sexta-feira, janeiro 30, 2009

Quem sai aos seus não degenera

Em 27 anos, as palavras mais bonitas que me dedicaram até hoje foram do meu Pai. Não sou uma “menina do papá”, mas de facto ele é o meu maior orgulho. O meu maior pilar. O meu maior amor. Mesmo estando longe está sempre tão perto. Mesmo estando ausente está sempre tão presente. [“do teu Pai que te ama muito”, “da tua filha que te venera e idolatra”, assim nos vamos tratando]

Muito do que sou a ele o devo [especialmente o meu lado “balelas” e lamechas :)]. Entre sorrisos, lágrimas…o meu Pai traduz-se no verdadeiro Homem da minha vida. Na única pessoa do mundo que nunca me desiludiu. E, muitas vezes, é pensando nele que ganho forças para ultrapassar as maiores adversidades da vida. Porque ele próprio é também o maior exemplo de força.
Obrigada papi [quase todo o mundo diz isto…mas tu és realmente o melhor Pai do mundo].

“Fazes-me muita falta filha. Não te preocupes, eu estou bem e sei que tu também estás. Só não tinhas nada que crescer tão depressa (…)”

“Tenho saudades tuas filha. Desculpa ainda não ter aprendido com a realidade mas sinto-me muito sozinho. Mesmo fechada no teu quarto o meu coração tinha conforto (…)”

“Há 25 anos quando te tive pela primeira vez nos braços pensei, na inocência dos meus 21 anos, que tinha realizado o maior feito do mundo. Que tinha criado um ser quase que perfeito. Hoje, na tranquilidade dos meus 46 anos, continuo a achar o mesmo (…) do teu pai que te ama muito e continua a ter dificuldade em viver o dia a dia sem te ver, porque o resto sei que terei sempre.”

(resposta à minha afirmação de que a vida não é um mar de rosas)
“Não é um mar de rosas mas não há nada melhor do que estar vivo. E tudo, mesmo quando não parece, tem algo para ter acontecido… Ainda hoje a minha mãe me disse (muito mal): Não faças como eu. Não esperes até aos 70 anos para chegares à conclusão que não viveste. Eu apenas disse: Não digas isso, nunca mais (…) se não tivesse casado com quem casei não tinha hoje as melhores filhas do mundo. Podia ter uma Patrícia mas não teria a MINHA Patrícia. Só isso jamais me fará arrepender de nada (…) Fica em paz filha, estou sempre por perto enquanto respirar.”

A isto só posso chamar de Amor. Amor puro. Amor genuíno. E por isso hei de acreditar sempre que ele realmente existe e é possível. Porque foi assim que aprendi a amar!