sexta-feira, maio 29, 2009

Não me apetece pensar muito nisto.

O sol brilha, os dias são agora longos e a mim só me apetece respirar estes momentos, sem conjecturas...aproveitar todos as oportunidades, todas as palavras, todas as partilhas, toda a magia que a natureza proporciona, enfim...

Viver o tal dia após dia e desfrutar cada pedacinho deste sorriso que trago no rosto, sentir este cheiro delicioso que me impregnou a pele e absorver o prazer que as manhãs me têm feito chegar através de uma alegre sonoridade.

Deixa estar assim. Por muito tempo. Pelo menos mais um pouco. Estou bem!

terça-feira, maio 26, 2009

Vendedor de Sonhos

"Sou apenas um caminhante
Que perdeu o medo de se perder.
Estou certo de que sou imperfeito,
Podem chamar-me louco,
Podem gozar das minhas ideias,
Não importa!
O que importa é que sou um caminhante,
Que vende sonhos aos transeuntes.
Não tenho bússola nem agenda,
Não tenho nada, mas tenho tudo.
Sou apenas um caminhante
Á procura de mim mesmo."

O meu "até já" sem data marcada resistiu uma semana. Este meu descontrolo literário deve ser pior do que a menopausa. E digo "deve ser" porque ainda não passei por ela para o afirmar com convicção.
Um desopilar de um dia de trabalho, com vista para o pôr do sol, e umas gargalhadas preenchidas pela aragem fresca junto ao mar, trouxeram-me o motivo da "ressaca".
Quis e quero enterrar, mas a terra que lhe serve de cobertura ainda é fresca. Precisa de morrer também!...
Apesar de tudo, o meu sorriso tem sido mais forte do que o luto que faço deste vendedor de falsos sonhos...

quarta-feira, maio 20, 2009

Não há soluções, há caminhos!


"Enquanto não aceitarmos que a vida é difícil, e isso não é mau, não só não arranjamos estratégias e calma para vencer as dificuldades, como as aumentamos e arranjamos uma dificuldade maior. O que torna a vida ainda mais difícil do que é na realidade é pensar que ela devia ser fácil ou que alguém tem direito à facilidade. Mas a vida sem luta não é vida!"

Vou dar espaço às palavras para que possam respirar deste espaço onde as prendo.
Vou dar espaço a mim mesma para respirar esta liberdade que possuo.

Dou a força que já não tenho e, depois de bem sugada, puxam o tapete onde me encontro para me matarem.

Um até já...
(até já quando?)
...talvez um até sempre,
talvez um volto já.

Não, não me vou perder. Ao contrário de muitos, sei que há caminho!
Só para a morte ainda não há solução.

"Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde

Não sei do que é qu eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão

Vou continuar a procurar
A quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só
Quero quem, quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci

Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder

Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar

Vou continuar a procurar
A minha forma
O meu lugar
Porque até aqui eu só
Estou bem aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou"

Já dizia o Variações...

terça-feira, maio 19, 2009

ONE LIFE, you got to do what you should!

"Deste modo ou daquele modo.
Conforme calha ou não calha.
Podendo às vezes dizer o que penso,
E outras vezes dizendo-o mal e com misturas,
Vou escrevendo os meus versos sem querer,
Como se escrever não fosse uma cousa feita de gestos,
Como se escrever fosse uma cousa que me acontecesse
Como dar-me o sol de fora.
Procuro dizer o que sinto
Sem pensar em que o sinto.
Procuro encostar as palavras à idéia
E não precisar dum corredor
Do pensamento para as palavras

Nem sempre consigo sentir o que sei que devo sentir.
O meu pensamento só muito devagar atravessa o rio a nado
Porque lhe pesa o fato que os homens o fizeram usar.

Procuro despir-me do que aprendi,
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras
,
Desembrulhar-me e ser eu, não Alberto Caeiro,
Mas um animal humano que a Natureza produziu.

E assim escrevo, querendo sentir a Natureza, nem sequer como um homem,
Mas como quem sente a Natureza, e mais nada.
E assim escrevo, ora bem ora mal,
Ora acertando com o que quero dizer ora errando,
Caindo aqui, levantando-me acolá,
Mas indo sempre no meu caminho como um cego teimoso.

Ainda assim, sou alguém.
Sou o Descobridor da Natureza.
Sou o Argonauta das sensações verdadeiras.
Trago ao Universo um novo Universo
Porque trago ao Universo ele-próprio.

Isto sinto e isto escrevo
Perfeitamente sabedor e sem que não veja
Que são cinco horas do amanhecer
E que o sol, que ainda não mostrou a cabeça
Por cima do muro do horizonte,
Ainda assim já se lhe vêem as pontas dos dedos
Agarrando o cimo do muro
Do horizonte cheio de montes baixos."

Alberto Caeiro

Há muitos momentos em que páro para pensar. Reflectir. Nos gestos. Nas palavras. Nas situações. No que fiz ou não fiz. No que disse ou não disse. E às vezes acontece-me obter a resposta certa: para quê perder tempo a pensar na vida, do que poderia ou não ter sido, do que é ou não é, do que poderá vir a ser ou não, se ao pensarmos estamos a perder vida?
As pessoas ainda não perceberam (e ao escrever "pessoas" auto incluo-me) que a vida é um mistério, difícil ou impossível de desvendar. Só temos que saber aceitar.
Não há verdades absolutas, não há como apagar um passado ou ter a certeza de um futuro. O importante é mesmo viver o presente. É senti-lo. É respirá-lo. É registá-lo. É...Carpe Diem!
O caminho não é em linha recta, o terreno não é plano e o GPS só funciona para os carros, portanto é encarar a realidade dos factos e seguir em frente, de sorriso no rosto, muitos sonhos na cabeça e muito amor no coração.
Quem não quer, paciência. Quem não aceita, azar. Derrotados são aqueles que não sabem sonhar. São aqueles que em vez de desfrutarem os prazeres da vida, do mundo, da natureza e de tudo aquilo que foi criado para sentirmos, vermos, cheirarmos, tocarmos e ouvirmos, preferem ser mecânicos, cépticos, frios e tudo o mais que possa derivar destas palavras. São pessoas tristes, essa é que é essa.
Acho que acordei novamente. Sim, de vez em quando acontece-me ficar "sedada". Quem nunca ficou?
Foi numa bela manhã que percebi...para quê? Para quê investir e perder a minha energia no que não vale a pena? No que não retribui? No que não me quer bem? No que faz de mim um ser invisível sem sequer ter remorços?
A verdade, é que sou mais do que isso. Mereço bem mais. Quero ainda mais! A vida é curta, o mundo é grande e por descobrir ainda há muito!

“Não deixe de acreditar no amor, mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá, manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam, e certifique-se de que quando estão juntos aquele abraço vale mais que qualquer palavra…”

In “Não deixe de acreditar no amor” de Luís Fernando Veríssimo

Sobretudo, não deixar de acreditar na vida!

sábado, maio 16, 2009

I don't care what happens anymore!

...
I embrace you with a melody so sweet you'll melt
And a beat so hard you'll go numb,
I'll do anything to make you go mad.

How 'bout it.

I'll take you along
To worlds never seen by anyone before.
...

I don't care what happens anymore
So let's just love each other tonight.

Selfish love
Love me, cause I love you
This is my way of love.

Cheers to this egoistic night.

I don't really need forever
So just be by my side tonight.

Selfish love
Love me, cause I love you
This is my way of love.

I will for me, you will for you*
And I'll be me, and you'll be you.

Cheers to egoistic us!

quinta-feira, maio 14, 2009

O fim de semana é teu...AGARRA-O!

Mais um grande anúncio da Super Bock... Não considero a música tão impactante como a anterior mas o cenário escolhido continua a ser perfeito: a linda e mágica cidade do Porto!

Perfect moments, perfect memories, perfect spots*

[e eu ainda por Lisboa...completamente ezaurida...tirem-me daqui!]

segunda-feira, maio 11, 2009

Um dia após o outro

Alguém "ameaçou" abolir o meu blog...
Pois bem, não só mas também por influência desse comentário [de alguém amigo com uma assiduidade que desconhecia] escrevo aqui hoje algo um pouco diferente. Algo curto e duro. A expressão verdadeiramente popular...

CAGUEI E ANDEI!

Agora?

Quero viver...e nunca ser cruel.
Quero voar...e nunca aterrar.
Quero viver a minha vida...e ter os amigos por perto.

Quero viver...e ser sempre verdadeira.

A minha alma não precisa de ser salva.
E sim, eu peco todos dias.

Nunca mudamos, pois não?
Nunca aprendemos, pois não?

Por isso eu quero viver na minha "cabana".
Quero viver onde os amigos são fáceis de encontrar.
Viver onde o sol se põe!...

FAMÍLIA e AMIGOS.
Verdadeiros.
O mais importante.
O mais precioso.
O que se deve preservar.
Os que realmente nos amam.
Os que nos querem bem.
Muita coisa vem, muita coisa vai.
Estes ficam sempre.
O resto...é apenas isso: o "resto".
Pedaços de nada.
Pedaços que hoje deito fora e amanhã já esqueci.
Pedaços sem valor.
Pedaços sem sentido.
Temos pena.

Ontem sorri. Hoje sorri. Amanhã continuarei a sorrir.

Vivo o presente...sem passado nem futuro!

Posto isto, brindo à família. Brindo aos amigos.
"A nós, a quem gosta de nós e o resto...que se FODA!"

Diferente não?

sábado, maio 09, 2009

As voltas que a vida dá

No dia 25 de Dezembro, por volta das 6h da tarde, pedi-te uma luz que me guiasse em direcção ao caminho certo. Sentia-me dividida entre o emocionalmente correcto e o racionalmente lógico. A verdade é que bastaram uns poucos dias para a encontrar.

No dia 2 de Maio voltei a falar contigo, eram umas 8h da manhã. Pedi-te o contrário do que tinha pedido há uns 5 meses atrás. Que apagasses a tal luz que na altura eu precisava desesperadamente de descobrir. Estava-me a ferir "os olhos do coração". Coincidentemente ou não, a verdade é que ela está a ficar fraquinha, fraquinha, fraquinha...está quase a fundir como as lâmpadas que compramos para os candeeiros que nos iluminam a casa à noite. Acabará por se extinguir.

Nunca pensei mas a verdade é que me tens feito bem. Quanto mais não seja por simplesmente poder falar livremente sem me interromperes ou julgares... Obrigada. Estou a sentir-me livre novamente. Estou outra vez a conseguir sorrir por estar a viver o momento e não apenas porque fica socialmente bem e bonito fazê-lo.

Continuo a ter pena que algumas pessoas vivam em função de um futuro que a ninguém pertence, agarradas a um passado que apenas nele devia ficar, acabando por se esquecerem do mais importante para serem verdadeiramente felizes: viver o presente.

Podias ter filmado o nosso sorriso em vez de o fotografares!...

quarta-feira, maio 06, 2009

Há um tempo para tudo.E contra factos, não há argumentos!

"Estou que nem posso… Já não tenho idade para ir à queima à semana. Acho que a meio da noite me esqueci que já sou grande e que hoje é dia de trabalho e perdi a conta aos shots malucos que bebi.
Estou sempre a dizer que sou miúda, que ainda sou uma criança, mas a verdade é que me senti bastante grande junto das pessoas com vinte e poucos anos com quem falei. Já nem coragem de cravar bebidas como se a minha vida dependesse desse feito, tenho. Ou de pedir shots e quando eles são servidos, baixar-me e desatar a correr para trás da barraca, como nos bons velhos tempos.
Estou velha, é o que é. Apetece-me dizer a todas as pessoas que por lá andam “aproveita como se não houvesse amanhã porque esses são os melhores tempos da tua vida e passam tão depressa…”. Ou seja, aqueles discursos muita chatos que os cotas me diziam na minha altura e que não entendia.
É verdade, a faculdade é o melhor tempo da vida de qualquer um… É com nostalgia que vejo aqueles olhares sem preocupações, como se nada tivesse consequências, nem motivo aparente para existir. Os namoricos, os exames, as chatices com as amigas, os copianços, as noites académicas em bares que não lembra a ninguém, os flirts, os profs, os sonhos, a semanada, o bar da faculdade, as jantaradas nas tascas manhosas,… Que saudades da única preocupação ser a de inventar alguma aldrabice aos cotas para justificar alguma cadeira ou ano perdido.
Aqui, que ninguém me ouve, se fosse hoje acho que tinha perdido muitos e muitos anos e aproveitado ainda mais. Mais tempo. Mal se põe um pé fora da faculdade, com o canudo, ainda as últimas férias grandes estão a terminar e já os papás nos olham com outro olhar. O olhar das obrigações, das responsabilidades, do “bem-vindo ao mundo dos grandes”. Devia ter feito como muitos e dizer “afinal não era aquela a minha vocação, acho que me vou inscrever em filosofia” e continuar naquele mundo livre e boémio. É que, ou se faz isso logo de seguida, sem lhes dar tempo para pensar e nos dar aquelas boas-vindas, ou já não há escapatória possível. Agora, mesmo que quisesse não conseguia “abdicar” das responsabilidades e obrigações e voltar a estudar sem trabalhar. Infelizmente. Que raiva. Como disse uma vez uma pessoa que conheci e que já nem do nome me lembro, esses “são uns enganadores”. E quem me dera ser uma enganadora! Ser condecorada dux da faculdade, perder anos a fio na tuna e na comissão de praxe e o único horário a cumprir ser o do encontro no bar para matar uns finos, à tarde."

Tal como tu, minha querida amiga, partilho o mesmo sentimento. E daí ter feito um copy paste de empréstimo das tuas palavras.
A passagem desta semana cria sempre aquela nostalgia devastadora, como se esse nosso tempo tivesse sido já noutra vida. Também me começo a sentir velha...não pelo espírito, pelas vontades, pelas atitudes. Mas pelas dores nas pernas, nos pés, na cabeça e até por esta conjuntivite, que quase parece ter surgido para me dizer "Pensas que ainda tens idade para estas coisas? Tem juízo!"
Acho que até os shots me caem de outra forma no fígado...já não são bem para brindar à amizade, às asneiras "saudáveis", ao final de mais um ano lectivo, às festas, à boa vida, mas sim para conseguir olhar à minha volta e sentir que ainda consigo pertencer àquele mundo. Assim pelo menos salto. Canto. Danço. Sozinha ou com quem não conheço de parte nenhuma. Tiro fotos parvas. Sou capaz de reconhecer uma ou duas caras familiares que me dão umas borlas. E até sou ainda capaz de cair..."de tanto rir"...após dar uma cabeçada, no sentido literal da palavra.
Vivi muito. Aproveitei ao máximo. Ou não. Lá está, é o desejo de querer sempre mais. Mais daquilo que não nos incute o peso insuportável das responsabilidades de ser adulto. Aquilo que já somos e teimamos em não querer ser. Ou mostrar.
Mais do que a queima, sinto ainda mais a falta do cortejo. A esse não posso ir. Nunca mais. A sensação de passar a tribuna. Essa não voltarei a sentir. Nunca mais. A sensação de ser caloira. Essa só se tem uma vez na vida, tal como o sentimento de ser finalista. O traje. Odiava os sapatos, as meias que passava a vida a romper e a capa que pesava e fazia um calor sufocante nos dias mais quentes. Mas foi um orgulho. E a rodear tudo isto, os amigos. Aqueles que nos marcaram pelo convívio e partilha de momentos. Dessa "maralha", costumávamos nós dizer em linguagem académica, uns casaram, outros vivem longe e voltaram para casa, outros foram forçados a "desertar". Para poderem trabalhar!
É...como dizem os "cotas"...é a vida! Tudo tem o seu tempo. Mas apesar de tudo, ainda temos mais um fim de semana e o dia a seguir para descansar o corpo...aquele que paga quando a cabeça não tem juízo. Bora queimar os últimos cartuchos?



[Desta vez não estive lá...vejo o vídeo e arrepio-me. Com as lágirmas nos olhos, sorrio. Já tive o privilégio de lá estar e viver tudo o que estas pessoas estão a viver! BIBA O QUIM!]

segunda-feira, maio 04, 2009

"Estás aqui para ser feliz!"

Uma das melhores publicidades dos últimos tempos.