quinta-feira, dezembro 31, 2009

terça-feira, dezembro 29, 2009

Expectativa: "Esperança baseada em supostos direitos, probabilidades ou promessas."

Será a culpa das expectativas?

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Ficar nos teus braços, fixar o teu ar, não afastes os teus olhos dos meus!

Quando dormes
E te esqueces
O que vês?
Tu quem és?

Quando eu voltar
O que vais dizer?
Vou sentar
No meu lugar

Adeus, não afastes os teus olhos dos meus
Isolar para sempre este tempo
É tudo o que tenho para dar

Quando acordas
Por quem chamas tu?
Vou esperar
Eu vou ficar

Nos teus braços
Eu vou conseguir fixar
O teu ar
A tua surpresa

Adeus, não afastes os teus olhos dos meus
Eu vou agarrar este tempo
E nunca mais largar

Adeus, não afastes os teus braços dos meus
Vou ficar para sempre neste tempo
Eu vou conseguir pará-lo

Adeus, não afastes os teus olhos dos meus
Vou ficar para sempre neste tempo
Eu vou conseguir pará-lo
Eu vou conseguir pará-lo
Eu vou conseguir ficar.

Lyrics by David Fonseca

domingo, dezembro 27, 2009

O mundo centra-se no seu todo e não nas suas partes.
E eu sou apenas uma parte, dessas mesmas partes.

terça-feira, dezembro 22, 2009

Lovers never lose

"Gosto dos instantes em que sentimos que nos podemos apaixonar por aquela pessoa que conhecemos há 30 segundos, há seis meses ou há um ano e com quem intuímos desde o primeiro instante uma espécie de construção do mundo anterior à nossa própria existência, como se em uma qualquer encarnação anterior já tivessemos sido alguma coisa um ao outro - marido e mulher, irmão ou irmã, tanto faz -, provocando uma imediata sensação de bem-estar que nos faz sentir em casa.

A sensação de familiaridade instantânea é um dos primeiros passos para a verdadeira intimidade, embora quase nunca se chegue tão longe. Isto porque entre os instantes mágicos que fazem de um serão de conversa uma noite perfeita, e o que se pode, ou não, contruir a seguir, vai uma distância sempre impossível de prever. A construção de um caso que pode vir a tornar-se uma história de amor tem muito de alquímico e pouco de entendível: ou há click, ou não há, ou no dia seguinte nós acordamos e sentimos 'é isto que eu quero', ou então ficamos sem saber o que pensar até que a vida se encarrega de arrumar as peças do puzzle e pôr tudo no seu devido lugar. Ainda assim, o tal click também nos pode enganar: às vezes desejamos tanto apaixonar-nos que o nosso subconsciente força esse click; outra vezes temos tanto medo de nos entregarmos, que tapamos os ouvidos para não o escutar. O que há mais para aí são corações partidos, com lesões invisíveis que nenhum cirurgião cardio-toráxico pode curar. Só o tempo e grandes doses de amor continuadas conseguem apagar as lesões mais profundas.

Depois do click, ou do desclick, o melhor é guardar para sempre esse momentos únicos e relembrá-los sempre que isso nos traz alegria, ou arrumá-los numa gaveta ordeira da memória se nos perturbam. Em tempos chamei-lhe guardar a doçura, mas depois enjoei-me do substantivo para sempre, e do adjectivo então é melhor nem falar - sempre que alguém me diz que sou uma pessoa muito doce, dá-me logo vontade de pegar numa G3 e de me transformar num mercenário em causa própria. Por isso, agora uso apenas o verbo guardar, de mãos dadas com o verbo ganhar, porque acredito que tudo o que se vive em paz e de coração aberto é sempre uma mais-valia, mesmo que o desfecho não seja aquele com que sonhámos.

Incorrendo na prática pirosa da auto-citação, regresso às páginas do meu último romance, onde escrevi: «Uma das melhores coisas da vida é que ela muda. Nem sempre muda quando queremos ou desejamos, mas muda». Há muito que aprendi a aceitar que a realidade é evolutiva; o que é verdade hoje pode não o ser amanhã. Assim, há clicks que anunciam um amor homérico, o qual mais tarde se transforma em pó, cinzas e nadas, e outros, mais tímidos, que se vão repetindo até se transformarem numa grande história de amor.

Gosto de acreditar que entre projecções, sonhos e desejos, entre clicks enganadores e desclicks trapalhões, há os abençoados, os que duram para sempre."

MRP In Sol, 27/11/2009 [poderia, mais uma vez, ter sido uma PTP!]

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Egoísta…não sei, não sei…não quero…será, não será…consome-me ser, não ser, não saber, querer, não querer, pensar, não pensar, expressar, não expressar…o egoísmo é a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento das demais pessoas com quem se relaciona. Não, não posso, não é!

Este conflito de emoções, um turbilhão, em ciclone, redemoinha. É bom, será fantástico, uma aventura, uma magia de cores, luz e acção. A tua mente imagina, antecipa, os olhos brilham e o sorriso rasga-se, liberta-se a adrenalina!

Disfarçar, enfrentar, racionalizar, queres partilhar o sorriso ansioso, adornar o brilho expelido, inspiras, expiras, suspiras, contorces, apertas, queres calar o coração e, contra toda a batalha que travas, ele grita ainda mais alto! O rosto inexpressivo, adormecido, incolor, que continua a lutar, a contrariar, a impugnar. Depois revolta-se, enfurece-se, entristece-se, enraivece-se, expele emoções confusas, dúbias, insondáveis, inexplicáveis, indizíveis.

A teoria é sempre tão simples mas quase sempre impraticável. Não é egoísmo, é um querer inato, um desejo fetiche, uma vontade brutesca de querer partilhar o que não vai ser partilhado.

O coração palpita, a respiração acelera, sem controlo, sem sentido, num caminho sem rumo, desnorteada, desvairada. O olhar deambula, sem a luz que quer dar e não é capaz, num tormento grotesco que a razão silencia violentamente, em esforço, num impulso firme e resistente que dói, que amargura, a psicalgia!

A mente, racional, consciente, sabe que todo este egoísmo não egoísta é fútil, dotado de insignificância futura porque hoje é sempre o primeiro dia do resto da tua vida!...

quarta-feira, dezembro 09, 2009

TRE METRI SOPRA IL CIELO


"Bisogna stare molto attenti a quello che ci circonda, perché a volte improvvisamente qualcosa zucchera la nostra giornata! Questa che state per sentire non è una canzone, è la voce della neve che si scioglie in acqua pura!"

"Sapete qual è la cosa a cui si dedicano più canzoni? Esatto fratellini, l'amore. Bello, brutto, triste, allegro, forte, debole, sexy, casto, porno, violento, sognato, dimenticato, violato, antico, moderno... Fm 107,3 radio caos, love is all you need."

"E tutto quello che devi fare è metterti le cuffie... sdraiarti per terra e ascoltare il cd della tua vita… traccia dopo traccia… nessuna è andata persa… tutte sono state vissute e tutte, in un modo o nell'altro, servono ad andare avanti… non pentirti, non giudicarti, sei quello che sei e non c'è niente di meglio al mondo. Pause, rewind, play ancora e ancora e ancora, non spegnere mai il tuo campionatore... continua a registrare, a mettere insieme i suoni per riempire il caos che hai dentro… e se scenderà una lacrima quando le ascolti… beh… non avere paura… è come la lacrima di un fan che ascolta la sua canzone preferita."

LAMB

I can fly
But I want his wings
I can shine even in the darkness
But I crave the light that he brings
Revel in the songs that he sings
My angel Gabriel

I can love
But I need his heart
I am strong even on my own
But from him I never want to part
He's been there since the very start
My angel Gabriel
My angel Gabriel

Bless the day he came to be
Angel's wings carried him to me
Heavenly
I can fly
But I want his wings
I can shine even in the darkness
But I crave the light that he brings
Revel in the songs that he sings
My angel Gabriel

quinta-feira, novembro 26, 2009

O essencial é invisível aos olhos


"E foi então que apareceu a raposa :

- Bom dia, disse a raposa.

- Bom dia, respondeu o príncipezinho com delicadeza. Mas ao voltar-se não viu ninguém.

- Estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...

- Quem és tu? Perguntou o príncipezinho. Tu és bem bonita...

- Sou uma raposa, disse a raposa.

- Anda brincar comigo, propôs o príncipezinho. Estou tão triste...

- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Ainda ninguém me cativou.

- Ah! Desculpa, disse o príncipezinho. Mas, após uma reflexão, acrescentou:

- O que significa «cativar»?

- Tu não deves ser daqui, disse a raposa. O que procuras?

- Procuro os Homens, disse o príncipezinho. Que quer dizer «cativar»?

- Os Homens, disse a raposa, têm espingardas e caçam. É uma maçada! Também criam galinhas. É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?

- Não, disse o príncipezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer «cativar»?

- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu, disse a raposa. Significa «criar laços»...

- Criar laços?

- Exactamente, disse a raposa. Por enquanto, para mim não passas de um rapazinho em tudo igual a cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. Para ti, não passo de uma raposa igual a cem mil raposas. Mas, se me cativares, precisaremos um do outro. Serás para mim único no Mundo. E eu serei única no Mundo para ti.

- Começo a compreender, disse o príncipezinho. Existe uma flor... Eu acho que ela me cativou...

- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...

- Oh! Não foi na Terra, disse o príncipezinho.

A raposa pareceu intrigada:

- Noutro planeta?

- Sim.

- Há caçadores nesse planeta ?

- Não.

- Que bom! E galinhas?

- Também não.

- Nada é perfeito, suspirou a raposa.

Mas voltou à mesma idéia.

- Levo uma vida monótona. Eu caço galinhas e os Homens caçam-me a mim. Todas as galinhas são iguais e todos os Homens são iguais. Por isso aborreço-me um pouco. Mas, se tu me cativares, será como se o Sol iluminasse a minha vida. Distinguirei de todos os passos, um novo ruído de passos. Os outros passos fazem-me esconder debaixo da terra. Os teus hão-de atrair-me para fora da toca, como uma música. E depois, olha! Vês lá adiante os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me dizem nada. E é triste. Mas os teus cabelos são cor de ouro. Por isso, quando me tiveres cativado, vai ser maravilhoso. Como o trigo é dourado, fará lembrar-me de ti. E hei-de amar o barulho do vento através do trigo...

A raposa calou-se e olhou durante muito tempo para o principezinho.

- Por favor... Cativa-me! Disse ela.

- Tenho muito gosto, respondeu o principezinho, mas falta-me tempo. Preciso de descobrir amigos e conhecer outras coisas.

- Só se conhecem as coisas que se cativam, disse a raposa. Os Homens já não têm tempo para tomar conhecimento de nada. Compram coisas feitas aos mercadores. Mas como não existem mercadores de amigos, os Homens já não têm amigos. Se queres um amigo, cativa-me.

- Como é que hei-de fazer? disse o principezinho.

- Tens de ter muita paciência, respondeu a raposa. Primeiro, sentas-te um pouco afastado de mim, assim, na relva. Eu olho para ti pelo cantinho do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, de dia para dia, podes sentar-te cada vez mais perto...

No dia seguinte o príncipezinho voltou.

- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, eu começarei a ser feliz a partir das três. Quanto mais a hora se aproximar, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, eu nunca saberei a que horas devo preparar o coração... São preciso rituais.

- O que é um ritual ? Perguntou o príncipezinho.

- Também é uma coisa de que toda a gente se esqueceu, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um ritual. À quinta feira vão ao baile com as raparigas da aldeia. A quinta-feira é então o dia maravilhoso! Posso ir passear até às vinhas. Se os caçadores dançassem a qualquer dia, os dias seriam todos iguais e eu não teria férias!

Foi assim que o príncipezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da despedida, a raposa disse:

- Ai! Eu vou chorar.

- A culpa é tua, disse o príncipezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...

- Pois quis, disse a raposa.

- Mas agora tu vais chorar! disse o príncipezinho.

- Pois vou, disse a raposa.

- Então, não ganhaste nada com isto!

- Ai isso é que ganhei! - disse a raposa. - Por causa da cor do trigo...

Depois acrescentou:

- Vai rever as rosas. Vais perceber que a tua é a única no mundo. Quando vieres ter comigo, dou-te um presente de despedida: conto-te um segredo.

O príncipezinho lá foi rever as rosas.

- Vocês não são nada parecidas com a minha rosa! Vocês ainda não são nada. Ainda ninguém vos cativou, nem vocês cativaram ninguém. Vocês são como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo e, agora, ela é única no mundo.

E as rosas ficaram incomodadas.

- Vocês são bonitas, mas vazias - ainda lhes disse o principezinho, - Não se pode morrer por vocês. Claro que, para um transeunte qualquer, a minha rosa é perfeitamente igual a vocês. Mas, sozinha, ela é mais importante que vocês todas juntas, porque foi a ela que eu reguei. Foi a ela que eu pus debaixo de uma redoma. Foi a ela que eu abriguei com o biombo. Foi por ela que eu matei as larvas (excepto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu ouvi queixar-se, gabar-se e até, às vezes, calar-se. É a minha rosa.

E então voltou para o pé da raposa:

- Adeus, disse ele.

- Adeus, disse a raposa. Vou dizer-te o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.

O essencial é invisível aos olhos, repetiu o príncipezinho, para nunca mais se esquecer.

- Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que a tornou tão importante.

- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... Repetiu o príncipezinho, para nunca mais se esquecer.

- Os Homens já se esqueceram desta verdade, disse a raposa. Mas tu não te deves esquecer dela. Tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa...

- Eu sou responsável pela minha rosa... Repetiu o príncipezinho, para nunca mais se esquecer."

In “O Principezinho” de Antoine de Saint-Exupéry

segunda-feira, novembro 23, 2009

"Isto é para ti", estendeu o braço e pousou na minha mesa uma espécie de "teaser" à nova obra da Margarida Rebelo Pinto, intitulada "O dia em que te esqueci".

A amiga que teve este gesto tem uma escrita mais ao estilo MEC mas, embora eu goste de vários estilos literários, incluindo aquele em que o MEC se encaixa, sou mais uma colagem da MRP.

Não fosse ela ser mais velha e ter entrado neste mundo mais cedo, e talvez eu pudesse ser uma MRP, com um género de escrita entre o emocional "lamechas" e o racional "com a experiência se aprende". Duvido que existam mulheres que, de uma forma ou de outra, não se revejam nas histórias que ela narra e, se as há, devem ser numa percentagem (muito) pouco significativa.

A minha próxima aquisição para leitura: "O dia em que te esqueci", o dia que existe na vida de todo o comum mortal. Toda a gente já teve que, um dia, esquecer alguém. Um alguém amigo, um alguém amor, por circunstâncias da vida, com ou sem ironia.

Nesta pequena amostra do conteúdo da nova obra da MRP pode ler-se "Tu foste a minha grande aposta e a minha maior decepção", existem sempre sonhos derrubados pela própria ilusão inerente a eles. Parece-me um facto dificilmente contornável.

"...foi preciso cair e levantar-me ainda algumas vezes até chegar onde me encontro agora, um território de paz e de tranquilidade jamais alcançado e do qual espero não voltar a sair." Já diz alguém - eu mesma - que "faz parte"!... A vida é um processo evolutivo e são estas quedas que nos ajudam a "ser grandes para sermos inteiros". Como haveríamos nós - seres humanos - de aprender e, consequentemente, crescer? Não existe caminho para a felicidade que não envolva acidentes de percurso.

"Lembro-me que no final desse verão virei mais uma página da minha vida. Acordava desfeita, respirava fundo, olhava para o mar, que me acenava, imenso e perfeito da janela, e pensava: tenho de mudar, tenho de aprender com isto, a vida é mais do que sofrimento, angústia, espera e vazio, tenho de aprender a viver outra vez, de uma maneira diferente, que não me faça sofrer tanto. E fui aprendendo, muito devagar, a cada dia que passava, da mesma forma que vou aprendendo ainda hoje." Curioso como este resumo tem excertos que se encaixam na perfeição em diferentes alturas e experiências da minha vida. Deve ser por isso que as palavras dela "assentam em mim como uma luva".

"Agora vivo diariamente momentos de enorme felicidade e de profundo entendimento com tudo o que me rodeia porque sei que estou a viver uma segunda oportunidade (...) Há mais no mundo para ver e para amar (...) Umas das melhores coisas da vida é que ela muda. Nem sempre muda quando queremos ou como desejamos, mas muda. E no meu caso, porque sou uma pessoa abençoada, muda para melhor. Pelo menos acredito que assim é. E o mais importante não é aquilo que vivemos, mas aquilo em que acreditamos."

Pode ainda ler-se que esta obra é dedicada a "todas as mulheres que viveram um grande amor" e a "todos os homens que o perderam". Eu não o vivi (pretérito passado) mas sei que certamente houve quem o perdesse.

Se o destino assim o quis, foi porque algo de melhor me esperava. E dúvidas disso, não me restam nenhumas. Os meus desejos de menina-no-país-das-maravilhas vieram, sem pré-aviso, sem data nem hora marcada, cair-me nos braços. Hoje sorrio por mim para ti e para mim por ti!

domingo, novembro 15, 2009

A fomentação do Q.E. é urgente!

Segundo Goleman, "a chave para tomar boas decisões pessoais é ouvir os sentimentos". Sabem o que é a Inteligência Emocional? Sabem o que é o Q.E. e a sua importância nas nossas vidas enquanto seres humanos individuais e sociais? No seu livro, a que deu exactamente o nome de 'Inteligência Emocional', Goleman explica-nos tudo.

A base de uma Inteligência Emocional é a autoconsciência; o reconhecimento de um sentimento no exacto momento em que ele ocorre, porque é esse mesmo sentimento que, muitas vezes, se torna crucial numa emergente tomada de decisão.

Identificar as nossas próprias emoções e saber como e quando elas se manifestam é a chave do autocontrolo e é quem melhor discerne e controla os seus sentimentos quem tem uma vida emocional mais equilibrada.

Depois de sabermos identificar as nossas emoções e de sabermos como é que elas ocorrem, é necessário sabermos como lidar com elas. Controlar os sentimentos é fundamental para conseguirmos ter uma vida pacífica, harmoniosa e com sucessos. Famílias, amizades e carreiras profissionais são, muitas vezes, arruinadas por falta deste mesmo controlo emocional.

Reconhecer as emoções daqueles que nos rodeiam também é essencial, e a empatia é a ferramenta principal para termos sucesso nas nossas relações pessoais. Quando tentamos compreender as acções e as reacções das pessoas estamos a abrir caminho para o diálogo e para o entendimento. A empatia é alimentada precisamente pelo nosso autoconhecimento: quanto mais conscientes estivermos dos nossos próprios sentimentos mais facilmente poderemos entender os sentimentos dos outros.

Quando conseguimos compreender os sentimentos dos outros, precisamos de aprender a lidar com eles. Sabermos como agir e como nos comportar em determinadas situações é o que diferencia os sábios dos leigos neste tão vasto campo da Inteligência Emocional. O analfabetismo emocional é quase como 'conduzir um carro no centro de uma cidade movimentada sem saber interpretar os sinais de trânsito'. No mínimo, o condutor vai-se envolver ou causar vários acidentes. Sabermos o momento de prosseguir, o momento de parar e respeitar os limites de velocidade pode-nos garantir uma viagem tranquila e segura. Na viagem da vida, sabermos interpretar e agir correctamente perante os muitos e diversos tipos de sinais que as pessoas nos emitem, pode-nos assegurar relacionamentos saudáveis e duradouros, evitando assim muitos prejuízos e acidentes 'fatais'.

No fundo, ter um bom Q.E. significa termos um equilíbrio e não uma supressão dos sentimentos, pois todos eles têm o seu devido valor e significado. Há sentimentos que desestabilizam emocionalmente as pessoas - como por exemplo a raiva, a ansiedade ou a melancolia - e a chave para o nosso bem-estar emocional está no controlo destas mesmas emoções.

Muitas vezes as pessoas questionam-se: "Porque é que alguns parecem ter um dom especial que lhes permite viver bem, apesar de não serem os mais inteligentes? Porque é que nem sempre o aluno mais inteligente da turma acaba por ser o que tem mais êxito? Porque é que algumas pessoas têm mais capacidades do que outras para enfrentar contratempos, superar obstáculos e ver as dificuldades sob uma perspectiva diferente?'

A nossa concepção da inteligência humana é estreita e não tem em consideração uma ampla gama de capacidades que são essenciais para vivermos bem e alcançarmos um desenvolvimento integral enquanto seres humanos. A inteligência emocional é uma forma de nos relacionarmos com os outros e com tudo o que nos rodeia, englobando aptidões como o controlo de impulsos, a motivação, a perseverança, a empatia ou a agilidade mental, que moldam traços do nosso carácter essenciais para trilharmos o 'nosso' caminho rumo aos 'nossos' sonhos...

segunda-feira, novembro 02, 2009

Navegar é preciso!


'As pessoas grandes gostam de números. Quando vocês lhes falam de um amigo novo, as suas perguntas nunca vão ao essencial. Nunca vos perguntam: "Como é a voz dele? De que brincadeiras é que ele gosta mais? Ele faz colecção de borboletas?" Mas: "Que idade é que ele tem? Quantos irmãos tem? Quanto é que ele pesa? Quanto ganha o pai dele?" Só assim é que pensam ficar a conhecê-lo. Se vocês disserem às pessoas grandes: "Hoje vi uma casa muito bonita de tijolos cor-de-rosa, com gerânios nas janelas e pombos no telhado...", as pessoas grandes não a conseguem imaginar. É preciso dizer-lhes: "Hoje vi uma casa que custou vinte mil contos." Então, já são capazes de exclamar: "Mas que linda casa!"

Assim, se lhes disserem: "A prova de que o principezinho existiu é que ele era encantador, é que ele se ria e queria uma ovelha. Querer uma ovelha é a prova de que existe", as pessoas grandes enoolhem os ombros e chamam-vos crianças! Mas se lhes disserem: "O planeta de onde ele vinha era o asteróide B612", as pessoas grandes ficam logo convencidas e não se põem a fazer mais perguntas. As pessoas grandes são assim. Não vale a pena zangarmo-nos com elas. As crianças têm de ser muito indulgentes para as pessoas grandes.

Mas nós, nós que entendemos a vida, claro que nos estamos bem nas tintas para os números! Eu gostava era de ter começado esta história como um conto de fadas. Assim:
"Era uma vez um principezinho que vivia num planeta pouco maior do que ele e precisava de um amigo..." Para quem entende a vida, era de certeza um começo bem mais verosímil.

Porque eu não gostava que este livro fosse lido levianamente. Custa-me tanto lembrar estas coisas! O meu amigo já se foi embora há seis anos com a sua ovelha. Se o tento descrever, é só para não me esquecer dele. É tão triste esquecermo-nos de um amigo! Nem toda a gente teve um amigo na vida! E depois, posso ficar como as pessoas grandes que já não se interessam senão por números. Foi também por isso que comprei uma caixa de tintas e lápis. E custa um bocado começar a desenhar na minha idade, ainda por cima quando as duas únicas tentativas anteriores, a da jibóia fechada e a da jibóia aberta, foram feitas aos seis anos!

Claro que vou tentar fazer retratos o mais parecidos possível. Mas não tenho a certeza de conseguir. Tão depressa um desenho me sai parecido como outro, logo a seguir, não se parece nada. Também me engano no tamanho. Nuns, o principezinho fica grande demais. Noutros, pequeno demais. Também já não sei muito bem qual era a cor do fato dele. O único remédio é ir tentando, é ir por aproximações. Mas vou-me enganar de certeza nalguns pormenores mais importantes. Mas, para isso, não há remédio: vocês é que terão de me perdoar. O meu amigo nunca explicava nada. Talvez pensasse que eu era igual a ele. Infelizmente, eu não sei ver ovelhas através de caixas. Talvez esteja um bocado parecido com as pessoas grandes. Devo ter envelhecido.'

In "O Principezinho" de Antoine de Saint-Exupéry

quarta-feira, outubro 28, 2009

Não deixes um prazer de hoje para um amanhã que pode não existir

Para não variar, apetece-me divagar. Pegar no famoso arranque de histórias "Era uma vez" e deixar as palavras seguirem o rumo que elas quiserem, com ou sem direcção provida de sentido.

Era uma vez uma flor que não gostava das suas pétalas...
Era uma vez uma pérola cujo brilho o mar turvo ofuscou...
Era uma vez uma estrela que se sentia triste porque a sua luz era apenas mais uma no meio de tantas outras que preenchem o universo...

Um dia o vento soprou, afastando as nuvens que encobriam o céu, e os raios de sol devolveram vivacidade à cor das pétalas da flor que não gostava delas. As borboletas que por ali passeavam, sentindo-se atraídas pela sua beleza, iam pousando na sua superfície. Batendo elegantemente as suas asas, mimavam-na, antes de partirem novamente para destino incerto. Foi assim que a flor voltou a sorrir e a dar valor às pétalas que antes renegava.

Depois de afastar as nuvens, o vento repousou. As marés do oceano recuperaram a sua calmia e as areias do seu fundo deixaram de revolver. O reflexo do sol permitiu à água do mar que cintilasse e foi toda esta pureza que devolveu à pérola o seu brilho. Desta vez, era a intensidade que emanava que ofuscava todos os seres marítimos que dela se tentavam aproximar...mas de fascínio!

Quando o sol se pôs, dando o lugar à lua para iluminar o mundo, todas as estrelas que povoam o céu encheram o olho de quem parava para as admirar. A quem não encanta um cenário estrelado? No entanto, alguém cá em baixo parou e olhou para a estrela que se sentia triste, por achar ser apenas mais uma. Por instantes ela ainda hesitou. Aquele olhar poderia estar a dirigir-se noutra direcção que lhe parecia, de forma equívoca, ser a dela. Mas foi então que, entretanto, esse alguém sorriu-lhe. No meio das milhares de estrelas que a rodeavam, foi a sua luz que prendeu a atenção desse alguém, que passou o resto da noite a observá-la, de sorriso no rosto e brilho no olhar. Ela sorriu-lhe também e, a partir daí, a sua luz passou a ser o destaque do estrelato...porque, em cada noite, aquele alguém parava lá em baixo, só para a contemplar.

Um dia, as nuvens que o vento afastou poderão regressar e encobrir novamente o sol; o azul do céu; o azul do mar; a cor das pétalas. Os grãos de areia poderão voltar a remexer num turbilhão roubando outra vez o brilho da pérola que habita a profundeza das águas. Da mesma forma, também a tal pessoa que admira a estrela poderá um dia esquecer-se de aparecer. Ou ter algum imprevisto. Ou não conseguir sorrir-lhe porque as nuvens a escondem. Ou até mesmo ser cativado pela luz de outra estrela, deixando assim cair no esquecimento a outra de sempre, que regressará à sua anterior solidão.

Mas isto é apenas um 'se'. É um 'pode ser que'. Hoje a flor, a pérola e a estrela reencontraram a felicidade. O segredo está em absorvê-la, segundo a segundo, sem antecipar problemas que não passam de meras suposições. O segredo está em aproveitar as oportunidades que a vida oferece no exacto momento em que as oferece, sem medo do futuro, agarrando o prazer do imediato. Os frutos devem ser colhidos hoje, porque amanhã poderão já estar consumidos pela corrosão do tempo.

É o eterno lema do 'Carpe Diem' que, um dia, Horácio imortalizou...

'Carpe diem quam minimum credula postero
Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibi
finem di dederint, Leuconoe, nec Babylonios
temptaris numeros. ut melius, quidquid erit, pati.
seu pluris hiemes seu tribuit Iuppiter ultimam,
quae nunc oppositis debilitat pumicibus mare
Tyrrhenum: sapias, vina liques et spatio brevi
spem longam reseces. dum loquimur, fugerit invida
aetas: carpe diem quam minimum credula postero.'

[Colhe o dia, confia o mínimo no amanhã.
Não perguntes, é proibido saber, o fim que os deuses
nos dará...]

sexta-feira, outubro 23, 2009

Entretenimentos patetas de uma sexta-feira à tarde chuvosa

Segundo o mapa astral...

Como eu amo:
Patrícia tem Vénus em Leão, o que sugere uma pessoa com gestos afectivos amplos, nobres e generosos. Quando se apaixona não poupa esforços para demonstrar o amor que sente pelo outro. Obviamente este posicionamento não é necessariamente realista: a pessoa costuma ser dramática, como se o amor que sentisse se assemelhasse a um filme de cinema. Mas uma coisa é garantida: não há como se entediar com uma pessoa capaz de revestir o quotidiano com tanta cor!

Vantagem:
Se receber o amplo amor de Patrícia, prepare-se para se tornar quase uma divindade. O ser amado, para quem tem Vénus em Leão, é quase um deus!

Desvantagem:
Vénus em Leão costuma ser um aspecto que sugere uma pessoa que apresenta uma certa dificuldade em ver o outro lado numa relação. Costuma sugerir um certo egocentrismo, que melhora com a maturidade.

Como lidar:
Conquistar uma pessoa de Vénus em Leão não é muito complicado. Elogiar é essencial e as críticas devem ser feitas com extremo cuidado.

Possíveis presentes ideais:
Porta-retratos, perfumes caros, roupas de marca, um fim de semana na praia, uma máquina fotográfica digital, uma faixa imensa com dizeres maravilhosos no meio da rua.

O pior que se pode fazer:
Criticar Patrícia em excesso. Tente. Verá a magia do desaparecimento em dez minutos.

terça-feira, outubro 20, 2009

Confronto de excertos

'Eu sou obsessivo,
Eu sou maníaco,
Eu sou normal,
Eu sou tudo aquilo que ninguém quer ser!

Eu sou compulsivo,
Egoísta,
Angustiado,
A um passo de enlouquecer!

Eu sou louco,
Eu sou normal,
Eu sou calmo,
Eu bato mal!

Ninguém tem mais complexos do que eu…'



'Faço teus os meus ouvidos
E rasgo-me em sorrisos,
Mas por dentro eu rego os meus narcisos
Enquanto tu estás vestida de avisos.
E eu pergunto
Quantos momentos platónicos serão precisos
Para te convencer que no fundo te amo mesmo
Quando na verdade ambos amamos o mesmo.

Só finjo quando sinto
Se quiseres vira-me do avesso
Só sou sincero quando minto
É esse o meu preço.

Dá-me um sorriso cínico e eu carrego as sobrancelhas,
Só sou sincero quando minto.
Dá-me um olhar vazio e eu aumento as olheiras,
Só sou sincero quando minto...'

segunda-feira, outubro 12, 2009

Só porque um dia, por acaso, talvez!

O meu amor por ti,
Meu bem, minha saudade,
Ampliou-se até Deus,
Os astros alcançou.
Beijo o rochedo e a flor,
A noite e a claridade.
São estes, sobre o mundo,
Os beijos que te dou.

Todo eu fico a cismar
Na louca voz do vento,
Na atitude serena
E estranha duma serra;
No delírio do mar,
Na paz do Firmamento
E na nuvem, que estende
As asas, sobre a terra.
Todo eu medito e cismo.
Um vago e etéreo laço
Prende-me ao teu imendo
E livre coração,
Que abrange o mundo inteiro
E ocupa todo o espaço,
E que vai povoar
A minha solidão.

Por isso, eu vivo sempre,
Em doce companhia,
Com o pobre que pede
E a estrela que fulgura;
E, assim, a minha alma,
Igual à luz do dia
Derrama-se, no céu,
Em ondas de ternura.
Sou como a chuva e o vento
E a sombra duma cruz!
Lira, que a mais suave
Aragem faz vibrar.
Água que, ao luar brando,
Em nuvens se traduz;
Fruto que amadurece,
À luz dum claro olhar.

Vivo a vida infinita,
Eterna, esplendorosa.
Sou neblina, sou ave,
Estrela, Azul sem fim,
Só porque, um dia, tu,
Mulher misteriosa,
Por acaso, talvez,
Olhaste para mim.

quarta-feira, setembro 30, 2009

Objectiva e sucintamente

Trilho caminho rumo aos meus sonhos.

segunda-feira, setembro 21, 2009

Tesourinho enaltecedor


Tudo tem agora o som que me embala:
ontem graves alertas de vazio,
hoje audível felicidade!

De regresso às sensações
de paz, de ternura e de encanto,
com que me inspiraste e me prendeste,
e de outras tantas
que de tão bom jamais senti,
volta a felicidade ao percurso
das minhas veias e artérias.

Relaxo hoje na certeza de quem sou;
De que nos temos
e de que existimos.

Quão bom é
ter a certeza de que respiro...
inspiro e expiro...
suspiro...
e de que pelo milagre da vida
sorrio!

[por vezes as arrumações dão em descobertas de tesouros perdidos. Este, que aqui re-adaptei à minha actual realidade, valeu-me um beijo na testa por um professor/escritor]

"Façam o favor de ser felizes!"

terça-feira, setembro 15, 2009

Raiz sem alma, é triste

"Deixa, deixa, deixa, eu dizer o que penso desta vida, preciso demais desabafar..."

...

A minha busca é na batida perfeita
Sei que nem tudo tá certo mas com calma se ajeita
Por um mundo melhor eu mantenho minha fé
Menos desigualdade, menos tiro no pé

Andam dizendo que o bem vence o mal
Por aqui vou torcendo pra chegar no final

...

quarta-feira, setembro 09, 2009

A vida em ciclos

Há uns dias atrás lembrei-me de alguém me ter dito que a nossa vida é constituída por estádios de 7 anos. Fiquei então de fazer uma pesquisa sobre este assunto e hoje foi o dia de usufruir, mais uma vez, das maravilhas da internet e do já essencial motor de busca google.com...

"A vida tem ciclos de sete anos exactamente como a terra faz uma rotação no seu eixo em vinte e quatro horas. Ninguém sabe porque não são nem 25 nem 23 horas. Mas sim 24. Não há nenhuma forma de responder a isto. É simplesmente um facto.

Assim, a vida humana divide-se numa sucessão de períodos, cada um deles com uma duração aproximada de sete anos.
(...)
No quarto período de sete anos – dos 21 aos 28 anos de idade – processa-se um forte desenvolvimento da natureza emocional. Durante estes sete anos, o indivíduo adquire uma estabilidade e um senso mais profundo de responsabilidade; a natureza suaviza-se e manifesta-se um desenvolvimento gradual de faculdades superiores que jaziam dormentes, conhecidas como intuição, telepatia mental, psicometria inconsciente e outras capacidades psíquicas semelhantes. Tudo isto aliado a um despertar do gosto pela música, arte, idiomas e tudo o mais que possamos denominar de 'mais elevado' na vida. Durante este período, a ausência de qualquer manifestação do desenvolvimento destas faculdades indica um desenvolvimento abaixo do normal.
No período dos sete anos que se seguem - dos 28 anos aos 35 anos de idade - o poder criador da mente torna-se mais activo e a capacidade de visualizar, imaginar e criar desenvolve-se a par de uma harmonia sempre crescente com a consciência e com as normas éticas da vida. É durante este período que os grandes inventores têm conseguido os seus maiores progressos e o 'homem de negócios' tem desfrutado de mais energia e, consequentemente, alcançado os maiores sucessos.
(...)
Cada um dos outros períodos de sete anos contribui para o desenvolvimento espiritual e para o desgaste gradual do corpo físico.
(...)
A vida não termina com a morte. A vida não pára: é um acto contínuo de evolução."

Esta minha lembrança não foi por acaso assim como nada é por acaso.
Se há ciclos ou não...
Se são de 7 anos ou de 10...
A verdade é que eu sinto e senti as mudanças atribuídas a cada uma das fases descritas, pelo menos até à idade em que me encontro.

Hoje não sou propriamente uma Mulher diferente da que era há poucos anos atrás. Sou a Mulher que sempre esteve dentro de mim, a Mulher que o meu corpo sempre quis transmitir mas que a minha alma nunca permitiu demonstrar. Estou mais madura, claro. Mantive as minhas virtudes. Algumas posso até ter aperfeiçoado. Consolidei princípios e valores. Atenuei defeitos através das aprendizagens que a experiência de vida me foi dando. Em troca, se calhar também emergiram outros. Ou não. Talvez sejam apenas defesas que adquiri para a 'queda' não doer tanto sempre que me 'empurrarem' ou sempre que 'tropeçar nas pedras e lombas naturais de um caminho'. Basicamente sou Humana. Sou um Ser Humano...com letra maiúscula.

Acredito em energias superiores. Não acredito na Igreja. Acredito que o ‘sonho comanda a vida’. Não acredito em mentes unicamente racionais. Acredito na naturalidade dos comportamentos físicos e emocionais. Não acredito nas leis sociais. Acredito – por isto e por muito mais – que 'não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe', da mesma forma em que acredito que há um julgamento ‘divino’ para os actos que cada um tem em vida, perante si próprio e perante os outros que o rodeiam.

Hoje, sei relamente o que sou. Sei o que dei. Sei o que dou. Sei a quem dar, como dar e quando dar. Sei o que desejo. Sei o que quero. Aprendi a valorizar-me quando antes só sabia valorizar os outros e tudo o que fosse exterior a mim. Aprendi a gostar da pessoa que sou e me tornei porque percebi que não é possível gostar genuinamente de nada nem de ninguém enquanto não nos amarmos a nós próprios.

Um dos grandes males da humanidade é focar-se apenas naquilo que não quer, esquecendo-se que conseguimos sempre mais dos sonhos daquilo que queremos!

Hoje, penso no modo afirmativo e positivo. Hoje, sonho sem medo. Hoje, dou passos em frente sem receio. Hoje, estou ciente de que nem sempre é possível completar uma parte do 'puzzle' que é a vida mesmo quando duas peças parecem encaixar-se na perfeição. Hoje, sei que quero ser feliz, como toda a gente.

É desta forma que abro a porta para o ciclo dos próximos 7 anos que, segundo esta teoria, é o auge de todos os ciclos existentes na vida... E eu acredito.

"A alma dorme na pedra,
Sonha na Planta,
Move-se no animal e
Desperta no Homem".

segunda-feira, setembro 07, 2009

"Essa gaja outra vez?"

Será que vão denunciar o meu blog e censurá-lo à custa disto?? :P
Este filme é fantástico e aproveitarem-no para fazer esta montagem foi genial.
Sátiras à parte, os políticos deste país são todos iguais: uns mais, outros menos, mas todos execráveis!

quinta-feira, setembro 03, 2009

...e viveram longe para sempre

"- 'Anda ter comigo...'
- 'Agora? Acabei de acordar. Estou de pijama, cara deslavada, cabelo desgrenhado...'
- 'E depois? Eu também.'
- 'Tenho que ir tomar um banho, vestir qualquer coisa...'
- 'Para quê? Anda ter comigo, não precisas de perder tempo com nada. Vem como estás.'

Por instantes pensou que ele só podia estar louco. Ou estaria a falar a sério? Ela gostava mesmo dele. Amava-o. Mas 'não dá, não dá...' Aquilo não era de todo boa ideia, não era de todo racional. Depois desse breve instante hesitou. Amava-o...queria-o ter por perto, mesmo não sendo da forma que queria. Podia ir... Podia ir e resistir a eventuais tentações. Estar apenas junto dele. Olhá-lo. Sentir-lhe o cheiro. Ouvir a sua voz. Perder-se nas conversas que consumiam sempre o tempo, transformando-lhe as horas em segundos. Sim, a ideia não era assim tão descabida... Ir ter com ele não iria mudar nada, apesar de desejar o contrário. Afinal a vida não são dois dias e um é para viver?

- 'Está bem. Uns minutos e estou aí.'
- 'Ok. Estou à tua espera. Até já.'

Desligou. 'Mas será que enlouqueci? Eu não posso estar bem.' Trocou os chinelos por umas havaianas. Lavou os dentes, escovou o cabelo, vestiu um casaco para esconder o pijama que trazia no corpo e saiu. 'Isto não está a acontecer, eu não estou a fazer isto.' Mas estava. Porquê? A razão desconhecia, o coração sabia.

Pouco tempo depois estava à porta da casa dele. Respirou fundo, pegou no telemóvel e enviou-lhe uma mensagem: 'Cheguei'. Ele sabia que ela ia. Talvez não tivesse imaginado é que ela iria realmente aparecer conforme estava. De pijama, como quando acaba de acordar.

Entraram e atrás a porta fechou-se. Lado-a-lado, subiram as escadas e ela ia repetindo para si própria 'tu consegues, tu consegues'. O coração em palpitações sónicas, os poros da pele dilatados, prestes a explodirem. Não há exercício respiratório ou mental que dê ao sistema fisiológico forças que controlem o sistema emocional!

Uns sorrisos. Umas palavras trocadas. Uns olhares que penetravam a alma. Uns abraços. Os corpos já numa distãncia que denunciava o perigo, os cheiros já misturados, as mãos já entrelaçadas. Tarde demais para voltar atrás e a tal resistência pretendida esquecida algures pelo caminho. Os dois fundiram-se e perderam-se naquele tempo do costume, só deles, entre carinhos, partilhas, silêncios preenchidos por um tudo que deixa o sorriso estampado no rosto.

A luz ténue do sol e a aparição ainda tímida da lua denunciaram o final do dia. Tinha chegado a altura de ir embora. Calçou as havaianas e vestiu o casaco. Já se sentia o frio da noite. Á medida que se aproximava da porta que conduzia à rua, ela ia absorvendo cada gesto, cada passo, cada pormenor ao seu redor. 'Este é um adeus. Não vais voltar aqui', dizia-lhe o sexto sentido. Certo ou errado, ele estava a dizer-lhe que se despedisse baixinho daquele amor.

Olhou-o em jeito de contemplação. 'Não te vou voltar a ver tão cedo, pois não?', questionou em surdina. Não queria ouvir a resposta. Sabê-la já é difícil. Sabê-la e ainda ouvi-la é uma facada no peito. Enquanto ia registando a sua imagem com o olhar, ia recordando os momentos. Um por um. Ele tinha-lhe dito, a meio da tarde e talvez apenas em tom de curiosidade, 'hoje é dia dos namorados'. Pois era. E ela amava-o. O que responder a uma constatação daquelas? Não interessava. Já nem valia a pena dar a importância que sonhava poder dar àquele dia.

Desprendeu o olhar e desviou-o para a rua, para o lugar onde o seu carro a esperava. Suspirou. Mais um abraço. Mais um beijo. Mais um sorriso. Um adeus incerto mas pressentido. Entrou no carro. A porta da casa fechou-se e ele desapareceu.

As suas almas encaixavam mas, inexplicavelmente ou não, aquele tinha sido o momento do derradeiro desencaixe. 'Posso nunca mais te ver, nunca mais te tocar nem nunca mais te ouvir, mas sei que vou sentir exactamente o mesmo que sinto hoje se só te voltar a encontrar daqui a 20 anos'. Ligou o carro e arrancou. O rumo estava traçado mas o destino estava à deriva."

In "Memories: why didn't we stay with the one's we love"

quarta-feira, setembro 02, 2009

Divagações, reticências, divagações. Porque sim.

Fazer amor pode durar um dia inteiro.

Desde a hora em que se dá um beijo de 'bom dia', passando pelo beijo do 'bom almoço' ou 'bom trabalho', sem esquecer os não menos importantes beijos do sair para 'jantar fora', seja este com ou sem significado especial, ou do sair para 'ir ao cinema'.

E quem fala em beijos, fala em abraços. Em carinhos que envolvem o toque, em gestos que demonstram o sentimento. Tudo pode ser resumido a uma mutualidade de emoções partilhadas.

Entre um casal apaixonado, fazer amor dura enquanto o prazer existir. Dura desde a hora do despertar até ao momento em que os dois corpos se encontram, por fim, debaixo dos lençóis...ou quando simplesmente se encontram, seja como e onde for!

segunda-feira, agosto 31, 2009

Ganha-se um 'instante' para se perder uma 'vida'

- “Sabes se ela anda por aí?”
- “Por acaso não…sei que costuma vir, estive para lhe ligar mas depois passou-me!”
- “Pois, é provável que esteja por aqui, lá com o ‘advogado’…”
- “Hum…isso soa-me a ‘dor de cotovelo’…olha que te fica mal.”
- “Achas? Estou a brincar! Nem o conheço direito…Foi só um comentário.”
- “A verdade é que perdeste o amor da tua vida.”
- “Lá isso…tens toda a razão. Ainda voltamos a tentar mas não resultou, como sabes.”
- “Há coisas que deixam marcas impossíveis ou difíceis de apagar. Que depois de feitas, destroem pilares importantes e imprescindíveis para sustentar qualquer relação.”
- “ Eu sei, eu sei. Por isso é que nunca mais voltarei a repetir o erro. Se bem que ‘nunca digas nunca’… Mas não quero voltar a ver ninguém sofrer como vi a ela. E tu bem sabes, estiveste sempre lá…”
- “Sim, foi bastante mau! Pelo menos sempre conseguiram manter a amizade. É um ponto positivo que nem sempre se consegue ganhar.”
- “É verdade! Ainda vamos falando. Internet, telemóvel. Quando dá ainda tomamos um café para pôr a conversa em dia. Soube admitir o que fiz, que mais poderia fazer? A razão não estava do meu lado e embora ela fosse tudo o que eu queria, não consegui que ultrapassasse o mal que lhe fiz.”
- “Eu até entendo…há tentações, momentos menos conscientes, fases mais frágeis, carentes…mas mesmo assim não é justificação…”
- “Mas eu não fiz nada, estava quietinho no meu lugar! A ‘gaja’ é que se atirou a mim e eu…”
- “ …e tu estavas a atravessar uma fase menos boa e blábláblá…nestas situações a culpa é sempre dos outros! E quieto não ficaste de certeza, caso contrário não teria acontecido.”
- “Pois é…pronto…falhei. Foram quase 6 anos juntos…mas agora [3 anos passados] estou bem, já não digo que a amo.”
- “Podes não amar mas foi o amor da tua vida.”
- “Sem dúvida.”

E é assim que as pessoas vão perdendo os seus amores: aqueles que os completam, que os fazem sorrir, chorar, que os fazem sentir especiais, importantes, únicos, mesmo naquelas alturas em que parece que mais ninguém no mundo se importa ou quer saber. Não interessa. Aquela pessoa estava sempre lá. Ontem, hoje, amanhã. O carinho, a atenção, a cumplicidade num gesto, numa troca de olhares, o “encaixe-mais-que-perfeito”.

Um dia um passo em falso, sem significado, mal medido, irracional, deita tudo por terra. Cai-se de um precipício para um abismo sem fim porque para trás fica o tal “amor da vida” que não se voltará a sentir em intensidade.

E este caso é apenas um exemplo de perda, que aqui exponho por ter surgido em conversa recente, porque há quem deixe “escapar entre os dedos” a 'tal' pessoa por motivos bem menores, incoerentes, diria até absurdos mas momentaneamente talvez incontroláveis...
...por orgulho.
...por teimosia.
...por imaturidade.
...porque aquele não é o 'momento certo' e “o que terá de ser nosso para nós, cedo ou tarde, voltará”. Será mesmo assim?

Há quem complique porque a sociedade “impingiu” a ideia de que tudo é complicado, portanto o que é simples não pode estar bem. É preciso complicar! Ou será que, na verdade, impingiu a "obrigatoriedade"de uma monogamia maioritariamente utópica?

De facto, o físico e/ou a mente têm impulsos e atitudes que as emoções do coração desconhecem. Uma questão que poderia ter divagações sem fim se, mais uma vez, tivesse tempo. Fica a curiosidade pessoalmente pouco compreendida… pela evidência cada vez mais significativa de casos reais que perdem, por um prazer instantâneo, uma vida de prazer permanecente.

domingo, agosto 23, 2009

Passo o tempo a dizer que o mundo anda louco.
Hoje descobri que, afinal, a louca sou eu.

quinta-feira, agosto 13, 2009

Meia palavra basta

Fácil é quereres ser amado. Difícil é amares completamente só. Amares de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois.
Fácil é perguntares o que desejas saber. Difícil é estares preparado para ouvir a resposta ou quereres entendê-la.
Fácil é chorares ou sorrires quando tens vontade. Difícil é sorrires com vontade de chorar.
Fácil é sonhares todas as noites. Difícil é lutares por um sonho.
Eterno é tudo aquilo que dura uma fracção de segundo, mas cuja intensidade petrifica e nenhuma força jamais resgata.

Pelas dezenas de vezes. "Pela incerteza da certeza que se a pedisses eu te a juraria... mas não posso nem sei...".


"Fui bailar no meu batel
Além do mar cruel
E o mar bramindo
Diz que eu fui roubar
A luz sem par
Do teu olhar tão lindo

Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração

Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo

Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração

Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo"

Canção do Mar

terça-feira, agosto 04, 2009

Any second its a minute late

"What may come in your life for you to conquer…
The quest is to remain stronger.
Watch your steps, don't get mislead.
The everyday battles are the ones you make your own bed".

Bezegol - Forever Love

terça-feira, julho 28, 2009

Fica para depois!

Quantas vezes na tua vida deixaste coisas por fazer e coisas por dizer?
Quantas vezes mais vais continuar a fazê-lo?

Apetecia-me divagar sobre este assunto. Mas não hoje. Não tenho tempo.

terça-feira, julho 14, 2009

Coisas do meu Coração


"Deixa eu dizer que te amo
Deixa eu pensar em você
Isso me acalma, me acolhe a alma
Isso me ajuda a viver

Hoje contei pras paredes
Coisas do meu coração
Passeei no tempo, caminhei nas horas
Mais do que passo a paixão

É um espelho sem razão
Quer amor, fique aqui

Meu peito agora dispara
Vivo em constante alegria
É o amor que está aqui

Amor I Love You

E Ela Tinha.... suspirado
Tinha beijado o papel devotamente.
Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades
E o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas
Como um corpo ressequido que se estira num banho tépido.
Sentia um acréscimo de estima por si mesma,
E parecia-lhe que entrava enfim
Numa existência superiormente interessante
Onde cada hora tinha o seu encanto diferente
Cada passo conduzia a um êxtase
E a alma se cobria de um luxo radioso de sensações

Amor I Love You"

Marisa Monte

quinta-feira, julho 09, 2009

Haverá limites?...

Sabemos de antemão que temos um limite para tudo o que consideramos ser mau. Para a mentira, a insegurança, o medo, o preconceito, a antipatia, a desconfiança, a ausência, a indiferença, o desprezo, a dor, a agressividade, a ignorância, a apatia...claro que existe e deve existir sempre uma dose de tolerância, mas qb.

Então e para o resto? Para o que é considerado bom, positivo? Existirá também um limite? Poderá o "bom demais" tornar-se "mau demais"? Será que realmente tudo tem uma medida certa? O tal do equilíbrio perfeito?

Compreensão, amor, amizade, inteligência, empenho, dedicação, sinceridade, simpatia, segurança, energia, optimismo, preserverança, confiança,...terão estes sentimentos e características um limite? Será que realmente o que é demais é erro? Haverá a tal da bela sem senão?

E o limite...o que delimita o limite?

No diccionário da língua portuguesa, limite é uma linha que estrema superfícies ou terrenos contíguos; é uma fronteira; um extremo; uma meta. Ou pode até designar um termo matemático quando é uma quantidade fixa da qual uma variável se aproxima indefinidamente sem nunca alcançar.

Na Psicologia do ser humano ou na Filosofia, o limite é uma patente. Não somos o que queremos, não fazemos tudo que sonhamos, não temos o dom de estar sempre onde desejamos. E é dentro destes limites que nos movemos.

Conhecer os nossos limites e os dos outros é uma tarefa que dura a vida inteira. Isto porque o limite não é algo estático. As pessoas mudam, logo o sistema de comunicação entre as pessoas é dinâmico e tem as suas próprias "leis", cabendo a cada um de nós descobri-lo em cada momento.

"Quem não vive como pensa, acaba a pensar em como viver". Aprender a observar a realidade do ser pessoal e do ser social é a melhor forma de compreender o limite que existe nas coisas e nas pessoas. Caso contrário, gasta-se o tempo a encontrar defeitos onde apenas existem características e assim talvez sejamos mais tolerantes com os outros... e connosco próprios.

"A felicidade não pode vir das coisas exteriores, do corpo, mas somente da alma, porque esta e só esta é a sua essência". E a alma é feliz quando é virtuosa. Disse Sócrates: "Para mim quem é virtuoso, seja homem ou mulher, é feliz, ao passo que o injusto e malvado é infeliz. Assim como a doença e a dor física são desordens do corpo, a saúde da alma é a ordem da alma - e esta ordem espiritual interior é a felicidade".

Afinal, os limites do bom e do mau somos nós que os fazemos. Tarefa difícil, mas não impossível. O limite é o céu? Não. O céu não pode ser o limite para quem quer chegar mais longe!...

terça-feira, julho 07, 2009

"Okay, I Want Everybody To Clear The Area Right Now!"

Sem muitas palavras por não serem necessárias.
Um último adeus.

"Smile, though your heart is aching
Smile, even though it's breaking
When there are clouds in the sky
You'll get by...

If you smile
With your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll find that life is still worthwhile
If you just...

Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying
You'll find that life is still worthwhile
If you just...

Smile, though your heart is aching
Smile, even though it's breaking
When there are clouds in the sky
You'll get by...

If you smile
Through your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile...

That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile"

Michael Jackson - SMILE



sexta-feira, junho 26, 2009

O pano caiu mesmo... [e o mundo está em choque]


A partir de hoje passará, provavelmente, a ser visto com outros olhos.
Com aqueles com que o olhavam antes de o terem acusado de ser um mero e preverso "pedófilo", simplesmente porque em criança teve de ser adulto e em adulto quis ser criança.
Voltará a ser visto com os olhos de quem aprecia música. Espectáculo. Talento. Vocação. Arte.

Hoje morreu a pessoa. Renasceu o artista.
Não tive a oportunidade de o aplaudir ao vivo, mas sempre o aplaudi e aplaudirei como músico.
Não há nem restam muitas palavras para o choque. Foi o ícone da minha adolescência.
Michael Jackson é eterno.
É prodígio.
É lenda.

Fica a obra.
Fica um até sempre!

MICHAEL JACKSON: KING OF POP
Uma das mensagens a reter: "Heal The World, Make It A Better Place, For You And For Me And The Entire Human Race"
R.I.P. MJ

[Já não ouço esta música há muito tempo. Mas sei que não houve vez que não me fizesse chorar!...]

"Will You Be There"

Hold Me
Like The River Jordan
And I Will Then Say To Thee
You Are My Friend

Carry Me
Like You Are My Brother
Love Me Like A Mother
Will You Be There?

Weary
Tell Me Will You Hold Me
When Wrong, Will You Skold Me
When Lost Will You Find Me?

But They Told Me
A Man Should Be Faithful
And Walk When Not Able
And Fight Till The End
But I'm Only Human

Everyone's Taking Control Of Me
Seems That The World's
Got A Role For Me
I'm So Confused
Will You Show To Me
You'll Be There For Me
And Care Enough To Bear Me

(Hold Me)
(Lay Your Head Lowly)
(Softly Then Boldly)
(Carry Me There)

(Lead Me)
(Love Me And Feed Me)
(Kiss Me And Free Me)
(I Will Feel Blessed)

(Carry)
(Carry Me Boldly)
(Lift Me Up Slowly)
(Carry Me There)

(Save Me)
(Heal Me And Bathe Me)
(Softly You Say To Me)
(I Will Be There)

(Lift Me)
(Lift Me Up Slowly)
(Carry Me Boldly)
(Show Me You Care)

(Hold Me)
(Lay Your Head Lowly)
(Softly Then Boldly)
(Carry Me There)

(Need Me)
(Love Me And Feed Me)
(Kiss Me And Free Me)
(I Will Feel Blessed)

[Spoken]
In Our Darkest Hour
In My Deepest Despair
Will You Still Care?
Will You Be There?
In My Trials
And My Tripulations
Through Our Doubts
And Frustrations
In My Violence
In My Turbulence
Through My Fear
And My Confessions
In My Anguish And My Pain
Through My Joy And My Sorrow
In The Promise Of Another Tomorrow
I'll Never Let You Part
For You're Always In My Heart.

quinta-feira, junho 25, 2009

Não há coincidênciais...ou será que há?

Coincidências. Há quem acredite, há quem não acredite. Mas afinal, o que é uma coincidência?

O prefixo "co" da palavra coincidência significa "junto" e incidência é sinónimo de acontecimento. Uma boa definição de coincidência pode ser:
"Repetição de dois ou mais eventos num contexto onde há múltiplas possibilidades".

É uma questão acerca da qual reflicto vezes sem conta. Se acredito ou não? São mais as vezes em que não acredito do que aquelas em que acredito. No fundo, acho que tudo tem uma explicação, uma razão de ser, um sustento. Mas para não entrar em grandes paranóias, deixo a complexa questão para os grandes pensadores, filósofos, estudiosos e cientistas...que provavelmente nunca encontrarão a tal verdade absoluta a que todos aspiram.

Isto porque quem mergulha demasiado na procura desta resposta corre o risco de se afogar... de acabar por entre aqueles que habitam sítios como o Magalhães Lemos e afins. Se os loucos são génios? Talvez muitos sejam. Se vêem mais para além do comum dos mortais? Sem dúvida... No entanto, prefiro continuar a fazer parte integrante dos "ignorantes mentalmente saudáveis" e só ir pensando nisto "de vez em quando". Chega-me assim.

"As coincidências não existem por muito que nos digam o contrário.

Poderemos ficar chocados, pasmados, perplexos com os acontecimentos e como as coisas se encaixam, mas tudo são nada mais nada menos que consequências dos nossos actos e pensamentos, que se manifestam naqueles que nos estão mais próximos.

Os amigos de verdade dão-nos estalos de lucidez, que nos acordam para a realidade das coisas mais lógicas e mais básicas que existem.

As coincidências não existem, são o conjunto de situações que a nossa vida cria e desenvolve e que provoca reacção, positiva ou negativa, junto daqueles que nos estão próximos.

Quando somos alertados, significa que deveremos ter cuidado com as nossas atitudes presentes e que estas poderão estar a provocar preocupação naqueles que nos são mais próximos.

A vida tem destas maravilhas transcendentais, que não sabemos explicar porque acontecem e como acontecem. Porém são maravilhas e que felizmente existem para nos fazer ganhar lucidez, coragem, força e determinação para uma vida que em muito se encontra perdida e sem pontos de referência.

Os amigos caminham no nosso transcendente, que acaba por ser o nosso mundo real e manifestam de forma simples o seu pensamento e o seu alerta.

Quiçá as coincidências sejam uma manifestação divina, de um mundo superior, ao qual não temos qualquer capacidade de enxergar, não temos capacidade ou por falta de vontade (?).

O que é certo é que se manifestam no momento em que estamos no nosso silêncio e no momento em que não acreditamos que possam acontecer. No momento em que as esperanças já não existem e que os problemas deixam de ter qualquer solução.

Coincidências, coincidências, coincidências. Dizem que o mundo está cheio delas, mas será (?) se elas não existem.

Caberá a cada um de nós fazer a sua reflexão e tirar as elações possíveis. Caberá a cada um de nós dar o entendimento devido e fazer uso se realmente contribuir para a melhoria da nossa vida, do nosso estado de espírito e do nosso ser como pessoa.

Poderei ter um discurso transcendental e crente demais, é certo, mas o Homem tem a tendência de viver nessa dimensão ou ilusão, chamem-lhe o que quiserem. Mas que vale a pena viver vale. Que vale a pena pensar sobre isso, também.

Às vezes, somos um pouco cotas na forma como pensamos e como agimos, queremos complicar o que é tão simples e depois surgem estas coisas ás quais chamam coincidências."

Por Manuel de Sousa

terça-feira, junho 23, 2009

This is for the way you keep me smiling!

L is for the way you look at me
O is for the only one I see
V is very, very extraordinary
E is even more than anyone that you adore can

Love is all that I can give to you
Love is more than just a game for two
Two in love can make it
Take my heart and please dont break it
Love was made for me and you



L is for the way you look at me
O is for the only one I see
V is very, very extraordinary
E is even more than anyone that you adore can

Love is all that I can give to you
Love is more than just a game for two
Two in love can make it
Take my heart and please dont break it
Love was made for me and you
Love was made for me and you
Love was made for me and you

terça-feira, junho 16, 2009

Uma rosa à chegada, um luar numa partida sem adeus.
Um sorriso rasgado, um olhar compenetrado, num jeito sem jeito, para te dizer que sim sem pensar!
Perigosos sem perigo, são os sonhadores que sonham acordados, pois de tanto acreditarem ser possível, acabam por tornar os sonhos realidade.
E o passar do tempo tem-me mostrado que sim, que vale a pena sonhar, seja dia ou seja noite...que vale a pena acreditar na nossa força e nas nossas crenças, por mais absurdas que por vezes possam parecer...que realmente "tudo vale a pena quando a alma não é pequena"!
A flor da paixão, a lua que me apaixona, as palavras que me envolvem...
Com os olhos bem abertos, numa luz que não ofusca nem quero apagar, deixo os meus sonhos prosseguirem, encerrando neles a magia e a ilusão de quem vive na esperança...

"Gosto de ti todos os dias".

terça-feira, junho 09, 2009

Good Vibes

Numa das músicas de Rui Veloso pode ouvir-se: "já não há canções de amor por não haver quem acredite".
Felizmente, creio que ele se enganou. E tristes aqueles que deixaram de acreditar!

["Porque é que eu gosto tanto de ti?" "Porque sim!" And I keep smiling...]

sábado, junho 06, 2009

Há perguntas sem resposta. Não me perguntes.

"Silêncio é… ausência."
Ausência é e será… esquecimento.

"Cada um é como sabe ser."
Uns dão a transparecer a alma, em troca outros dão a conhecer o que lhes convém.

"Derrubaste."
Eu tive de derrubar... para me salvar!

Apesar do desagradável espanto …
"Os sorrisos ficaram gravados em mim, na minha memória e no meu coração."

“O resto virá a seu tempo.”
E realmente veio.

A letra de uma canção. Uma espécie de ode ao rompimento.
O despedaçar de uma alma provocado pelo desaparecimento de alguém de quem se gosta mas que se teve de deixar partir, por não sermos mais capazes de “salvar” seja o que for.
No final, a opção de nos “salvarmos” a nós próprios e caminharmos noutra direcção. Oposta à desse alguém que se perdeu.

O verso começado com "Did I ask for too much..." resume na perfeição um sentimento em “carne viva”, que parece às vezes ainda provocar um vento que nos derruba…

"And I can't be holding on
To what you got
When all you got is hurt
"

As últimas palavras que lhe disse. Em silêncio.

"Is it getting better?
Or do you feel the same?
Will it make it easier on you now?
You got someone to blame
You say
One love
One life
When it's one need
In the night
One love
We get to share it
Leaves you baby if you
Don't care for it

Did I disappoint you?
Or leave a bad taste in your mouth?
You act like you never had love
And you want me to go without


Well it's
Too late
Tonight
To drag the past out into the light
We're one, but we're not the same
We get to
carry each other
carry each other
One

Have you come here for forgiveness?
Have you come to raise the dead?
Have you come here to play Jesus?
To the lepers in your head

Did I ask too much?
More than a lot.
You gave me nothing,
Now it's all I got


We're one
But we're not the same
See we
Hurt each other
Then we do it again

You say
Love is a temple
Love a higher law
Love is a temple
Love is a higher law


You ask me to enter
But then you make me crawl
And I can't keep holding on
To what you got
When all you've got is hurt

One love
One blood
One life
You got to do what you should

One life
With each other
Sisters and my
Brothers
One life
But we're not the same
We get to
Carry each other
Carry each other

One...
One..."

quinta-feira, junho 04, 2009

O remorso que não encontro, o milagre que não procuro

"Queimei os pequenos romances
da colecção coração de ouro
só restava o nosso
sabias que não seria duradouro

Rodeei-me dos teus objectos favoritos
agora já não me sinto tão culpada
organizei o remorso
não encontrei absolutamente nada

Um dia é provável que te volte a amar
mas espero que nesse dia
seja tarde demais"
A Naifa - Pequenos Romances

[Os milagres acontecem a horas incertas. Basta acreditar que haverá esse dia só nosso. No entretanto ir vivendo sem anseios ou procuras... Sorrir porque sorrimos, sorrir porque nos sorriem, sorrir por fazermos sorrir!]

segunda-feira, junho 01, 2009

Não quero mais esse negócio...


"Vai minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer

Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim
Não sai de mim
Não sai

Mas, se ela voltar
Se ela voltar que coisa linda!
Que coisa louca!
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos
Que eu darei na sua boca

Dentro dos meus braços, os abraços
Hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim,
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim

Que é pra acabar com esse negócio
De você viver sem mim
Não quero mais esse negócio
De você longe de mim
Vamos deixar esse negócio
De você viver sem mim"

Vinicius de Moraes

Já me diz a minha avó há muito tempo: não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe!

Com a fúria, o vento apagou aquelas pegadas que teimavam em tornar-se profundas - onde já só se vê e sente a areia escura e fria - soprando-as para outra praia, bem longe de mim.
Quando acalmou, permitiu que outros passos mais leves e delicados pisassem este areal onde me deito. E agora vai soprando assim: terno e brando...
"Chega de saudade!"

sexta-feira, maio 29, 2009

Não me apetece pensar muito nisto.

O sol brilha, os dias são agora longos e a mim só me apetece respirar estes momentos, sem conjecturas...aproveitar todos as oportunidades, todas as palavras, todas as partilhas, toda a magia que a natureza proporciona, enfim...

Viver o tal dia após dia e desfrutar cada pedacinho deste sorriso que trago no rosto, sentir este cheiro delicioso que me impregnou a pele e absorver o prazer que as manhãs me têm feito chegar através de uma alegre sonoridade.

Deixa estar assim. Por muito tempo. Pelo menos mais um pouco. Estou bem!

terça-feira, maio 26, 2009

Vendedor de Sonhos

"Sou apenas um caminhante
Que perdeu o medo de se perder.
Estou certo de que sou imperfeito,
Podem chamar-me louco,
Podem gozar das minhas ideias,
Não importa!
O que importa é que sou um caminhante,
Que vende sonhos aos transeuntes.
Não tenho bússola nem agenda,
Não tenho nada, mas tenho tudo.
Sou apenas um caminhante
Á procura de mim mesmo."

O meu "até já" sem data marcada resistiu uma semana. Este meu descontrolo literário deve ser pior do que a menopausa. E digo "deve ser" porque ainda não passei por ela para o afirmar com convicção.
Um desopilar de um dia de trabalho, com vista para o pôr do sol, e umas gargalhadas preenchidas pela aragem fresca junto ao mar, trouxeram-me o motivo da "ressaca".
Quis e quero enterrar, mas a terra que lhe serve de cobertura ainda é fresca. Precisa de morrer também!...
Apesar de tudo, o meu sorriso tem sido mais forte do que o luto que faço deste vendedor de falsos sonhos...

quarta-feira, maio 20, 2009

Não há soluções, há caminhos!


"Enquanto não aceitarmos que a vida é difícil, e isso não é mau, não só não arranjamos estratégias e calma para vencer as dificuldades, como as aumentamos e arranjamos uma dificuldade maior. O que torna a vida ainda mais difícil do que é na realidade é pensar que ela devia ser fácil ou que alguém tem direito à facilidade. Mas a vida sem luta não é vida!"

Vou dar espaço às palavras para que possam respirar deste espaço onde as prendo.
Vou dar espaço a mim mesma para respirar esta liberdade que possuo.

Dou a força que já não tenho e, depois de bem sugada, puxam o tapete onde me encontro para me matarem.

Um até já...
(até já quando?)
...talvez um até sempre,
talvez um volto já.

Não, não me vou perder. Ao contrário de muitos, sei que há caminho!
Só para a morte ainda não há solução.

"Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde

Não sei do que é qu eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão

Vou continuar a procurar
A quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só
Quero quem, quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci

Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder

Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar

Vou continuar a procurar
A minha forma
O meu lugar
Porque até aqui eu só
Estou bem aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou"

Já dizia o Variações...

terça-feira, maio 19, 2009

ONE LIFE, you got to do what you should!

"Deste modo ou daquele modo.
Conforme calha ou não calha.
Podendo às vezes dizer o que penso,
E outras vezes dizendo-o mal e com misturas,
Vou escrevendo os meus versos sem querer,
Como se escrever não fosse uma cousa feita de gestos,
Como se escrever fosse uma cousa que me acontecesse
Como dar-me o sol de fora.
Procuro dizer o que sinto
Sem pensar em que o sinto.
Procuro encostar as palavras à idéia
E não precisar dum corredor
Do pensamento para as palavras

Nem sempre consigo sentir o que sei que devo sentir.
O meu pensamento só muito devagar atravessa o rio a nado
Porque lhe pesa o fato que os homens o fizeram usar.

Procuro despir-me do que aprendi,
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras
,
Desembrulhar-me e ser eu, não Alberto Caeiro,
Mas um animal humano que a Natureza produziu.

E assim escrevo, querendo sentir a Natureza, nem sequer como um homem,
Mas como quem sente a Natureza, e mais nada.
E assim escrevo, ora bem ora mal,
Ora acertando com o que quero dizer ora errando,
Caindo aqui, levantando-me acolá,
Mas indo sempre no meu caminho como um cego teimoso.

Ainda assim, sou alguém.
Sou o Descobridor da Natureza.
Sou o Argonauta das sensações verdadeiras.
Trago ao Universo um novo Universo
Porque trago ao Universo ele-próprio.

Isto sinto e isto escrevo
Perfeitamente sabedor e sem que não veja
Que são cinco horas do amanhecer
E que o sol, que ainda não mostrou a cabeça
Por cima do muro do horizonte,
Ainda assim já se lhe vêem as pontas dos dedos
Agarrando o cimo do muro
Do horizonte cheio de montes baixos."

Alberto Caeiro

Há muitos momentos em que páro para pensar. Reflectir. Nos gestos. Nas palavras. Nas situações. No que fiz ou não fiz. No que disse ou não disse. E às vezes acontece-me obter a resposta certa: para quê perder tempo a pensar na vida, do que poderia ou não ter sido, do que é ou não é, do que poderá vir a ser ou não, se ao pensarmos estamos a perder vida?
As pessoas ainda não perceberam (e ao escrever "pessoas" auto incluo-me) que a vida é um mistério, difícil ou impossível de desvendar. Só temos que saber aceitar.
Não há verdades absolutas, não há como apagar um passado ou ter a certeza de um futuro. O importante é mesmo viver o presente. É senti-lo. É respirá-lo. É registá-lo. É...Carpe Diem!
O caminho não é em linha recta, o terreno não é plano e o GPS só funciona para os carros, portanto é encarar a realidade dos factos e seguir em frente, de sorriso no rosto, muitos sonhos na cabeça e muito amor no coração.
Quem não quer, paciência. Quem não aceita, azar. Derrotados são aqueles que não sabem sonhar. São aqueles que em vez de desfrutarem os prazeres da vida, do mundo, da natureza e de tudo aquilo que foi criado para sentirmos, vermos, cheirarmos, tocarmos e ouvirmos, preferem ser mecânicos, cépticos, frios e tudo o mais que possa derivar destas palavras. São pessoas tristes, essa é que é essa.
Acho que acordei novamente. Sim, de vez em quando acontece-me ficar "sedada". Quem nunca ficou?
Foi numa bela manhã que percebi...para quê? Para quê investir e perder a minha energia no que não vale a pena? No que não retribui? No que não me quer bem? No que faz de mim um ser invisível sem sequer ter remorços?
A verdade, é que sou mais do que isso. Mereço bem mais. Quero ainda mais! A vida é curta, o mundo é grande e por descobrir ainda há muito!

“Não deixe de acreditar no amor, mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá, manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam, e certifique-se de que quando estão juntos aquele abraço vale mais que qualquer palavra…”

In “Não deixe de acreditar no amor” de Luís Fernando Veríssimo

Sobretudo, não deixar de acreditar na vida!

sábado, maio 16, 2009

I don't care what happens anymore!

...
I embrace you with a melody so sweet you'll melt
And a beat so hard you'll go numb,
I'll do anything to make you go mad.

How 'bout it.

I'll take you along
To worlds never seen by anyone before.
...

I don't care what happens anymore
So let's just love each other tonight.

Selfish love
Love me, cause I love you
This is my way of love.

Cheers to this egoistic night.

I don't really need forever
So just be by my side tonight.

Selfish love
Love me, cause I love you
This is my way of love.

I will for me, you will for you*
And I'll be me, and you'll be you.

Cheers to egoistic us!

quinta-feira, maio 14, 2009

O fim de semana é teu...AGARRA-O!

Mais um grande anúncio da Super Bock... Não considero a música tão impactante como a anterior mas o cenário escolhido continua a ser perfeito: a linda e mágica cidade do Porto!

Perfect moments, perfect memories, perfect spots*

[e eu ainda por Lisboa...completamente ezaurida...tirem-me daqui!]

segunda-feira, maio 11, 2009

Um dia após o outro

Alguém "ameaçou" abolir o meu blog...
Pois bem, não só mas também por influência desse comentário [de alguém amigo com uma assiduidade que desconhecia] escrevo aqui hoje algo um pouco diferente. Algo curto e duro. A expressão verdadeiramente popular...

CAGUEI E ANDEI!

Agora?

Quero viver...e nunca ser cruel.
Quero voar...e nunca aterrar.
Quero viver a minha vida...e ter os amigos por perto.

Quero viver...e ser sempre verdadeira.

A minha alma não precisa de ser salva.
E sim, eu peco todos dias.

Nunca mudamos, pois não?
Nunca aprendemos, pois não?

Por isso eu quero viver na minha "cabana".
Quero viver onde os amigos são fáceis de encontrar.
Viver onde o sol se põe!...

FAMÍLIA e AMIGOS.
Verdadeiros.
O mais importante.
O mais precioso.
O que se deve preservar.
Os que realmente nos amam.
Os que nos querem bem.
Muita coisa vem, muita coisa vai.
Estes ficam sempre.
O resto...é apenas isso: o "resto".
Pedaços de nada.
Pedaços que hoje deito fora e amanhã já esqueci.
Pedaços sem valor.
Pedaços sem sentido.
Temos pena.

Ontem sorri. Hoje sorri. Amanhã continuarei a sorrir.

Vivo o presente...sem passado nem futuro!

Posto isto, brindo à família. Brindo aos amigos.
"A nós, a quem gosta de nós e o resto...que se FODA!"

Diferente não?

sábado, maio 09, 2009

As voltas que a vida dá

No dia 25 de Dezembro, por volta das 6h da tarde, pedi-te uma luz que me guiasse em direcção ao caminho certo. Sentia-me dividida entre o emocionalmente correcto e o racionalmente lógico. A verdade é que bastaram uns poucos dias para a encontrar.

No dia 2 de Maio voltei a falar contigo, eram umas 8h da manhã. Pedi-te o contrário do que tinha pedido há uns 5 meses atrás. Que apagasses a tal luz que na altura eu precisava desesperadamente de descobrir. Estava-me a ferir "os olhos do coração". Coincidentemente ou não, a verdade é que ela está a ficar fraquinha, fraquinha, fraquinha...está quase a fundir como as lâmpadas que compramos para os candeeiros que nos iluminam a casa à noite. Acabará por se extinguir.

Nunca pensei mas a verdade é que me tens feito bem. Quanto mais não seja por simplesmente poder falar livremente sem me interromperes ou julgares... Obrigada. Estou a sentir-me livre novamente. Estou outra vez a conseguir sorrir por estar a viver o momento e não apenas porque fica socialmente bem e bonito fazê-lo.

Continuo a ter pena que algumas pessoas vivam em função de um futuro que a ninguém pertence, agarradas a um passado que apenas nele devia ficar, acabando por se esquecerem do mais importante para serem verdadeiramente felizes: viver o presente.

Podias ter filmado o nosso sorriso em vez de o fotografares!...

quarta-feira, maio 06, 2009

Há um tempo para tudo.E contra factos, não há argumentos!

"Estou que nem posso… Já não tenho idade para ir à queima à semana. Acho que a meio da noite me esqueci que já sou grande e que hoje é dia de trabalho e perdi a conta aos shots malucos que bebi.
Estou sempre a dizer que sou miúda, que ainda sou uma criança, mas a verdade é que me senti bastante grande junto das pessoas com vinte e poucos anos com quem falei. Já nem coragem de cravar bebidas como se a minha vida dependesse desse feito, tenho. Ou de pedir shots e quando eles são servidos, baixar-me e desatar a correr para trás da barraca, como nos bons velhos tempos.
Estou velha, é o que é. Apetece-me dizer a todas as pessoas que por lá andam “aproveita como se não houvesse amanhã porque esses são os melhores tempos da tua vida e passam tão depressa…”. Ou seja, aqueles discursos muita chatos que os cotas me diziam na minha altura e que não entendia.
É verdade, a faculdade é o melhor tempo da vida de qualquer um… É com nostalgia que vejo aqueles olhares sem preocupações, como se nada tivesse consequências, nem motivo aparente para existir. Os namoricos, os exames, as chatices com as amigas, os copianços, as noites académicas em bares que não lembra a ninguém, os flirts, os profs, os sonhos, a semanada, o bar da faculdade, as jantaradas nas tascas manhosas,… Que saudades da única preocupação ser a de inventar alguma aldrabice aos cotas para justificar alguma cadeira ou ano perdido.
Aqui, que ninguém me ouve, se fosse hoje acho que tinha perdido muitos e muitos anos e aproveitado ainda mais. Mais tempo. Mal se põe um pé fora da faculdade, com o canudo, ainda as últimas férias grandes estão a terminar e já os papás nos olham com outro olhar. O olhar das obrigações, das responsabilidades, do “bem-vindo ao mundo dos grandes”. Devia ter feito como muitos e dizer “afinal não era aquela a minha vocação, acho que me vou inscrever em filosofia” e continuar naquele mundo livre e boémio. É que, ou se faz isso logo de seguida, sem lhes dar tempo para pensar e nos dar aquelas boas-vindas, ou já não há escapatória possível. Agora, mesmo que quisesse não conseguia “abdicar” das responsabilidades e obrigações e voltar a estudar sem trabalhar. Infelizmente. Que raiva. Como disse uma vez uma pessoa que conheci e que já nem do nome me lembro, esses “são uns enganadores”. E quem me dera ser uma enganadora! Ser condecorada dux da faculdade, perder anos a fio na tuna e na comissão de praxe e o único horário a cumprir ser o do encontro no bar para matar uns finos, à tarde."

Tal como tu, minha querida amiga, partilho o mesmo sentimento. E daí ter feito um copy paste de empréstimo das tuas palavras.
A passagem desta semana cria sempre aquela nostalgia devastadora, como se esse nosso tempo tivesse sido já noutra vida. Também me começo a sentir velha...não pelo espírito, pelas vontades, pelas atitudes. Mas pelas dores nas pernas, nos pés, na cabeça e até por esta conjuntivite, que quase parece ter surgido para me dizer "Pensas que ainda tens idade para estas coisas? Tem juízo!"
Acho que até os shots me caem de outra forma no fígado...já não são bem para brindar à amizade, às asneiras "saudáveis", ao final de mais um ano lectivo, às festas, à boa vida, mas sim para conseguir olhar à minha volta e sentir que ainda consigo pertencer àquele mundo. Assim pelo menos salto. Canto. Danço. Sozinha ou com quem não conheço de parte nenhuma. Tiro fotos parvas. Sou capaz de reconhecer uma ou duas caras familiares que me dão umas borlas. E até sou ainda capaz de cair..."de tanto rir"...após dar uma cabeçada, no sentido literal da palavra.
Vivi muito. Aproveitei ao máximo. Ou não. Lá está, é o desejo de querer sempre mais. Mais daquilo que não nos incute o peso insuportável das responsabilidades de ser adulto. Aquilo que já somos e teimamos em não querer ser. Ou mostrar.
Mais do que a queima, sinto ainda mais a falta do cortejo. A esse não posso ir. Nunca mais. A sensação de passar a tribuna. Essa não voltarei a sentir. Nunca mais. A sensação de ser caloira. Essa só se tem uma vez na vida, tal como o sentimento de ser finalista. O traje. Odiava os sapatos, as meias que passava a vida a romper e a capa que pesava e fazia um calor sufocante nos dias mais quentes. Mas foi um orgulho. E a rodear tudo isto, os amigos. Aqueles que nos marcaram pelo convívio e partilha de momentos. Dessa "maralha", costumávamos nós dizer em linguagem académica, uns casaram, outros vivem longe e voltaram para casa, outros foram forçados a "desertar". Para poderem trabalhar!
É...como dizem os "cotas"...é a vida! Tudo tem o seu tempo. Mas apesar de tudo, ainda temos mais um fim de semana e o dia a seguir para descansar o corpo...aquele que paga quando a cabeça não tem juízo. Bora queimar os últimos cartuchos?



[Desta vez não estive lá...vejo o vídeo e arrepio-me. Com as lágirmas nos olhos, sorrio. Já tive o privilégio de lá estar e viver tudo o que estas pessoas estão a viver! BIBA O QUIM!]

segunda-feira, maio 04, 2009

"Estás aqui para ser feliz!"

Uma das melhores publicidades dos últimos tempos.

quinta-feira, abril 30, 2009

Momentos

- "O problema de hoje em dia, é que vivemos num mundo onde reina o analfabetismo sentimental. As pessoas sabem o que não querem mas não sabem o que querem.
Antigamente existiam mais regras e, por consequência, um caminho mais definido a seguir. Agora as opções de escolha são muito maiores e toda a gente se perde... Souberam abrir as portas à liberdade mas não souberam ensinar ninguém a lidar com ela nem a discipliná-la... E essa aprendizagem é tão longa e difícil que quando as pessoas olham para trás, para todo o percurso que tiveram de trilhar, apercebem-se que perderam demasiado tempo, demasiada vida e demasiadas oportunidades de serem felizes!"

- "Isso é mesmo lindo! E não me é nada estranho... Onde leste?"

- "Na minha cabeça!..."

Sim, eu penso. Sim, eu tenho inteligência. Não, não sou nem quero ser uma qualquer para ninguém, para o mundo e, principalmente, por mim própria...

quarta-feira, abril 29, 2009

É-cum-a-dor

Não sou uma seguidora assídua da série "Equador". Uma adaptação televisiva da obra de Miguel Sousa Tavares que não li.

Calhou assistir ao último episódio e, como acontece muitas vezes, em filmes, teatros, telenovelas, debates ou afins, há sempre uma ou outra frase que absorvo e anoto no meu bloco de palavras soltas.

Ela, desanimada, disse-lhe em tom de desabafo que aquela terra - S. Tomé e Príncipe - era tristeza. Perdeu o amor da vida dela e agora vive apaixonada pelo irmão. O próprio com quem acaba de desabafar. Ele respondeu-lhe qualquer coisa como "Equador...é com a dor..."

Nesse momento, "despertei". Valia a pena registar e tentar saber um pouco mais acerca de onde vinha aquela afirmação.

«equador: linha que divide a terra em hemisfério norte e sul. Linha simbólica de demarcação, de fronteira entre dois mundos. Possível contracção da expressão é com dor" ("é-cum-a-dor", em português antigo)

Estas palavras ecoam na minha cabeça. Será realmente com a dor que vivemos quando estamos apaixonados? Será esta uma regra sem excepção?

Acabei por descobrir outras frases interessantes da obra de Sousa Tavares que, muito provavelmente, terei de ler:

«Depois de as coisas acontecerem, é quase irresistível reflectir sobre o que teria sido a vida, se se tem feito diferente.»

«Não se encontra só o que se encontra, mas também o que se procura. Nós não somos folhas levadas pelo vento, não somos animais à deriva. Somos seres humanos, com uma vontade própria.»

«Não esperes nunca de mim que eu seja fiel a qualidades que não tenho. O que podes é contar com as que tenho, porque nessas não te falharei nunca.»

Equador é a linha que separa o mundo em dois. É a linha que divide o que deveria ser um só todo, em duas partes. Neste momento, há um Equador na minha vida. Um coração demarcado por um Eu e um Tu que o separa em dois mundos que se procuram mas se perdem...

Não fosses tu o meu sonho de menina e mulher, eu não te amaria tanto!...

sábado, abril 25, 2009

Taí!

A rádio por vezes - se não a maioria delas - deixa muito a desejar. Mas de vez em quando lá descubro umas preciosidades. Ontem, num dos meus "zappings" desesperados em busca de uma música que me aconchegasse os ouvidos, apaixonei-me!

Rock, pop, reggae, bossa nova, blues, chill-out...não interessa o estilo ou a língua em que é cantada. Desde que nos faça dançar, recordar, cantarolar, libertar emoções, tristes, alegres ou de nostalgia... A música é uma arte mágica e esta já faz parte dos meus registos.

"Taí
Eu fiz tudo pra você gostar de mim
Ó, meu bem
Não faz assim comigo, não
Você tem
Você tem
Que me dar seu coração

Meu amor, não posso esquecer...
Se dá alegria, faz também sofrer
A miha vida foi sempre assim
Só chorando as mágoas que não tem fim

Essa história de gostar de alguém
Já é mania que as pessoas têm
Se me ajudasse Nosso Senhor
Eu não pensaria mais no amor"