segunda-feira, setembro 26, 2011

De cortar a respiração

O vestido usado na campanha do 1º perfume de Elie Saab é absolutamente divinal. Eu - e mais umas quantas milhares de mulheres por este mundo fora - estou completamente apaixonada e "babo-me" cada vez que o vejo.

Sim, é oficial...com este casava-me!


segunda-feira, setembro 19, 2011

New York, New York!

Se não posso ir a Nova Iorque (pelo menos a curto prazo), fico feliz que alguém se tenha lembrado de trazer Nova Iorque até mim!

Os benfeitores têm o nome de Paulo Rocha, que durante vários anos viveu em Nova Iorque (lucky you!), e Alfredo Pontes, a quem desde já agradeço a ideia "fantabulástica" de terem criado o TRIBECA Jazz Club & Restaurante, um espaço sublime e decorado a preceito, a fazer lembrar a cidade "quiçá" mais cosmopolita do mundo.

No restaurante, a acompanhar o belo do menu (posso dizer-vos que a carne é simplesmente divinal), é possível desfrutar de um agradável e envolvente ambiente musical de Jazz, Blues e Soul. E o melhor de tudo é que o som não vem só das colunas: a partir das 23h (mais coisa, menos coisa) podemos assistir ao vivo a um destes espectáculos de qualidade comprovada. 

Finalmente! O Porto já "gritava" por algo diferente. E para mim um local que, segundo podemos ler no site oficial do Tribeca, "nasceu do gosto pela música e charme da boémia nova-iorquina (...)" é mais do que perfeito.

Mais pontos positivos: o atendimento de excelência e a amplitude do espaço. Ao todo são 8 andares (wow!), sendo que os pisos 0 e 2 são restaurante, e o piso 1 o bar onde a música para os nossos ouvidos acontece. Possui ainda um piso para jantares de grupo, o que é simplesmente genial. Assim não somos incomodados por gajas histéricas em despedidas de solteira, ou por gajos armados em homens de negócios. Brevemente penso que farão de um dos pisos inferiores uma galeria de arte. Soa-me a uma ideia brilhante para juntar a todo este doce cocktail.

Pontos "menos positivos": o menos grave, a falta de estacionamento. A rua onde está situado é bem localizada, já que é mesmo no centro da invicta - que ganhou agora uma nova vida - mas tem pouquíssimos lugares. Resta-nos o passeio, onde para já se consegue estacionar sem no final termos uma desagradável multa colada ao vidro do carro. O mais grave, não estivéssemos nós em tempo de crise e com a troika à perna, são os preços praticados! Tudo bem, já toda a gente sabe que a qualidade tem um preço, mas podiam tentar ser ligeiramente mais dóceis. Ler nas revistas que o preço médio são 30€ e chegar ao fim com uns módicos 40 e tal euros por pessoa, puffff...lá se vai o encanto (quase) todo pelo cano abaixo. Uma pena pois, com a boa impressão deixada, adorava ser uma cliente mais assídua mas assim, meus amigos, não dá. Estamos no Porto e não em Nova Iorque, por muito que eu gostasse.

Esquecendo  este pequeno "grande" pormenor, aconselho este espaço portuense a toda a gente que aprecia algo distinto e sofisticado. Pelo menos uma visitinha, já que se pode ir lá apenas para assistir a um concerto, daqueles que nos fazem bater o pé e desligar do mundo. Podemos até - quem sabe com muita concentração - imaginar que estamos num qualquer bar nova-iorquino? Hmm, sounds great!

Toda esta experiência graças a uma surpresa de mim para ele (a tradição já não é o que era, com muito gosto), em nome do amor e de um sonho. Melhor teria sido impossível :-)

quinta-feira, setembro 15, 2011

Passo os meus dias da semana a ver blogues [ossos do ofício] e sempre que o faço penso "clico aqui e ali, leio, não leio, solto uma gargalhada, torço o nariz, franzo as sobrancelhas, abano a cabeça", mas cuidar do meu que seria "bem e bonito" é que "tá quieta". Pois... não está bem.

Tenho mesmo que começar a dedicar-me ao meu "canto", nem que seja SÓ mais um bocadinho. Porque não? Todos os dias apetece-me escrever, nem que sejam só meia dúzia de palavras sem sentido, mas depois...heis que chega a Sra. preguiça e nada feito. Pois... está mal! Passam-se dias, semanas, até meses e nicles. Nem "xus nem mus". Voto contra.

A ver se é desta que a coisa muda.

quarta-feira, julho 27, 2011

My tears dry on their own

"Não temos para sempre 27 anos. Nem 18. Nem 35. Não temos duas oportunidades. Não andamos por cá duas vezes. Temos uma vida. Temos esta vida. Que é boa, que é má, que é assim-assim. Mas só temos esta. Andamos na estrada a 180 porque a nossa condução é fiável. Tomamos drogas, bebemos mais do que a dose. Fodemos a vidinha aos outros porque não temos nada mais giro para fazer. Somos estúpidos. Cada um de nós, à sua maneira. Perdemos tempo com merdas que não interessam a ninguém. Somos maldosos, imbecis, porque nos esquecemos que tudo volta a duplicar. What goes around comes around. Irritamo-nos com tudo, perdemos a tolerância. A felicidade alheia chateia. E enquanto chateia, a vida passa. E enquanto apontamos o dedo, não estamos a dar por isso. E enquanto choramos sobre o leite derramado, não estamos a dar por isso. E enquanto estamos tão iludidos a olhar para o nosso umbigo, não estamos a dar por isso. E enquanto vivemos a vida dos outros (e a dissecamos, e a julgamos, e a condenamos), não estamos a dar por isso. E um dia o carro vira-se numa curva. E um dia a doença toma conta de nós. E um dia encontram-nos caídos em casa, porque o coração cedeu, inexplicavelmente. E um dia um maluco larga uma bomba, mata-nos a tiro.

Enquanto vivermos a achar que é para sempre, para sempre seremos idiotas. Tudo pode acabar em segundos. Queremos mesmo gastá-los assim?"

segunda-feira, junho 20, 2011

Há anjos

"Há anjos
que não compreendem o que dizemos
que não compreendem o próprio sentido
das palavras que, incessantemente, repetem
da esperança universal de que têm de no convencer diariamente.

Há anjos que ressonam como foles
que andam cansados porque estão acordados há séculos
que precisam de ser transportados às costas
alimentados intravenosamente
protegidos da ferocidade do mundo.

Há anjos que lêem livros
anjos que escrevem poemas.

Há anjos que deixaram crescer a barba
que gostam de se deixar adormecer pelo comovente murmurar
das barbearias.

Há anjos que acabaram de nascer
que têm nomes vulgares
que viajam de avião
que até gostam de aeroportos.

Há anjos secretamente apaixonados por fadas,
por longos rios cheios de luzes
por súbitos glaciares.

Há anjos que são subcutâneos.

Há anjos que estão sempre com febre
que são ingénuos como enigmas.

Há anjos que vivem em arranha-céus,
que trabalham duramente em andaimes
de onde às vezes se precipita de propósito.

E há anjos que são funâmbulos.

Há anjos que talvez nos surpreendam
que às vezes nos saúdam, disfarçadamente, por entre a multidão
que abrem os olhos de noite.

Que, na sua voz interrompida, mutilada,
pedem calma.

Pedem muita calma."

António Ladeira

sexta-feira, junho 17, 2011

Get a life

Isto é o que acontece quando as pessoas não têm vida...e temos que as fazer "desamparar a loja".
Stop-Pause-Play.

Arre, gente maluca!

terça-feira, maio 24, 2011

Mealheiro dos sonhos

Pela 1ª vez desde que me lembro de existir cheguei à conclusão que sonhar também cansa. Pelo menos  assim, nestas doses pouco moderadas.

Vou fazer uma pausa. Preciso de fazer uma pausa para não deixar partir o mealheiro onde os guardo. Permanecer uns tempos algures entre o céu e a terra, seja lá onde isso for.

Não deixei, não deixo, nem deixarei de acreditar nos sonhos, pelo contrário. Preciso apenas de parar um pouco, respirar o ar deste solstício, cheirar o mar infinito, sentir a brisa no corpo e olhar para os mais variados tipos de vida que me rodeiam.

Por isso, digo aos meus sonhos somente um... até já!

segunda-feira, maio 09, 2011

Don't count the days, make the days count

"I'd always heard your entire life flashes in front of your eyes the second before you die. First of all, that one second isn't a second at all. It stretches on forever, like an ocean of time. For me, it was lying on my back at Boy Scout Camp, watching falling stars. And yellow leaves from the maple trees that lined our street. Or my grandmother's hands, and the way her skin seemed like paper. And the first time I saw my cousin Tony's brand-new Firebird. And Janie... and Janie. And... Carolyn. I guess I could be pretty pissed off about what happened to me, but it's hard to stay mad when there's so much beauty in the world. Sometimes I feel like I'm seeing it all at once, and it's too much. My heart fills up like a balloon that's about to burst. And then I remember to relax, and stop trying to hold on to it. And then it flows through me like rain. And I can't feel anything but gratitude for every single moment of my stupid little life. You have no idea what I'm talking about, I'm sure. But don't worry, you will someday."

quinta-feira, abril 21, 2011

A cor da Felicidade

"Agora é que foi mesmo, apaixonei-me pela pessoa certa e sou feliz.

A vida tem destas coisas e de vez em quando traz-te grandes surpresas. E o Bom Rapaz é a surpresa da década. Já nem me lembro da última vez que me senti assim, mergulhada neste estado de graça em que tudo é azul e branco, e nada disto tem a ver com o sabão conhecido pelas mesmas características.

Lembro-me de estar apaixonada, isso sim, mas dessa paixão me trazer vazio, ausência, esperas infrutíferas, isolamento, tristeza, decepção. Ora, o que estou a viver com o Bom Rapaz é exactamente o oposto de tudo isso e tão diferente daquilo a que o meu coração se habituou que até fui outra vez à médica do mesmo para confirmar se estava tudo bem, a peça no seu lugar e o meu músculo da vida a bombear de forma ordeira e generosa, como é de sua essência e obrigação.

(...)

Lembro-me de acordar e de querer dizer à minha mãe que já estava salva. A máscara de oxigénio entre a minha vontade e o mundo fazia com que os sons saíssem abafados e estranhos, de modo que fui comparada ao Darth Vader, o símbolo cinéfilo do Lado Obscuro da Força, isto para quem nunca viu esse grande clássico que é A Guerra das Estrelas.

Coitada da minha mãe, sempre com aquele ar seráfico, toda mordida de medo por dentro porque uma operação ao coração não é o mesmo que desencravar uma unha, e eu ali, a acordar devagarinho, a regressar ao mundo onde as pessoas se chateiam com coisas sem importância nenhuma porque têm saúde e nem se lembram dos que estão nos hospitais a colocar chapéus de chuva no coração, ou outras peculiaridades.

Isto tudo para te explicar que a separação de sangues também se deu na minha vida real quando me apercebi de que o passado estava arrumado no lugar onde deve estar sem infiltrações no presente nem qualquer peso no futuro, de forma que a paixão e o amor que agora vivo não têm nenhuma nuvem a pairar sobre a sua beleza. Vivo um amor todo claro sem neblina nem geada, suave e seguro na ausência, violento e vulcânico na presença, feito de corpo, alma, coração e sexo, de entrega, verdade e paixão, de respeito e de entendimento, de riso e de admiração, de presente e de futuro, projectado em casa ainda não vividas, sonhado em viagens a consumar, desenhado a quatro mãos em sonhos e planos possíveis, vontades por descobrir e desejos a realizar.

O lado bom de ter um coração novo é que só entra lá para dentro quem tu queres. E como os fantasmas já se diluíram no sangue e no tempo, aqui me encontro, entregue à felicidade, onde tudo é branco como todas as cores e azul como o céu.

Vivo o céu na terra, sou uma mulher cheia de sorte."

Margarida Rebelo Pinto in "A minha casa é o teu Coração"

segunda-feira, abril 18, 2011

Tempo de arrumações...e de chegada a conclusões

É uma pena ter destruído, apagado ou deitado ao lixo quase todos os vestígios de uma fase da minha vida que hoje nem sequer sinto que tenha sido vivida por mim, tal foi  forma como a eliminei da minha memória e do meio onde vivo.

Hoje, Mulher feliz e serena, juntaria os pedaços deste "thriller" e editava um livro bem ao género da Margarida Rebelo Pinto. Uma pena... Não fosse a pressa de me livrar daquele vírus quase mortal, teria agora uma boa - diria até excelente - matéria para tentar abrir os olhos de muitas mulheres que por aí andam; não cegas e perdidas de amor, mas sim cegas de sonhos de menina.

« 12 de Agosto de 2007

Ás vezes não sei porque ainda me dou ao trabalho de dar alguma hipótese à nossa relação...

Como já te disse, vezes sem conta, em quase 8 anos que nos conhecemos nunca consegui ter estabilidade e tranquilidade. Mandas-me uma mensagem quase às 3 da manhã a dizer "estou na merda" mas, na verdade, tens sempre outro alguém com quem te preocupar  e entreteres!

Nos últimos tempos tenho sido "bombardeada" com comentários de outras pessoas, algumas tuas amigas, outras minhas, outras até que não conheço, que me dizem "ele é má pessoa", "ele engana-te sempre que pode", "ele nunca te vai fazer feliz", e eu vou-me defendendo e dizendo "não acredito que ele seja assim", "não me posso ter enganado com uma pessoa tanto tempo", e vou também pensando "ele engana-me mas eu sei que um dia ele mudará"...

Afinal quem terá razão? Essas pessoas que não ganham nada em abordar-me com comentários sobre ti, ou eu é que quero acreditar que ainda existe um futuro?

Não existem motivos para eu ter razão...quando olho para trás só vejo turbulência! Anos e anos que passei angustiada por saber que me enganavas com a "Cristina", anos e anos de tormento por saber que para além da "Cristina" ainda te metias com mais meia dúzia de mulheres, anos em que quase enlouquecia por causa da tua relação doentia com a "Maria", e agora a inquietude por causa da linda "Catarina" e de uma "Susana" que nem sequer sei quem é!

O que queres tu? Quem és tu afinal? Será essa tua obsessão por mulheres normal?

Não quero passar o resto da minha vida em pânico porque não consegues ser leal e honesto. Não quero passar o resto da minha vida desconfiada e com uma vontade incontrolável de 'cuscar' os teus pertences sempre com a certeza de que vou encontrar coisas que me vão magoar. Não quero que me digas à noite 'vou para casa' ou 'estou em casa', e eu ir atrás de ti e não te encontrar, como já tem vindo a acontecer. Não quero ter aniversários estragados, natais e passagens de ano tristes só porque tu não dás importância. Não quero sonhar em viver contigo quando preferes passar fome a viver num apartamento. Não quero lutar por um futuro quando a pessoa que está ao meu lado prefere não ganhar dinheiro a ser empregado de alguém. Não quero ser infeliz!

Chega de mentiras. Chega de falta de respeito para comigo e para com os meus sentimentos. Chega de me iludir. Afinal, não és mesmo quem eu penso que és. Afinal, quem me diz "ele é má pessoa" tem razão. Afinal, apaixonei-me por uma pessoa que só existe na minha cabeça.

Quem destruiu foste tu! Agora preciso de tempo sim. Para pensar como vai ser com a mobília. Para pensar como vai ser com os cães. Para pensar no que vou fazer com estas recordações sujas de traições infindáveis.

Não és amigo de ninguém. Não gostas de ninguém. Não amas nada nem ninguém. Para ti o mundo resume-se a ti próprio. Vais ser feliz assim? Pensa nisso.»

Poucos textos restaram. Salvou-se este e talvez mais dois ou três. Hoje voltei a lê-los exactamente por me ter lembrado de que os queria apagar, numa arrumação à minha caixa de emails já sem ordem, coisa que nem parece minha, tenho a vida organizada ao pormenor.

Arre!... Uma pena mesmo não ter aproveitado estes frutos - os poucos sem podre - desta experiência a que chamo "atraso de vida" mas que, ao mesmo tempo, fez de mim a Mulher que sou hoje.

Não sei que nome daria a este livro se me fosse possível escreve-lo. Pensaria nisso com mais calma e seriedade se tivesse juntado todos e tantos textos equivalentes ao transcrito acima (os nomes são falsos, claro, para não ferir susceptibilidades). Como eu adoraria reave-los, só para concretizar este sonho de ter um livro meu. 

Afinal, são muitos os livros que vamos escrevendo ao longo da vida sem sequer darmos conta...

Quem sabe sirva de base para inspiração. Nunca é tarde para concretizar um sonho, mesmo que preenchido de pesadelos passados.