de que o meu coração está amarrado por cordas - daquelas com espinhos - de tal forma apertadas que quase sufoco.
O que pediria a uma fada madrinha se ela existisse? Para morrer e nascer de novo. Queria recomeçar tudo. Tudo mesmo... Mas sabendo o que sei hoje.
Acredito que nada acontece por acaso. Que há sempre um sentido, uma razão de ser. Mas a cada dia que passa, olho para trás e não vejo nada a não ser tempo desperdiçado como se fosse uma espécie de chiclete que - como diz a música - mastiga-se, deita-se fora...e a seguir mete-se outra e o mecanismo torna a ser o mesmo. Só que, na verdade, o tempo é tão raro!...
Não entendo nada nem ninguém. Não sinto que este seja o meu mundo. Ou se calhar eu não serei o que o mundo espera das pessoas.
Se eu pudesse...se eu pudesse ganhava asas e voava...para longe do mundo. Para longe das coisas. Para longe de ti. Para longe dele. Para longe dela. Essencialmente, para longe de mim...

Para sermos insubstituíveis temos de ser diferentes

4h da manhã
- "A paixão é diferente do amor."
- "Diferente? Diferente em quê?"
- "O amor vem depois da paixão. A paixão é aquela fase inicial, da descoberta, da intensidade dos momentos, da novidade. Depois sim, se a pessoa for de encontro às nossas expectativas, vem o amor."
- "Então e depois do amor?"
- "Depois do amor...fica o amor e a amizade! É tudo um processo de solidificação. Aquela será a tua companhia para a vida. Mas a paixão também está sempre presente. Pelo menos eu nunca amei sem estar apaixonada..."
- "Não concordo muito...nunca me apaixonei sem amar também. Amo é sempre de forma diferente."
- "Pois mas isto sou eu a falar! Cada pessoa sente o amor da forma que tem de sentir. Se toda a gente pensasse e sentisse o mesmo, o amor teria uma definição universal, e não tem!"
- "Claro, claro. Estou só a tentar perceber essa tua forma de ver as coisas. Mas tu já amaste?"
- "Já tive algumas paixões mas amar só amei duas pessoas. Ou uma...a outra pessoa amo se for realmente a pessoa que eu penso que é. Pelo menos quero acreditar que sim."
- "Então também deves acreditar que não há amor como o primeiro?"
- "Não, nada disso! Aprendi que se pode amar com a mesma ou mais intensidade outra vez."
- "Fantástico. Estou a achar a tua perspectiva mesmo interessante. A forma como tu delimitas a palavra amor...!"
- "Não é isso. Simplesmente não a banalizo. Considero o amor um sentimento demasiado precioso para tal. Mas lá está...isto tudo sou apenas eu a falar. É a minha experiência, o que não quer dizer que amanhã ou depois pense de outra forma. Para já, sempre foi assim que vi o amor."

5h30 da manhã
Dança inesperada no meio da rua, ao som de Paulo de Carvalho.

6h da manhã
Viu a vida a "andar para trás" quando o carro descaiu e foi contra o muro.

6h01 da manhã
O significado de amor continua o mesmo.

[Faz da tua ausência o suficiente para que eu sinta a tua falta,mas nunca a prolongues demais ao ponto de me habituar a viver sem ti]

sexta-feira, abril 10, 2009

LIBERTA-TE LIBERTA-TE LIBERTA-TE LIBERTA-TE LIBERTA-TE
LIBERTA-TE LIBERTA-TE LIBERTA-TE LIBERTA-TE
LIBERTA-TE LIBERTA-TE LIBERTA-TE
LIBERTA-TE LIBERTA-TE
LIBERTA-TE
LIBERTA-TE
LIBERTA-TE!

"Só lamento terem criado duas mulheres cheias de medos. Quanto ao resto, continuo sempre aqui e tu sabes que o teu lugar cá dentro é especial." [AI]

quarta-feira, abril 08, 2009

With nothing to win and nothing else to lose!

Quem aprendeu a aguardar pela chuva, sabe esperar pelo céu.

"See the stone set in your eyes
See the thorn twist in your side
I wait for you.
Sleight of hand and twist of fate
On a bed of nails she makes me wait
And I wait...without you

With or without you
With or without you

Through the storm, we reach the shore
You gave it all but I want more
And I'm waiting for you

With or without you
With or without you
I can't live with or without you

And you give yourself away
And you give yourself away
And you give, and you give
And you give yourself away

My hands are tied, my body bruised
She got me with nothing to win
And nothing else to lose

And you give yourself away
And you give yourself away
And you give, and you give
And you give yourself away

With or without you
With or without you
I can't live
With or without you

With or without you
With or without you
I can't live
With or without you
With or without you"

terça-feira, abril 07, 2009

Não sou nem quero ser o seu dono | É que um carinho às vezes cai bem

Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora
Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?

Do pó tirei...o riso

Qual é o resultado de remexer no baú do nosso passado? Encontrar algumas "preciosidades" como o meu caderno de notas da Comissão de Praxe e da Associação de Estudantes do ano lectivo 2002/2003. Nele pude encontrar a secção das calinadas...confesso que já não me lembrava de ter tantas registadas, tais como:

- "Tenho uma tendência para chorar dos olhos" (pergunto-me eu, haveria de ser por onde??)
- "Essas burguesias estúpidas!" (estaria correcto se tivesse dito burocracias. Penso eu de que!)
- "1 vezes 100=1000!" (o meu talento inato para a matemática em todo o seu esplendor!)
- "Quando se cala nunca mais pára!" (até ficava nervosa!...)
- "Esse barulho até me fez doer os olhos" (sem comentários)
- "Tiravas o cartão de albergador!" (seja lá o que isso for)
- "Onde já se viu, um comboio sem pistolas!" (de facto, só numa alucinação)
- "Vou tirar os pés" (deviam-me doer pa caraças, mas ainda não é possível fazê-lo)
- "Até já ouço vibrações" (sou o verdadeiro o prodígio. Ouço aquilo que se deve sentir!)
- "Já parecia os epiléctricos" (deve ter sido do choque)

Assim passei a minha noite de sexta. A rir-me de mim própria! É sempre interessante.

sexta-feira, abril 03, 2009

É sempre a escolha certa!...[do I have to save your soul?]

I choose to hide, but I look for you all the time
I choose to run, but I'm begging for you to come
I wanna breake, but I know that you can't take
I stay a while, to be sure that you by my side
Ohhh

Don't look at me, just look inside 'cause I can go through
Tell me are you going tired, of what I've don't do
I wanna see I wanna fight, 'cause I don't feel scared
Honey if you care

I choose to find, things that you left behind
I choose to stay, but I can take you anywhere
I wanna stay, but my soul lives you anyway
Can close the door, and love could you give me more

Don't look at me, just look inside 'cause I can go trough
Tell me are you going tired, of what I've don't do
I wanna see I wanna fight, 'cause I don't feel scared
Honey if you care

Choose love, choose love, love, choose love, chose love, oh

Don't wanna hear I wanna fight, 'cause this time I won't be wrong
And I can waste this precious time, asking where do I belong
So let me know your love is real, 'cause this time you won't control
Tell me please what do you feel, do I have to save your soul

Choose love, choose love, love, choose love, choose love

Cartas de um Amor desfeito pelo Ego

Após mais uma tentativa de recuperar o que há muito se tinha perdido.

Porto, Dezembro de 2008

"Não tenho forma de esconder o que te vou dizer.
Fizeste de mim o homem que sou hoje. Tem tudo a ver com as alegrias e as tristezas. Foste minha namorada, foste minha amiga... serás sempre a minha mulher.
Eu estou uma pessoa diferente e sofro por ter conseguido ser o Homem que merecias ter tido sempre.
Hoje tratei-me muito mal. Hoje mostrei-te um eu sensivel, um eu que sempre foi sentimentalista, mas que teve vergonha de o mostrar!
Hoje disse-te que és a mulher da minha vida. Hoje disse que te amo e disse que sei como te mostrar isso!

Um beijo"

Ela não lhe deu resposta. Tinha sido tudo dito naquela e noutras tantas conversas passadas. Para quê tornar a explicar e voltar a folhear as páginas de um livro que já tinha chegado ao fim?

Porto, Janeiro de 2009

"Leonor,

Sim, vou começar por te chamar Leonor, porque foi assim que te conheci. Claro que com aquele estilo tímido, tinhas um ar quase angelical.

Não sei se ainda andas com uma carteirinha de fósforos na tua carteira, mas lembro-me perfeitamente do que lá está escrito. Dessa altura, lembro-me do nosso primeiro beijo, no dia em que o carro da minha mãe quase ficou submerso pela chuva.

Neste momento parece que desperdicei anos da minha vida, não desperdicei no mau sentido, o que quero dizer é que não tirei proveito da Mulher fantástica que és. Faço um flashback de todos os momentos em que sorriste para mim, das tuas gargalhadas, do amor que sempre provaste que me querias dar... e sofro.

Estou a tentar ser honesto, mas principalmente, sei que estou a ser honesto comigo próprio. Ontem senti-me muito sozinho... sozinho neste mundo. Quero continuar a amar-te como sempre amei, mas como nunca mostrei.

Tenho uma mensagem no meu telemóvel para te mostrar, que não enviei por não conseguir (odeio telemóveis)... Então ontem - dia 31 de Dezembro, às 23h34 - escrevi-te o seguinte: «O que mais me arrependo foi não dizer que te amo a cada minuto da minha vida... Sofro muito por não estar contigo. Sofro muito mais por não ter tido a coragem de ser eu mesmo. Hoje sou infeliz, mas consigo ser sincero com aquilo que penso e sinto. Amo-te muito... Ainda vai haver um Setembro na nossa vida»

Um beijo"

Desta vez, ele obteve um feedback. Igual a tantos outros.

"Olá...

É raro vir à internet quando estou em casa. Por acaso hoje tive de tratar de umas transferências e pagamentos...calhou...
Não sei bem o que te escrever. Até estranho dizer isto porque escrever nunca foi um grande dilema para mim, mas neste caso confesso que já me falham as palavras.

Já lá vão uns meses desde que terminamos. Já muitas coisas foram ditas, umas melhores do que outras, mas penso que faz sempre parte destas situações, especialmente quando se trata de uma relação tão longa e com tanta coisa partilhada como foi a nossa.

Eu não vou mudar nenhuma palavra daquelas que te tenho vindo a dizer. Quero que ergas a cabeça e sigas em frente. Quero que encontres a mulher da tua vida e te dediques a esse amor, como nunca te dedicaste ao nosso. Terás a tua oportunidade de mudar! De dares a essa pessoa o que não me conseguiste dar...de lhe dares aquilo que agora dizes estares arrependido de não me teres dado...pelo menos ficarei feliz por teres aprendido alguma coisa comigo. Por talvez já não teres vergonha da palavra Amor. Por talvez já não precisares de mais do que uma mulher para seres feliz. Por talvez quereres partilhar tudo com a pessoa que escolheres teres ao teu lado para o resto da tua vida. Espero mesmo que sim!

Não lutes mais por mim. Não esperes mais por mim. Não tenhas mais esperança. Eu não vou voltar... A nossa relação enquanto casal degradou-se a um ponto que torna impossível um retorno. Já nos insultamos, já nos agredimos... Temos um passado muito feio que eu quero apagar. Aos poucos estou a conseguir fazê-lo. Aos poucos estou a conseguir filtrar apenas as coisas boas que vivi contigo. Mas as marcas ficarão sempre! Quero que dês continuidade à tua vida por tudo isto mas sobretudo porque já não te amo... já não vejo em ti o homem por quem me apaixonei. Já não vejo em ti o homem da minha vida. Já não vejo em ti o pai dos meus filhos. Já não nos imagino velhinhos a mandar vir um com o outro...já não te vejo no meu presente, já não te vejo no meu futuro. Pelo menos enquanto namorado ou marido.

Dizes sempre que me amas e que sou a mulher da tua vida. Que te arrependes. Que sofres. Que mudaste. Sinceramente não sei se acredito. Sinceramente também não penso muito nisso.

Não sei se algum dia vou amar alguém como te amei a ti. Não sei se algum dia me vou conseguir dedicar tanto a alguém como me dediquei a ti. Já não sou tão tolerante nem tão paciente, não sei se felizmente ou infelizmente. Também me vão dizendo que sou "traumatizada", o que em certa parte é verdade. Não consigo confiar muito nos homens. Quem sabe um dia...tudo vai depender do rumo das coisas.

Tudo isto apenas para te dizer que tenho muito carinho por ti. A raiva já atenuou e já consigo olhar para ti sem me lembrar constantemente de tudo aquilo que sofri... Quero que sejamos amigos mas não quero que esperes mais do que isso. Nem quero que isto seja tema de conversa sempre que estivermos juntos. Temos de saber deixar estar no passado aquilo que a ele pertence.

Desejo que em 2009 consigas concretizar os teus principais objectivos. Desejo-te mesmo tudo de bom. Ano novo, vida nova!

(Curiosamente ainda tenho a carteira de fósforos comigo. Não sei porquê, talvez porque no fundo não guarde rancor e sim o que é bom de guadar. E Setembros haverão muitos - espero - nas nossas vidas, mas não no sentido em que o levas quando o mencionas. Hei de querer casar nesse mês mas não sei em que ano nem com quem, nem tão pouco se casarei. O futuro não me pertence, apenas ajudo na sua construção)

Beijinho"

Hoje ela sabe que continua a ter a capacidade de amar, como sempre teve. Talvez existam algumas "feridas" por sarar, como a falta de confiança nos homens, o que é natural. Há marcas difíceis de apagar. Um dia alguém a ajudará a acreditar que os homens também amam. Também se entregam. Também são sinceros com quem amam mas, sobretudo, com eles próprios.

Hoje ele provavelmente sabe que, numa próxima vez, muita coisa terá de ser diferente com a mulher que tiver do seu lado. Sabe dar valor aos gestos. Aos sacrifícios. Aos sonhos. Mas certeza, certeza, ninguém tem. Nem ela. Nem talvez ele próprio.

O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita.

terça-feira, março 31, 2009

Pedro e Inês | Romeu e Julieta | Dalila e Sansão | As vicissitudes do Amor

Ontem foi notícia no telejornal da noite e fiquei deveras espantada...ou impressionada...não sei bem descrever o que a atitude e o comportamento deste homem me causou.
Interesse? Curiosidade? Sem dúvida.
No fundo, talvez me toque o coração...no fundo, se eu fosse a tal "Inês" que este "Pedro" procura, provavelmente teria vergonha de tamanha exposição da minha pessoa...pensando ou temendo na também quiçá loucura implícita neste já desespero.
Mas... pensando bem... não será realmente o amor a maior loucura da humanidade?

"É uma história de amor platónico. É um Pedro enamorado por Inês. É um fado que os fez desencontrar. Pedro procura Inês.
Pelas ruas de Lisboa Pedro afixou cartazes de amor na esperança de voltar a encontrar a amada. Todos os dias escreve no Blogue e aguarda um contacto da mulher que lhe enche o coração.
Rui Faustino, nome verdadeiro, conheceu Inês há 10 anos. Há três perdeu-lhe o rasto. Ela mudou de telefone, morada e trabalho. Há poucos meses, a chama do amor reacendeu-se depois de os olhares se terem de novo cruzado. Ela ia já no autocarro, ele correu atrás «desalmado» durante quatro paragens.
De Santa Apolónia, Lisboa, Pedro relembra a última vez que avistou Inês. Pedro «sente» que Inês lê as mensagens que lhe deixa no blogue e os encontros que marca nos miradouros de Lisboa, em lugares românticos para abraçar o seu amor. Pedro espera sempre. Inês nunca aparece.
Pedro e Inês conheceram-se em Tomar durante a Feira Medieval. Pedro leu o Tarot e o destino de Inês. Mas Inês era amiga dos tempos de liceu de Constança, a mulher com quem Pedro casou. Este «cavaleiro» dos tempos modernos afiança que Inês é a mulher por quem se divorciou e garante que nunca lhe foi infiel.
Certo é que a vida lhes trocou as voltas. Pedro perdeu o rasto de Inês. De Inês nada mais se sabe."

In diario.iol.pt

A nossa cegueira das coisas simples

Só se tem tempo quando se precisa daquilo que se adia...
Só se dá valor quando se perde...
Só se lembra quando convém...
Só...só...só... a maioria das pessoas SÓ funciona com o sistema causa-efeito-consequência.

Um gesto. Um carinho. Uma palavra.
Uma carícia na face. Um abraço sentido. Um beijo na testa.
Levar o documento urgente ao correio. Carregar metade das compras que pesam nos braços. Emprestar o casaco porque está frio. Dar a mão para não se perder. Partilhar a única bolacha quando a fome é mútua.
Passar o creme nas costas. Dar o ombro para chorar. Dar o colo para acolher. Fazer um cafuné na cabeça.
Um telefonema que signifique "estou aqui". Uma mensagem simples em palavras mas rica em conteúdo...
E tantas outras pequenas grandes atitudes.

A intimidade é feita de pequenos gestos.

domingo, março 29, 2009

28 dias

Depois de uma semana cansativa, fisica e psicologicamente, por inúmeros e diversos motivos, o meu corpo e a minha alma pediram-me que os deixasse repousar. E, atendendo a tal pedido irrecusável, assim o fiz. Silêncio. Escuro. Fechei os olhos e apaguei.

No dia a seguir acordei um pouco melhor ou, pelo menos, decidida a não fazer da minha vida um espectáculo da qual sou espectadora, mas sim a actriz principal. Já dizia o Charlie Chaplin, com toda a razão.

Não foi um sábado muito quente mas não fosse o vento e poderia estar perfeito. Um pequeno-almoço como ditam as regras. Um banho rejuvenescedor. Uma roupa prática e confortável. Uma recolha de "material" para deitar para trás das costas. Pé no acelador até ao Douro. Um destino para o qual me dirigi sem pensar, como se tivesse uma espécie de sistema de piloto automático.

Muitos carros mas um lugar à minha espera no local mais que perfeito. O sol a brilhar. Alguns casais a passear de mãos dadas; a fotografarem os momentos. Homens a pescar enquanto iam dando uns tragos na cerveja que os acompanhava. Alguns idosos à deriva, talvez a pensar noutros tempos ou a aproveitar o ar que ainda respiram. Algumas pessoas no seu jogging ou na sua bicicleta, a queimar as calorias e as toxinas da semana ou a prepararem o corpo para o Verão que se avizinha.

Um pouco mais ao fundo umas pedras. O sítio ideal para me sentar junto ao rio, a sentir aquela aragem fresca e o prazer de poder estar a apreciar tudo o que me estava a rodear. Uma última vista para a margem. Um último suspiro. Uma última leitura das palavras que rasguei em pedaços. Uma por uma. Um último adeus. Sem olhar para trás.

Por hoje ainda permito que esta lágrima perdida se liberte... Ficou esquecida.

Os dias tornaram-se agora mais longos e o sol está finalmente a meu favor, para ter mais energia. Chegou o momento. Não é uma derrota. É apenas mais uma conquista.

Não serei um slogan quando posso ser poesia. Mudarei...e a vida mudará comigo!...

sexta-feira, março 27, 2009

Quem não arrisca...

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional."

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, março 24, 2009

Ao andar faz-se o caminho...

"Caminhante, são teus rastos
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar."

António Machado

sexta-feira, março 20, 2009

"Mas Amor, meu Amor, porque foi que viemos a nos abandonar um ao outro;
como é que eu e tu deixámos que entre nós se interpusesse esta aparência de abandono?"

quinta-feira, março 19, 2009

"Estarei sempre por perto...enquanto respirar!"


"Apesar de achar que dia do Pai são os 365 dias do ano…
…isto é o que tu és para mim :)


Cavaleiro Andante - Rui Veloso

Um beijinho muito grande da filha que te ama acima de tudo no mundo,
Patty"

Hoje é dia do Pai mas como o meu está distante não lhe posso dar o abraço e o beijo que todos os Pais recebem neste dia, a eles dedicado.
Não sou muito apologista destes dias "especiais". Muito menos contribuo nos seus fins comerciais. Mas também não consigo deixar passar a data em branco e, por isso, este foi o e-mail que, um pouco à pressa por falta de tempo, enviei ao meu "cavaleiro andante". Um e-mail carregado de afecto.

Um feliz dia a todos os Pais...que amam os seus filhos como o meu me ama a mim!

quarta-feira, março 18, 2009

Da Sabedoria Popular

Coincidência ou não [diz a Margarida Rebelo Pinto que não existem], há sempre a história e a associação da pedra como um obstáculo no caminho, que por sua vez simboliza a vida. Hoje, recebi este texto num e-mail...

"Em tempos antigos, um rei mandou colocar um enorme pedregulho num caminho. Depois escondeu-se e ficou a ver se alguém retirava a enorme pedra.
Alguns dos comerciantes mais ricos do Rei passaram e simplesmente afastaram-se da pedra, contornando-a. Alguns culpavam em alta voz o Rei por não manter os caminhos limpos. Mas nenhum fez nada para afastar a pedra do caminho.

Apareceu então um camponês, carregado com um molhe de vegetais. Ao aproximar-se do pedregulho, o camponês colocou o seu fardo no solo e tentou deslocar a pedra para a berma do caminho. Depois de muito empurrar, finalmente conseguiu. O camponês voltou a colocar os vegetais ás costas e só depois reparou num porta-moedas no sítio onde antes estivera a enorme pedra.

O porta-moedas continha muitas moedas de ouro e uma nota a explicar que o ouro era para aquele que retirasse a pedra do caminho. O camponês aprendeu aquilo que muitos de nós nunca compreendem: Cada obstáculo apresenta uma oportunidade para melhorar a nossa situação."

Para saborearmos uma vitória com requinte e distinção, temos que passar antes por diversas derrotas. Lá diz a sabedoria popular!...

terça-feira, março 17, 2009

"Vai aonde te leva o coração"


Escrevi este texto no dia 14 de Setembro de 2008 [não aqui porque há muitos mais locais onde escrevo, sempre e simplesmente só para mim, sendo ou não o local "público"]:

"Vai aonde te leva o coração

Não há nada melhor do que estar vivo. E tudo, mesmo quando não parece, tem algo para ter acontecido. Como disse Nietzsche "O que não destrói, fortalece". Eu gosto de ter sonhos. Só assim os posso tornar realidade. Prefiro agora arrepender-me do que fiz do que arrepender-me do que não fiz! Porque a vida são dois dias e hoje pode ser o primeiro. Neste momento não há planos. Não há futuro delineado. Tenho asas e quero voar. Os dias, as horas, os minutos, os segundos. Quero saboreá-los a todos. Porque agora sinto que a vida, de uma maneira ou de outra, recomeçou. Por isso..."olá vida, regressei!" E os meus braços estão abertos para quem me acompanha. Ontem, hoje, agora e sempre!"

Passados 6 dias tudo mudou e eu nem me apercebi... foram precisos 3 meses...

Agora, que já lá vai meio ano, quero voltar a escrever estas palavras com o mesmo sentimento da altura.

E porque grandes textos nunca são demais para repetir vezes e vezes sem conta...

"Posso ter defeitos, viver ansioso
e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida
é a maior empresa do mundo,
e posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis
no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “não”.
É ter segurança para receber uma crítica,
mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo…"

Fernando Pessoa

domingo, março 15, 2009

Um dia...


Estou com pouca força para levantar e carregar esta pedra...mas, um dia, e por muito que custe, há de fazer parte do meu castelo.

[Porque bateu assim tão forte? Pelo sonho? Pela diferença? Pela esperança? Pela autenticidade? Pelos sorrisos? Pela surpresa? Pela luta? Ou simplesmente pela dúvida do que foi, do que é ou do que poderia ter sido?... - sim, fui apanhada desprevenida a pensar em ti, em mim, numa resposta!]

"Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

(...)

Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver
Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver"

quinta-feira, março 12, 2009

That's what friends are for



Obrigada Cocas, mereces o mundo :)

"Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça.
No sucesso, verificamos a quantidade e na desgraça, a qualidade."

E tu, mesmo longe, estás sempre tão perto quando preciso.

"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem os meus amigos!
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida...mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure sempre..."

Vinicius de Moraes

...e a música...! Deliciosa! Just love it
[contigo não há código que resista ;)]

Palavras perdidas num tempo que já não volta


É uma espécie de livro que leio, releio e torno a ler. Folheio as páginas e absorvo cada palavra que de tanto interiormente repetir já decorei. Sei a ordem, o momento, o porquê, já só quase me falta saber o dia e a hora… E a pontuação utilizada no final de cada frase ou de cada parágrafo!

Às vezes acontece, numa primeira leitura de um livro, fazermos uma interpretação da história narrada diferente da segunda. Por uma questão de maturidade, experiência, personalidade, estado de espírito, por uma variedade de causas que conseguem dar efeito a essa consequência. No entanto, após todas as dezenas de leituras que já fiz a este meu livro, a interpretação que faço de cada palavra trocada vai sempre de encontro à primeira, não mudando nada… Nada do que penso, do que sinto, do que quero.

Não há sol, lua, humor, calor, frio ou tempo que demova esta inconformidade.

“Eu não te vejo mas imagino as tuas expressões, a tua voz, o teu cheiro.
A tua amizade faz-me sonhar com um carinho,
Um caminhar, a luz da lua, à beira mar.
Saudade...
Este sentimento de vazio que me tira o sono
Por me fazer sentir um triste abandono…

...se um dia uma brisa leve e suave tocar no teu rosto, não tenhas medo: é apenas esta minha saudade que te beija em silêncio..."