domingo, novembro 15, 2009

A fomentação do Q.E. é urgente!

Segundo Goleman, "a chave para tomar boas decisões pessoais é ouvir os sentimentos". Sabem o que é a Inteligência Emocional? Sabem o que é o Q.E. e a sua importância nas nossas vidas enquanto seres humanos individuais e sociais? No seu livro, a que deu exactamente o nome de 'Inteligência Emocional', Goleman explica-nos tudo.

A base de uma Inteligência Emocional é a autoconsciência; o reconhecimento de um sentimento no exacto momento em que ele ocorre, porque é esse mesmo sentimento que, muitas vezes, se torna crucial numa emergente tomada de decisão.

Identificar as nossas próprias emoções e saber como e quando elas se manifestam é a chave do autocontrolo e é quem melhor discerne e controla os seus sentimentos quem tem uma vida emocional mais equilibrada.

Depois de sabermos identificar as nossas emoções e de sabermos como é que elas ocorrem, é necessário sabermos como lidar com elas. Controlar os sentimentos é fundamental para conseguirmos ter uma vida pacífica, harmoniosa e com sucessos. Famílias, amizades e carreiras profissionais são, muitas vezes, arruinadas por falta deste mesmo controlo emocional.

Reconhecer as emoções daqueles que nos rodeiam também é essencial, e a empatia é a ferramenta principal para termos sucesso nas nossas relações pessoais. Quando tentamos compreender as acções e as reacções das pessoas estamos a abrir caminho para o diálogo e para o entendimento. A empatia é alimentada precisamente pelo nosso autoconhecimento: quanto mais conscientes estivermos dos nossos próprios sentimentos mais facilmente poderemos entender os sentimentos dos outros.

Quando conseguimos compreender os sentimentos dos outros, precisamos de aprender a lidar com eles. Sabermos como agir e como nos comportar em determinadas situações é o que diferencia os sábios dos leigos neste tão vasto campo da Inteligência Emocional. O analfabetismo emocional é quase como 'conduzir um carro no centro de uma cidade movimentada sem saber interpretar os sinais de trânsito'. No mínimo, o condutor vai-se envolver ou causar vários acidentes. Sabermos o momento de prosseguir, o momento de parar e respeitar os limites de velocidade pode-nos garantir uma viagem tranquila e segura. Na viagem da vida, sabermos interpretar e agir correctamente perante os muitos e diversos tipos de sinais que as pessoas nos emitem, pode-nos assegurar relacionamentos saudáveis e duradouros, evitando assim muitos prejuízos e acidentes 'fatais'.

No fundo, ter um bom Q.E. significa termos um equilíbrio e não uma supressão dos sentimentos, pois todos eles têm o seu devido valor e significado. Há sentimentos que desestabilizam emocionalmente as pessoas - como por exemplo a raiva, a ansiedade ou a melancolia - e a chave para o nosso bem-estar emocional está no controlo destas mesmas emoções.

Muitas vezes as pessoas questionam-se: "Porque é que alguns parecem ter um dom especial que lhes permite viver bem, apesar de não serem os mais inteligentes? Porque é que nem sempre o aluno mais inteligente da turma acaba por ser o que tem mais êxito? Porque é que algumas pessoas têm mais capacidades do que outras para enfrentar contratempos, superar obstáculos e ver as dificuldades sob uma perspectiva diferente?'

A nossa concepção da inteligência humana é estreita e não tem em consideração uma ampla gama de capacidades que são essenciais para vivermos bem e alcançarmos um desenvolvimento integral enquanto seres humanos. A inteligência emocional é uma forma de nos relacionarmos com os outros e com tudo o que nos rodeia, englobando aptidões como o controlo de impulsos, a motivação, a perseverança, a empatia ou a agilidade mental, que moldam traços do nosso carácter essenciais para trilharmos o 'nosso' caminho rumo aos 'nossos' sonhos...