quinta-feira, junho 25, 2009

Não há coincidênciais...ou será que há?

Coincidências. Há quem acredite, há quem não acredite. Mas afinal, o que é uma coincidência?

O prefixo "co" da palavra coincidência significa "junto" e incidência é sinónimo de acontecimento. Uma boa definição de coincidência pode ser:
"Repetição de dois ou mais eventos num contexto onde há múltiplas possibilidades".

É uma questão acerca da qual reflicto vezes sem conta. Se acredito ou não? São mais as vezes em que não acredito do que aquelas em que acredito. No fundo, acho que tudo tem uma explicação, uma razão de ser, um sustento. Mas para não entrar em grandes paranóias, deixo a complexa questão para os grandes pensadores, filósofos, estudiosos e cientistas...que provavelmente nunca encontrarão a tal verdade absoluta a que todos aspiram.

Isto porque quem mergulha demasiado na procura desta resposta corre o risco de se afogar... de acabar por entre aqueles que habitam sítios como o Magalhães Lemos e afins. Se os loucos são génios? Talvez muitos sejam. Se vêem mais para além do comum dos mortais? Sem dúvida... No entanto, prefiro continuar a fazer parte integrante dos "ignorantes mentalmente saudáveis" e só ir pensando nisto "de vez em quando". Chega-me assim.

"As coincidências não existem por muito que nos digam o contrário.

Poderemos ficar chocados, pasmados, perplexos com os acontecimentos e como as coisas se encaixam, mas tudo são nada mais nada menos que consequências dos nossos actos e pensamentos, que se manifestam naqueles que nos estão mais próximos.

Os amigos de verdade dão-nos estalos de lucidez, que nos acordam para a realidade das coisas mais lógicas e mais básicas que existem.

As coincidências não existem, são o conjunto de situações que a nossa vida cria e desenvolve e que provoca reacção, positiva ou negativa, junto daqueles que nos estão próximos.

Quando somos alertados, significa que deveremos ter cuidado com as nossas atitudes presentes e que estas poderão estar a provocar preocupação naqueles que nos são mais próximos.

A vida tem destas maravilhas transcendentais, que não sabemos explicar porque acontecem e como acontecem. Porém são maravilhas e que felizmente existem para nos fazer ganhar lucidez, coragem, força e determinação para uma vida que em muito se encontra perdida e sem pontos de referência.

Os amigos caminham no nosso transcendente, que acaba por ser o nosso mundo real e manifestam de forma simples o seu pensamento e o seu alerta.

Quiçá as coincidências sejam uma manifestação divina, de um mundo superior, ao qual não temos qualquer capacidade de enxergar, não temos capacidade ou por falta de vontade (?).

O que é certo é que se manifestam no momento em que estamos no nosso silêncio e no momento em que não acreditamos que possam acontecer. No momento em que as esperanças já não existem e que os problemas deixam de ter qualquer solução.

Coincidências, coincidências, coincidências. Dizem que o mundo está cheio delas, mas será (?) se elas não existem.

Caberá a cada um de nós fazer a sua reflexão e tirar as elações possíveis. Caberá a cada um de nós dar o entendimento devido e fazer uso se realmente contribuir para a melhoria da nossa vida, do nosso estado de espírito e do nosso ser como pessoa.

Poderei ter um discurso transcendental e crente demais, é certo, mas o Homem tem a tendência de viver nessa dimensão ou ilusão, chamem-lhe o que quiserem. Mas que vale a pena viver vale. Que vale a pena pensar sobre isso, também.

Às vezes, somos um pouco cotas na forma como pensamos e como agimos, queremos complicar o que é tão simples e depois surgem estas coisas ás quais chamam coincidências."

Por Manuel de Sousa