quinta-feira, março 12, 2009

Palavras perdidas num tempo que já não volta


É uma espécie de livro que leio, releio e torno a ler. Folheio as páginas e absorvo cada palavra que de tanto interiormente repetir já decorei. Sei a ordem, o momento, o porquê, já só quase me falta saber o dia e a hora… E a pontuação utilizada no final de cada frase ou de cada parágrafo!

Às vezes acontece, numa primeira leitura de um livro, fazermos uma interpretação da história narrada diferente da segunda. Por uma questão de maturidade, experiência, personalidade, estado de espírito, por uma variedade de causas que conseguem dar efeito a essa consequência. No entanto, após todas as dezenas de leituras que já fiz a este meu livro, a interpretação que faço de cada palavra trocada vai sempre de encontro à primeira, não mudando nada… Nada do que penso, do que sinto, do que quero.

Não há sol, lua, humor, calor, frio ou tempo que demova esta inconformidade.

“Eu não te vejo mas imagino as tuas expressões, a tua voz, o teu cheiro.
A tua amizade faz-me sonhar com um carinho,
Um caminhar, a luz da lua, à beira mar.
Saudade...
Este sentimento de vazio que me tira o sono
Por me fazer sentir um triste abandono…

...se um dia uma brisa leve e suave tocar no teu rosto, não tenhas medo: é apenas esta minha saudade que te beija em silêncio..."

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