quarta-feira, julho 30, 2008

O fim do amor

O que fica quando acaba o amor
Por Margarida Rebelo Pinto

"Devia existir um manual de instruções para acabar relações. A verdade é que sabemos sempre começá-las, agarramo-nos aos inícios com a sabedoria dos mágicos, operámos transformações milagrosas em nós próprios e no objecto do nosso amor, de repente tudo nos é fácil e grato, sentimo-nos com asas como albatrozes, nas nossas costas cresce uma capa encarnada e carregamos no peito o símbolo do Super Homem, tudo é óbvio e santo visto assim, "o mundo não é um mundo é um jardim", como diz Florbela Espanca.
Não há nada melhor do que começar uma relação. O novo é irresistível. Descobrem-se coincidências que vão desde o mesmo nome dado ao irmão imaginário até à mesma colecção de cromos. É a primeira vez outra vez em tudo. Descobrimos o outro em nós e nós no outro. Descobrimos que afinal gostamos de futebol e sabemos cozinhar e até uma visita ao Mosteiro de Alcobaça para ver o túmulo de Pedro e Inês de Castro é muito romântico, porque foram criaturas que morreram de amor.
No inicio de todos os inícios sentimo-nos tão estupidamente felizes que seríamos capazes de morrer a seguir, porque achamos que atingimos o ponto máximo possível da felicidade.
O pior vem a seguir. Como dizia o Picasso "bom mesmo é o início porque a seguir começa logo o fim". E quando o fim chega já é tarde demais para voltar atrás. É sempre tarde demais, porque isto do amor é mesmo uma coisa complicada, começa-se do nada, vive-se na ilusão que se tem tudo, mas o que fica quando o amor acaba é um nada ainda maior. E o pior, o pior é que na primeira oportunidade repetem-se os mesmos erros à espera de resultados diferentes, o que é um boa definição de demência. E quem se considere imune a tais disparates e nunca tenha passado por estas avarias sentimentais, que atire a primeira pedra.
O Miguel Sousa Tavares escreveu "primeiro parece fácil, é o coração que arrasta a cabeça, a vontade de ser feliz que cala as dúvidas e os medos. Mas depois é a cabeça que trava o coração, as pequenas coisas que parecem derrotar as grandes, um sufoco inexplicável que aparece onde antes estava a intimidade." E pronto, já está tudo estragado. Acaba-se a festa, o delírio, o fogo de artifício, o sabor da novidade e onde vamos parar? Ao vazio. Ao abismo. Ao grande buraco negro dessa coisa horrível e inevitável que se chama depois, depois de se apagar a chama. É esta a condição humana, doa a quem doer.
Ou então, a ironia da vida separa os amantes para sempre e o fim do amor é o início do mito do amor eterno. Pedro e Inês foram sepultados de frente um para o outro, para que se pudessem ver, caso regressassem ao mundo. Romeu e Julieta nunca mais se separaram no imaginário Ocidental. Dante viveu para sempre ao lado de Beatriz, a Penélope recuperou o seu guerreiro depois de 20 anos de espera.
O amor, esse mistério que antecede a vida e sobrevive à morte, reina como um tirano por cima de todas as coisas, mas poucos são os que o conseguem agarrar. É mais difícil de alcançar do que o Olimpo, porque não está nem no céu nem na terra, paira como uma substância invisível, mais leve que o ar, mais profundo que toda a água dos oceanos.Talvez seja apenas uma invenção dos homens para fugir à morte. Ou talvez tenha outro nome na bioquímica. Mas não podemos viver sem ele e quando o perdemos achamos que nunca mais o vamos conseguir encontrar."

In Jornal de Noticias
Domingo, 13 de Março de 2005

E dia após dia, noite após noite, as lágrimas escorrem pelos meus olhos para um poço sem fim. Porque o amor não morreu mas a vida sim...

terça-feira, julho 22, 2008

Simplicidade, lembras-te?
Simples, sou simples.
Basta uma prova de que podemos ser felizes. Basta uma prova daquilo que dizes sentir por mim. Basta o soletrar da palavra desculpa... basta abraçares-me e levares-me contigo...para o resto das nossas vidas!

segunda-feira, julho 21, 2008

27 anos de vida.

Coração e alma perdidos.

Só eu sei...a força que preciso de ter...só eu sei.

quinta-feira, julho 17, 2008

"Carta" aos amigos


Tenho saudades vossas...
Umas saudades que me apertam o coração,
que me angustiam,
que me desamparam.
Recordo cada momento como se fosse ontem e,
acreditem,
hei de os guardar para sempre com a maior ternura.
Sinto falta da vossa companhia.
Sinto falta da vossa atenção.
Sinto falta de sentir aquela importância que vocês me davam e que me elevava a auto-estima;
que me elevava a auto-confiança perante a vida.
Sinto falta dos nossos longos dias bem passados,
das nossas noites de euforia,
das manhãs com olheiras provocadas pelas noites pouco dormidas.
Tenho saudades da energia inesgotável que me permitia viver como se não houvesse amanhã.
Mas, e sobretudo, sinto falta do vosso carinho.
Dos vossos abraços,
dos vossos beijos,
dos vossos mimos,
do vosso optimismo,
da vossa humildade,
das vossas palavras acertadas ditas na hora certa.
Sinto falta que olhem para mim e saibam o que sinto pelo simples interpretar do meu olhar.
Tenho saudades dos nossos jantares marcados sem motivo,
dos jantares marcados para festejar,
dos almoços preenchidos por gargalhadas,
das férias planeadas para o carnaval, para a páscoa, para o verão, para o natal...
Tenho saudades das reuniões que acabavam nos copos ou em casa,
de pantufas nos pés e massa a cozer no fogão...
Tenho saudades...de tudo o que aqui guardo e nunca esqueço.
Agora tenho-vos longe porque, um dia, os nossos caminhos se tornaram opostos.
Mas o sentimento cá continua, dentro do meu coração.
E mentia,
se dissesse que não queria que o tempo voltasse atrás.
A vida dá muitas voltas.
E muitas delas pouco ou nada desejadas.
Limito-me hoje a ser a amiga da amiga dos amigos.
Limito-me hoje a olhar para eles e a rever naquela maneira de estar, aquela que era a nossa maneira de estar.
Sinto-me longe...longe do mundo...longe de mim...

domingo, julho 06, 2008

Há dias em que pergunto...mas não obtenho resposta.
E o que me mais me assusta, é o crescer desses dias de perguntas sem resposta.

terça-feira, julho 01, 2008

A magia da boa publicidade

Arrepia. Encanta. Envolve. Transporta. Emociona. Toca. Lembra.
O melhor anúncio da Super bock que já alguma vez vi. Palavras para quê?...