quarta-feira, setembro 30, 2009

Objectiva e sucintamente

Trilho caminho rumo aos meus sonhos.

segunda-feira, setembro 21, 2009

Tesourinho enaltecedor


Tudo tem agora o som que me embala:
ontem graves alertas de vazio,
hoje audível felicidade!

De regresso às sensações
de paz, de ternura e de encanto,
com que me inspiraste e me prendeste,
e de outras tantas
que de tão bom jamais senti,
volta a felicidade ao percurso
das minhas veias e artérias.

Relaxo hoje na certeza de quem sou;
De que nos temos
e de que existimos.

Quão bom é
ter a certeza de que respiro...
inspiro e expiro...
suspiro...
e de que pelo milagre da vida
sorrio!

[por vezes as arrumações dão em descobertas de tesouros perdidos. Este, que aqui re-adaptei à minha actual realidade, valeu-me um beijo na testa por um professor/escritor]

"Façam o favor de ser felizes!"

terça-feira, setembro 15, 2009

Raiz sem alma, é triste

"Deixa, deixa, deixa, eu dizer o que penso desta vida, preciso demais desabafar..."

...

A minha busca é na batida perfeita
Sei que nem tudo tá certo mas com calma se ajeita
Por um mundo melhor eu mantenho minha fé
Menos desigualdade, menos tiro no pé

Andam dizendo que o bem vence o mal
Por aqui vou torcendo pra chegar no final

...

quarta-feira, setembro 09, 2009

A vida em ciclos

Há uns dias atrás lembrei-me de alguém me ter dito que a nossa vida é constituída por estádios de 7 anos. Fiquei então de fazer uma pesquisa sobre este assunto e hoje foi o dia de usufruir, mais uma vez, das maravilhas da internet e do já essencial motor de busca google.com...

"A vida tem ciclos de sete anos exactamente como a terra faz uma rotação no seu eixo em vinte e quatro horas. Ninguém sabe porque não são nem 25 nem 23 horas. Mas sim 24. Não há nenhuma forma de responder a isto. É simplesmente um facto.

Assim, a vida humana divide-se numa sucessão de períodos, cada um deles com uma duração aproximada de sete anos.
(...)
No quarto período de sete anos – dos 21 aos 28 anos de idade – processa-se um forte desenvolvimento da natureza emocional. Durante estes sete anos, o indivíduo adquire uma estabilidade e um senso mais profundo de responsabilidade; a natureza suaviza-se e manifesta-se um desenvolvimento gradual de faculdades superiores que jaziam dormentes, conhecidas como intuição, telepatia mental, psicometria inconsciente e outras capacidades psíquicas semelhantes. Tudo isto aliado a um despertar do gosto pela música, arte, idiomas e tudo o mais que possamos denominar de 'mais elevado' na vida. Durante este período, a ausência de qualquer manifestação do desenvolvimento destas faculdades indica um desenvolvimento abaixo do normal.
No período dos sete anos que se seguem - dos 28 anos aos 35 anos de idade - o poder criador da mente torna-se mais activo e a capacidade de visualizar, imaginar e criar desenvolve-se a par de uma harmonia sempre crescente com a consciência e com as normas éticas da vida. É durante este período que os grandes inventores têm conseguido os seus maiores progressos e o 'homem de negócios' tem desfrutado de mais energia e, consequentemente, alcançado os maiores sucessos.
(...)
Cada um dos outros períodos de sete anos contribui para o desenvolvimento espiritual e para o desgaste gradual do corpo físico.
(...)
A vida não termina com a morte. A vida não pára: é um acto contínuo de evolução."

Esta minha lembrança não foi por acaso assim como nada é por acaso.
Se há ciclos ou não...
Se são de 7 anos ou de 10...
A verdade é que eu sinto e senti as mudanças atribuídas a cada uma das fases descritas, pelo menos até à idade em que me encontro.

Hoje não sou propriamente uma Mulher diferente da que era há poucos anos atrás. Sou a Mulher que sempre esteve dentro de mim, a Mulher que o meu corpo sempre quis transmitir mas que a minha alma nunca permitiu demonstrar. Estou mais madura, claro. Mantive as minhas virtudes. Algumas posso até ter aperfeiçoado. Consolidei princípios e valores. Atenuei defeitos através das aprendizagens que a experiência de vida me foi dando. Em troca, se calhar também emergiram outros. Ou não. Talvez sejam apenas defesas que adquiri para a 'queda' não doer tanto sempre que me 'empurrarem' ou sempre que 'tropeçar nas pedras e lombas naturais de um caminho'. Basicamente sou Humana. Sou um Ser Humano...com letra maiúscula.

Acredito em energias superiores. Não acredito na Igreja. Acredito que o ‘sonho comanda a vida’. Não acredito em mentes unicamente racionais. Acredito na naturalidade dos comportamentos físicos e emocionais. Não acredito nas leis sociais. Acredito – por isto e por muito mais – que 'não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe', da mesma forma em que acredito que há um julgamento ‘divino’ para os actos que cada um tem em vida, perante si próprio e perante os outros que o rodeiam.

Hoje, sei relamente o que sou. Sei o que dei. Sei o que dou. Sei a quem dar, como dar e quando dar. Sei o que desejo. Sei o que quero. Aprendi a valorizar-me quando antes só sabia valorizar os outros e tudo o que fosse exterior a mim. Aprendi a gostar da pessoa que sou e me tornei porque percebi que não é possível gostar genuinamente de nada nem de ninguém enquanto não nos amarmos a nós próprios.

Um dos grandes males da humanidade é focar-se apenas naquilo que não quer, esquecendo-se que conseguimos sempre mais dos sonhos daquilo que queremos!

Hoje, penso no modo afirmativo e positivo. Hoje, sonho sem medo. Hoje, dou passos em frente sem receio. Hoje, estou ciente de que nem sempre é possível completar uma parte do 'puzzle' que é a vida mesmo quando duas peças parecem encaixar-se na perfeição. Hoje, sei que quero ser feliz, como toda a gente.

É desta forma que abro a porta para o ciclo dos próximos 7 anos que, segundo esta teoria, é o auge de todos os ciclos existentes na vida... E eu acredito.

"A alma dorme na pedra,
Sonha na Planta,
Move-se no animal e
Desperta no Homem".

segunda-feira, setembro 07, 2009

"Essa gaja outra vez?"

Será que vão denunciar o meu blog e censurá-lo à custa disto?? :P
Este filme é fantástico e aproveitarem-no para fazer esta montagem foi genial.
Sátiras à parte, os políticos deste país são todos iguais: uns mais, outros menos, mas todos execráveis!

quinta-feira, setembro 03, 2009

...e viveram longe para sempre

"- 'Anda ter comigo...'
- 'Agora? Acabei de acordar. Estou de pijama, cara deslavada, cabelo desgrenhado...'
- 'E depois? Eu também.'
- 'Tenho que ir tomar um banho, vestir qualquer coisa...'
- 'Para quê? Anda ter comigo, não precisas de perder tempo com nada. Vem como estás.'

Por instantes pensou que ele só podia estar louco. Ou estaria a falar a sério? Ela gostava mesmo dele. Amava-o. Mas 'não dá, não dá...' Aquilo não era de todo boa ideia, não era de todo racional. Depois desse breve instante hesitou. Amava-o...queria-o ter por perto, mesmo não sendo da forma que queria. Podia ir... Podia ir e resistir a eventuais tentações. Estar apenas junto dele. Olhá-lo. Sentir-lhe o cheiro. Ouvir a sua voz. Perder-se nas conversas que consumiam sempre o tempo, transformando-lhe as horas em segundos. Sim, a ideia não era assim tão descabida... Ir ter com ele não iria mudar nada, apesar de desejar o contrário. Afinal a vida não são dois dias e um é para viver?

- 'Está bem. Uns minutos e estou aí.'
- 'Ok. Estou à tua espera. Até já.'

Desligou. 'Mas será que enlouqueci? Eu não posso estar bem.' Trocou os chinelos por umas havaianas. Lavou os dentes, escovou o cabelo, vestiu um casaco para esconder o pijama que trazia no corpo e saiu. 'Isto não está a acontecer, eu não estou a fazer isto.' Mas estava. Porquê? A razão desconhecia, o coração sabia.

Pouco tempo depois estava à porta da casa dele. Respirou fundo, pegou no telemóvel e enviou-lhe uma mensagem: 'Cheguei'. Ele sabia que ela ia. Talvez não tivesse imaginado é que ela iria realmente aparecer conforme estava. De pijama, como quando acaba de acordar.

Entraram e atrás a porta fechou-se. Lado-a-lado, subiram as escadas e ela ia repetindo para si própria 'tu consegues, tu consegues'. O coração em palpitações sónicas, os poros da pele dilatados, prestes a explodirem. Não há exercício respiratório ou mental que dê ao sistema fisiológico forças que controlem o sistema emocional!

Uns sorrisos. Umas palavras trocadas. Uns olhares que penetravam a alma. Uns abraços. Os corpos já numa distãncia que denunciava o perigo, os cheiros já misturados, as mãos já entrelaçadas. Tarde demais para voltar atrás e a tal resistência pretendida esquecida algures pelo caminho. Os dois fundiram-se e perderam-se naquele tempo do costume, só deles, entre carinhos, partilhas, silêncios preenchidos por um tudo que deixa o sorriso estampado no rosto.

A luz ténue do sol e a aparição ainda tímida da lua denunciaram o final do dia. Tinha chegado a altura de ir embora. Calçou as havaianas e vestiu o casaco. Já se sentia o frio da noite. Á medida que se aproximava da porta que conduzia à rua, ela ia absorvendo cada gesto, cada passo, cada pormenor ao seu redor. 'Este é um adeus. Não vais voltar aqui', dizia-lhe o sexto sentido. Certo ou errado, ele estava a dizer-lhe que se despedisse baixinho daquele amor.

Olhou-o em jeito de contemplação. 'Não te vou voltar a ver tão cedo, pois não?', questionou em surdina. Não queria ouvir a resposta. Sabê-la já é difícil. Sabê-la e ainda ouvi-la é uma facada no peito. Enquanto ia registando a sua imagem com o olhar, ia recordando os momentos. Um por um. Ele tinha-lhe dito, a meio da tarde e talvez apenas em tom de curiosidade, 'hoje é dia dos namorados'. Pois era. E ela amava-o. O que responder a uma constatação daquelas? Não interessava. Já nem valia a pena dar a importância que sonhava poder dar àquele dia.

Desprendeu o olhar e desviou-o para a rua, para o lugar onde o seu carro a esperava. Suspirou. Mais um abraço. Mais um beijo. Mais um sorriso. Um adeus incerto mas pressentido. Entrou no carro. A porta da casa fechou-se e ele desapareceu.

As suas almas encaixavam mas, inexplicavelmente ou não, aquele tinha sido o momento do derradeiro desencaixe. 'Posso nunca mais te ver, nunca mais te tocar nem nunca mais te ouvir, mas sei que vou sentir exactamente o mesmo que sinto hoje se só te voltar a encontrar daqui a 20 anos'. Ligou o carro e arrancou. O rumo estava traçado mas o destino estava à deriva."

In "Memories: why didn't we stay with the one's we love"

quarta-feira, setembro 02, 2009

Divagações, reticências, divagações. Porque sim.

Fazer amor pode durar um dia inteiro.

Desde a hora em que se dá um beijo de 'bom dia', passando pelo beijo do 'bom almoço' ou 'bom trabalho', sem esquecer os não menos importantes beijos do sair para 'jantar fora', seja este com ou sem significado especial, ou do sair para 'ir ao cinema'.

E quem fala em beijos, fala em abraços. Em carinhos que envolvem o toque, em gestos que demonstram o sentimento. Tudo pode ser resumido a uma mutualidade de emoções partilhadas.

Entre um casal apaixonado, fazer amor dura enquanto o prazer existir. Dura desde a hora do despertar até ao momento em que os dois corpos se encontram, por fim, debaixo dos lençóis...ou quando simplesmente se encontram, seja como e onde for!