segunda-feira, setembro 13, 2010

Até onde nos auto-comandamos (?)

No dia em que batemos com a 'cabeça na parede' - seja pela primeira ou milésima vez, com mais ou menos impacto e danos físicos e/ou psicológicos - temos a tendência inconsciente e absolutamente imediata de dizermos 'com esta já aprendi', ou então 'nunca mais me apanham numa (situação) igual'.

Na verdade, aprendemos sempre alguma coisa com estes acidentes de percurso (mau era!).

Na verdade, muitos destes acidentes começam a ser totalmente evitados (felizmente).

Na verdade, com estes erros crescemos (e geralmente é mesmo sinal de que estamos a envelhecer).

Na verdade, acredito - e quero mesmo continuar a acreditar - que nunca nada acontece por acaso (caso contrário, qual o sentido de uma vida?).

Mas, também na verdade, quando nos envolvemos emocionalmente com a potencial situação de 'perigo', a afirmação do 'nunca mais' transforma-se numa questão tão subjectiva, que se torna quase impossível de gerir ou sequer de controlar.

Eu bem disse para mim própria que... 'nunca mais'. E, na verdade, hoje estou envolvida de corpo e alma naquilo em que um dia prometi a mim mesma que... 'nunca mais'.

O meu Eu fundiu-se com outro Eu. E agora, em vez de dizer... 'nunca mais' digo antes, numa tentativa de colmatar a falha racional, 'espero nunca mais ter que pensar ou dizer...nunca mais'.