segunda-feira, setembro 19, 2011

New York, New York!

Se não posso ir a Nova Iorque (pelo menos a curto prazo), fico feliz que alguém se tenha lembrado de trazer Nova Iorque até mim!

Os benfeitores têm o nome de Paulo Rocha, que durante vários anos viveu em Nova Iorque (lucky you!), e Alfredo Pontes, a quem desde já agradeço a ideia "fantabulástica" de terem criado o TRIBECA Jazz Club & Restaurante, um espaço sublime e decorado a preceito, a fazer lembrar a cidade "quiçá" mais cosmopolita do mundo.

No restaurante, a acompanhar o belo do menu (posso dizer-vos que a carne é simplesmente divinal), é possível desfrutar de um agradável e envolvente ambiente musical de Jazz, Blues e Soul. E o melhor de tudo é que o som não vem só das colunas: a partir das 23h (mais coisa, menos coisa) podemos assistir ao vivo a um destes espectáculos de qualidade comprovada. 

Finalmente! O Porto já "gritava" por algo diferente. E para mim um local que, segundo podemos ler no site oficial do Tribeca, "nasceu do gosto pela música e charme da boémia nova-iorquina (...)" é mais do que perfeito.

Mais pontos positivos: o atendimento de excelência e a amplitude do espaço. Ao todo são 8 andares (wow!), sendo que os pisos 0 e 2 são restaurante, e o piso 1 o bar onde a música para os nossos ouvidos acontece. Possui ainda um piso para jantares de grupo, o que é simplesmente genial. Assim não somos incomodados por gajas histéricas em despedidas de solteira, ou por gajos armados em homens de negócios. Brevemente penso que farão de um dos pisos inferiores uma galeria de arte. Soa-me a uma ideia brilhante para juntar a todo este doce cocktail.

Pontos "menos positivos": o menos grave, a falta de estacionamento. A rua onde está situado é bem localizada, já que é mesmo no centro da invicta - que ganhou agora uma nova vida - mas tem pouquíssimos lugares. Resta-nos o passeio, onde para já se consegue estacionar sem no final termos uma desagradável multa colada ao vidro do carro. O mais grave, não estivéssemos nós em tempo de crise e com a troika à perna, são os preços praticados! Tudo bem, já toda a gente sabe que a qualidade tem um preço, mas podiam tentar ser ligeiramente mais dóceis. Ler nas revistas que o preço médio são 30€ e chegar ao fim com uns módicos 40 e tal euros por pessoa, puffff...lá se vai o encanto (quase) todo pelo cano abaixo. Uma pena pois, com a boa impressão deixada, adorava ser uma cliente mais assídua mas assim, meus amigos, não dá. Estamos no Porto e não em Nova Iorque, por muito que eu gostasse.

Esquecendo  este pequeno "grande" pormenor, aconselho este espaço portuense a toda a gente que aprecia algo distinto e sofisticado. Pelo menos uma visitinha, já que se pode ir lá apenas para assistir a um concerto, daqueles que nos fazem bater o pé e desligar do mundo. Podemos até - quem sabe com muita concentração - imaginar que estamos num qualquer bar nova-iorquino? Hmm, sounds great!

Toda esta experiência graças a uma surpresa de mim para ele (a tradição já não é o que era, com muito gosto), em nome do amor e de um sonho. Melhor teria sido impossível :-)