terça-feira, maio 16, 2006

Vida Académica acabada est!


Hoje transcrevo aqui as páginas de agradecimentos da minha monografia, entregue no dia 3 de Abril de 2006, intitulada "Filhos do Luto de um Projecto de Vida: o Impacto do Divórcio na Depressão Infantil", e cuja defesa será já no próximo dia 18 às 9h30 da manhã. Boa sorte para mim! Pois é... está a chegar um fim e um novo início! A vida é mesmo assim. Venha a próxima etapa!...


AGRADECIMENTOS

Durante duas semanas andei a pensar em como iria começar estas folhas dedicadas a agradecimentos… Aquilo que no início parecia ser o mais fácil, acabou por revelar a sua dificuldade no momento crucial. Como é que se encerram em palavras 6 anos da minha vida? Não se encerram, porque o que é bom resiste no tempo, e esta fase não foi boa, foi magnificamente indescritível, logo resistirá a tudo, até à prisão das palavras!

Sinto que estou a perder um pedaço de mim que gostava. A vida universitária. Sim, a vida é um ciclo e, como tal, esta fase tem de se encerrar para dar início a outra. É assim. Sempre foi assim. Crescer é duro, e só à medida que os anos passam é que nos vamos dando conta disso. Quando somos crianças, queremos ser adultos, quando somos adultos, queremos ser crianças. “Criança, é-se sempre”, costuma-se dizer. Não concordo. A vida não nos deixa ser crianças eternamente. Está constantemente a exigir-nos maturidade nas situações e responsabilidade nas decisões. Um lado de nós é criança, o outro quer ser, mas não o é… O ser livre e inocente vai ficando para trás. Pela frente apenas um caminho incerto, cheio de pedras que temos de ir sendo capazes de levantar, cheio de encruzilhadas que temos de ir conseguindo decifrar. Preparados ou não, nunca podemos parar no tempo. Temos sempre que seguir em frente, de coração nas mãos e de cabeça erguida. A vida é aquilo que nós quisermos que ela seja! Todos queremos ser felizes. Lutemos por isso então! Sem esforço, empenho e dedicação nada se consegue…

Nesta fase universitária, cujo inevitável fim se aproxima, aprendi muito. Cresci, ri, chorei, conquistei, perdi, reconquistei, amei, odiei, ignorei. De tudo um pouco, com mais ou menos intensidade. Mas moldei o meu EU.

As lágrimas teimam em inundar os meus olhos. Não sei se de tristeza, de alegria ou se já de saudade. Não quero partir. Mas tenho. O meu tempo já foi, agora venham os próximos. É assim, tenho de me resignar. É bom ser-se estudante. Aliás, minto. Não é bom! É mágico e inesquecível! Vivi tudo o que tinha para viver como tal. Não faria mais nem menos. Fiz o que tinha a fazer. E posso dar-me por feliz… fiz muito! Soube aproveitar. Que todos façam o mesmo. Não tentem. Façam, pois o tempo não espera!

Agora só me resta despedir. Deixar para trás o que lá tem de ficar, e olhar para a frente. Sempre para a frente!... A favor da evolução, da progressão, da auto-realização, da independência!

Embora defenda que o amor e a amizade não se agradecem, retribuem-se, aqui deixo os meus agradecimentos, lembrando que estas poucas palavras que escrevo traduzem de um modo ínfimo este turbilhão de sentimentos que me preenche. Se me esqueci de alguém peço desculpa. O importante é o que vai no coração!

Posto isto, agradeço:
Antes de tudo e de todos, aos meus pais, que me possibilitaram fazer todo este percurso, que sempre me deram apoio e ânimo para o conseguir percorrer, que sempre estiveram do meu lado e sempre me depositaram toda a confiança. Pai, és um grande exemplo e o verdadeiro Homem da minha vida. Mãe, apesar das discórdias provocadas pelas nossas diferenças, tens um lugar grande no meu coração. Amo-vos, desde sempre e para sempre!

À minha mana, que por ser o meu oposto me completa. Que por ser ainda tão inocente e disparatada me faz rir constantemente. Nos momentos difíceis somos sempre uma para a outra. Eu sei, tu sabes… Simplesmente te adoro!

Ao meu namorado, por me ter acompanhado desde que entrei para esta “casa”. Pela integração que me proporcionou e que não poderia ter sido melhor, pelos ensinamentos, pela força constante para eu continuar sempre em frente, pelo amor, pelo carinho, pelos sorrisos partilhados nas vitórias, pelas lágrimas partilhadas nas derrotas necessárias para se crescer e aprender… Por acreditar sempre em mim e nas minhas capacidades, por ser simplesmente quem é. Aqui está, o “teu orgulho”!

Aos meus avós paternos, por terem um coração do tamanho do mundo, por me darem sempre tudo o que têm e o que não têm, por me acarinharem nos melhores e nos piores momentos, por me estenderem sempre a mão quando preciso de me levantar. Grande parte da minha força devo-a a vocês!

Aos meus avós maternos, pelo apoio que sempre me deram no meu percurso escolar, por acreditarem nas minhas capacidades e confiarem nas minhas decisões, por estarem sempre dispostos a ajudar se eu precisar, pelo carinho que sempre me deram.

À Amélia, que embora não sendo da família é como se fosse. Obrigado por seres a pessoa simples, prestável, genuína, amiga e fantástica que és!

Aos meus amigos com A grande….
À Di e à Cy, por serem as minhas “manas”, por terem crescido comigo e por juntas termos sempre vencido os obstáculos da amizade. Às vezes a distância que nos separa é maior do que aquela que gostaríamos que fosse, mas o importante é que estamos sempre perto do coração umas das outras!

À Cris e à Ana, pela energia e pela alegria que esbanjam, pela partilha de vivências, por estarem sempre lá quando é preciso, pela amizade já de longa data!

À Aldara, à Anocas, à Cláudia e à Joaninha por fazerem parte do grande tesouro que levo desta universidade. Obrigado por me terem feito acreditar que a verdadeira amizade ainda existe e é possível. Não é de sempre mas que seja para sempre!

Ao Gachi, por ser tão, tão especial e me dar sempre tanta, tanta força, valor, apoio e carinho. És muito importante na minha vida!

À Estela e à Patrícia, as minhas companheiras de curso, por todos os momentos inesquecíveis que juntas vivemos nestes 6 anos, pelos pequenos-almoços e almoços preenchidos por gargalhadas esfusiantes, mas sobretudo pela amizade e pela empatia que nos uniu e nos mantém unidas quase desde o primeiro dia de aulas.

Ao Lello e ao Veiga por me terem proporcionado e por ainda me proporcionarem momentos hilariantes e, ao mesmo tempo, por serem pessoas sempre presentes nos momentos mais difíceis.

Ao Xamon, ao Matrox, ao Karnal, ao H, ao Jordan, à Marta, à Kellogs, à Mariana, à Sandra e à Sónia, embora todos de uma forma diferente, todos preencheram e preenchem a minha história desde que cá entrei.

Aos meus “primos emprestados”, o Ricardo e o Bruno, por serem pessoas extremamente prestáveis.

À “Pika”, pelos mimos e pela companhia inigualável nos momentos de maior solidão.

Aos que foram meus professores nesta Universidade, agradeço a partilha de conhecimentos e a disponibilidade que mostraram quando precisei de ajuda.

Claro que deixo aqui um agradecimento especial ao Professor Milton Madeira, que me acompanhou no estágio e nesta monografia, pela disponibilidade, pela compreensão, pela paciência, pela prestabilidade, por ter enriquecido de forma significativa os meus conhecimentos, por ter sempre valorizado o meu trabalho, pela força, pelos conselhos, por tudo o que fez por mim nestes últimos meses! Não posso deixar de salientar o quanto admiro a paixão que tem pelo seu trabalho e a qualidade da relação que constrói com os seus alunos. Mais uma vez obrigado por tudo, pois sem a sua ajuda a concretização deste trabalho teria sido ainda mais difícil!

Para terminar, agradeço aos directores dos agrupamentos das escolas que autorizaram a realização do meu estudo, aos professores, aos pais e às crianças que participaram neste trabalho. Sem a vossa compreensão e colaboração não teria sido possível chegar até aqui.


A todos, o meu SINCERO e GRANDE obrigado!


...e parece que consegui. Afinal, a vida tem-me dado provas de que os sonhos se podem tornar realidade!

Patrícia Pinto